6 de dezembro de 2009

Death Metal: o filho bastardo do Metal




O Punk realmente foi sensacional, não? Foi um tapa na cara da cultura Pop. Porém ele foi rapidamente assimilado. Na música pode-se dizer que o reflexo foi quase que imediato. No início dos anos oitenta variados estilos haviam sido influenciados por ele. Do esporro do Hardcore ao Pop deslavado da New Wave. Mais precisamente no Heavy Metal, o filho nasceu com o nome de death metal.

O interesse do Rock pelo ocultismo é antigo. Em 1968 os Rolling Stones mostraram simpatia pelo diabo. Na década de 70 os peso-pesados Led Zeppelin e Black Sabbath usufruíram dos louros de mostrar na sua música um interesse maior pelo ocultismo. Jimmy Page era fã do mago Aleister Crowley, um maluco que se denominava pastor da igreja de satã. Já o velho Sabbath fazia um som macabro de impressionar qualquer um. Quem nunca se borrou ouvindo a introdução de "Black Sabbath" (a música)? Tony Iommi nunca negou que se inspirou nos velhos filmes de terror pra dar direção à postura do Sabbath. E nunca levou a sério as declarações de satanista.

Em 81, sai um disco que misturava Metal Pesado, o desleixo do Punk e a adoração pelo cramulhão. Seu nome é "Welcome to Hell". A banda em questão é o Venom. Tinham a pompa charmosa de um Kiss e o refinamento de um Sex Pistols. Tocavam Metal como o Judas Priest e adoravam o diabo. Eram de Newcastle (Inglaterra) e influenciaram o mundo do Metal. Imediatamente surgiram inúmeros seguidores. Na Suíça o Hellhammer era apenas uma das bandas que se diziam claramente influenciadas por Venom. Depois seu líder Tom Warrior reformulou o grupo mudando o nome para Celtic Frost. A banda fazia um som cru e ríspido que botou um monte de gente de cabelo em pé. Se o Death Metal é um moleque mal-criado, os pais atendem por Venom e Celtic Frost.

É lógico que um monte de gente boa surgiu logo após essas duas. E quase tão originais e legais quanto elas. Seria injustiça não citar Slayer, Possessed, Bathory, Sodom, Kreator, Destruction. Ainda que algumas dessas bandas tenham se enveredado pelos caminhos do Thrash Metal, elas de alguma forma influenciaram o estilo.

Na segunda metade da década de 80 surgiram grupos que iriam consolidar de vez esse estilo infame. Death, Napalm Death, Morbid Angel, Carcass, Cathedral, Paradise Lost, Obituary e Cannibal Corpse iriam surgir praticamente do mesmo caldeirão, sendo as responsáveis pelas facetas mais variadas do estilo. Grindcore, Death Tradicional, Splatter, Doom, Black. O barulho tinha muitos nomes. É até engraçado pensar que algumas dessas bandas hoje tão diferentes tenham saído do mesmo buraco sujo e fedorento.

No inicio dos anos 90 o estilo crescia em popularidade no vácuo do Thrash. Pra chamar atenção não adiantava mais se dizer, tinha que se mostrar filho do tinhoso. Um marcava na testa o sinal da cruz invertida. Outros começaram a queimar Igrejas na Noruega nas folgas do dever de casa. O tempo se encarregou de enterrar esses chatos.

Mas a genética se mostra mais cedo ou mais tarde. O Death Metal, filho bastardo do Heavy Metal que por sua vez é neto do bom e velho Rock’n’Roll, mudou muito e continua seu processo de evolução. Bandas como a dos nossos compatriotas do Krisiun pisaram no acelerador e mostraram que para fazer Death Metal tem que conhecer e muito de música.

Ainda que você não considere isso música.

Thrash Metal: o estilo que marcou uma geração




Talvez muitos dos novos consumidores de rock e metal, aqueles que nasceram depois dos anos 80, nunca imaginam o que representou para a história da música pesada o surgimento de um estilo agressivo de música que fincou fortes raízes no rock produzido nas últimas duas décadas. Esse estilo surgiu no começo dos anos 80 e ficou conhecido como thrash metal. A palavra thrash significa 'açoite','chibatada', palavras que definem a rispidez praticada pelo estilo. Ainda hoje alguns veículos de música (principalmente os não especializados) referem-se ao estilo como “trash” metal, causando uma interpretação que ofende os antigos fãs, supondo que o segmento seria equivalente a filmes trash, ou seja música de péssima qualidade intencional.

Não é muito fácil conceitualizar o thrash metal. Mas tanto para os fãs antigos como para quem o toca, basicamente seria o peso do metal tradicional, aliado à velocidade extrema mas com melodias explícitas. Alguns discos de bandas de metal tradicional dos 80 tinham referências a esse conceito, como alguns do Accept por exemplo.

Bandas como Venom faziam no início dos 80 um som agressivo e rápido, mas pouco técnico e melódico. Assim como antigos nomes como Motorhead já faziam esse som sujo e rápido. Mas o estilo se popularizou mesmo quando na região da Bay Area de San Francisco, surgiram algumas bandas que praticavam um som sujo e rápido como as citadas, mas com uma técnica infinitamente superior e até mesmo assustadora.

O primeiro grande nome a se destacar foi mesmo o Metallica, até porque seu disco "Kill'em All" foi lançado no começo de 1983, sendo o primeiro a trazer comercialmente ao público as características acima citadas. Outros nomes também do mesmo quilate despontaram como precursores do thrash como Slayer (cujo maior trabalho foi “Reign in Blood”), Anthrax (“Among the Living”), Testament (“New Order”), Megadeth (“Peace Sells...”), Exodus (“Bonded by Blood”) entre outros. Do outro lado do Atlântico pintavam também outras bandas que também incorporaram o primeiro pelotão do estilo como Kreator (“Endless Pain”), Destruction (“Infernal Overkill”), Sodom (“In the Sign of the Evil”), Tankard (“Chemical Invasion”) entre outros.

Lembrando que, mesmo se qualificando como bandas thrash, as bandas invariavelmente tinham cartacterístias bem pessoais. Não poderia se dizer por exemplo que Anthrax, Slayer e Kreator faziam a mesma música. Velocidade, melodia e agressividade são características padrão das bandas, mas a forma como os ingredientes se misturavam construíram para cada banda seu estilo bem peculiar de se fazer thrash.

Alguns nomes que também fizeram bonito no começo do estilo mas nunca chegaram a ser taxados de medalhões poderiam ser lembrados como Coroner, Violence, Exciter, Onslaught, Sabbat, At War, entre outros.

E no Brasil? Bem até hoje dizem que nosso país possui a primeira banda no mundo que lançou um disco de thrash, no caso o Stress com seu álbum auto-entitulado. Acredito que não seja o caso, pois o disco em si nada mais é que um power metal pesado, cuja limitada produção possa deixa-lo sujo o suficiente para classificá-lo como thrash. Mas não é o caso. As primeiras bandas assumidas do segmento começaram sua carreira no momento em que o estilo estourava nos EUA, por volta de 84 a 86. É desnecessário lembrar que o maior nome do estilo e maior banda da história do metal brasileiro é o Sepultura. Os garotos de Minas que acreditaram em seu sonho e conquistaram o mundo, começaram na verdade fazendo um som baseado num death metal cru, em seu Split LP “Bestial Devastation” (gravado junto com o Overdose). Mas a partir de “Schizoprhrenia” de 87, a banda moldou seu som nas características tradicionais do thrash. Seu grande trabalho data do ano seguinte com “Beneath the Remains”, um disco considerado como um dos maiores clássicos do metal mundial, junto a “Master of Puppets” (Metallica) e “Reign in Blood” (Slayer). A partir deste álbum o Sepultura conquistou a Europa e ganhou fama de grande banda. A sonoridade do thrash tradicional foi mesclada a ritmos e percussões tribais a partir de “Chaos A . D.”, sonoridade esta que conquistou os EUA, e que muitos consideram responsável pelo futuro surgimento do new metal. Após a saída de Max Cavalera na metade dos 90, a banda passou por uma instabilidade interna, que causou uma ausência de bons álbuns.

Mas não só de Sepultura viveu ou vive o thrash nacional. Não poderíamos nos esquecer do fenomenal Korzus, que se não obteve o êxito comercial e internacional do Sepultura, sempre foi cultuado como uma das melhores bandas no estilo, responsável por bons álbuns como “Pay for Your Lies” e “KZS”. Além do Korzus, poderíamos citar ainda Vodu, MX, Taurus, Metralium e outros que marcaram essa primeira safra do thrash tupiniquim.

Após a explosão do estilo em escala mundial, a grande maioria das bandas mudou radicalmente sua sonoridade a partir dos anos 90. Metallica já não produzia discos tão poderosos, Megadeth teve momentos de instabilidade, Exodus e Anthrax sofreram importantes mudanças de formação o que gerou baixa na produção de seus discos. O Slayer se aproximou perigosamente da estagnação. Kreator fez algumas experimentações que desagradaram seus fãs. E o Sepultura sofreu com os problemas já descritos. O surgimento do grunge (ou rock alternativo) fez com que o mercado americano se desinteressasse pelo movimento thrash. Novas bandas no entanto surgiam com uma proposta moderna na concepção do thrash, como por exemplo Pantera, Nevermore, Machine Head e Fear Factory.

A partir do novo século, algumas bandas voltaram a fazer grandes trabalhos, criativos e pesados, como Kreator, Destruction, Tankard, Megadeth, Exodus e Testament. O estilo atualmente parece estar voltando ou mesmo tentando recuperar sua fatia de importância no mundo metal. No Brasil algumas bandas estão lançando ótimos discos do mais puro e clássico thrash, como Violator, Mad Dragster ou Bywar. O estilo sobrevive, resiste para que não viva apenas do glorioso passado.

Fonte desta matéria: Rock-RP

Direitos Autorais - Dúvidas e Verdades




Pouco conhecido, mas muito violado, o direito autoral engloba um vasto campo de situações e contextos da vida social, constituindo-se mais como uma modalidade de garantia individual de forte expressão social e coletiva de manifestações e expressões da personalidade humana. Sejam obras literárias, científicas ou audiovisuais, tudo que envolva criações do espírito humano, pode ser enquadrado como um patrimônio intelectual pessoal. E certamente as obras artísticas musicais apresentam-se enfaticamente como as mais típicas expressões do amplíssimo rol dos Direitos Autorais. Exemplos conhecidos não nos faltam: canções como Don’t you cry (Guns n’Roses) ou contendas judiciais envolvendo o direito ao uso e à exploração do sinal artístico indicativo (o nome do artista) como no caso de bandas como Saxon e Pink Floyd, apenas iluminam um universo em que dúvidas prevalecem sobre certezas. Em função disso, dada a enorme complexidade e vastidão do assunto, tentaremos enfocar de uma forma global e sintética, sem nenhuma pretensão acadêmica, o panorama dos direitos autorais, bem como sua abrangência e meios dispostos aos cidadãos tutelados por suas normas.

Antes de tudo, muitos devem perguntar: “– Afinal, do que trata o Direito Autoral? Minha banda tem algo a ser protegido pela legislação específica do tema?”. Pois a verdade é que o acesso a este rol de interesses jurídicos não é difícil, visto que o Direito Autoral trata de todas as propriedades intelectuais e no nosso caso, artísticas (incluindo-se aí, as obras literárias, musicais e demais formas de percepções culturais).Visa a proteger os interesses dos autores e seus sucessores, em relação às obras criadas. E autor nada mais é que o criador intelectual e espiritual da arte, seja expressão concreta ou abstrata, podendo ser pessoa física ou jurídica. Abrange assim, o direito de propriedade intelectual, os direitos do autor propriamente ditos, bem como os direitos conexos.

Alguns aspectos importantes da Lei 9610/98 sobre Direitos Autorais

Antes de abordamos sobre as garantias dadas pela Lei, cumpre mencionar que a tutela legal de uma obra criada só se efetiva quando a mesma apresenta um mínimo de originalidade, de contribuição pessoal na concretização do todo. Essa originalidade pode ser até relativa, envolvendo por exemplo apenas uma modificação melhorada ou a organização variada e distinta dos detalhes da obra. O importante, portanto, é que apresente um grau mínimo de criação originária.

Uma obra artística, envolve como pressupostos, uma idéia abstrata, mentalizada, mitificada (por exemplo, a idéia de uma melodia ou de um riff sem manifestação concreta) que se ampara em um suporte objetivo para se concretizar – é a forma criada (o riff ou a melodia materializada com instrumentos, transmitida ao mundo através de algum meio físico: sons, imagens, gravações, etc). Como é juridicamente inviável adaptar um tema ou uma idéia abstrata aos dispositivos da lei, toda obra tem que se concretizar numa forma material. Para facilitarmos, podemos dizer que uma idéia, expressa por alguém, sem nada concreto, pode ser reproduzida por qualquer um. Quem cria algo, sem torna-lo visível ou com uma forma, não pode querer um monopólio sobre sua idéia. Mas se essa idéia apresenta-se numa forma, passará a ser uma propriedade do autor, e ninguém poderá dela usar sem sua autorização.

Afora inúmeras Convenções Internacionais, em que destacamos a de Berna e de Roma (devidamente contempladas no Direito pátrio), o Brasil possui uma complexa e extensa gama de normas referentes aos direitos autorais estruturadas na Lei 9610/98. Apesar de ter uma amplitude que vai muito além da arte musical, como nosso interesse principal aqui são as obras musicais, faremos uma breve comentário enfocando os seus aspectos mais relevantes para músicos e artistas de alguma forma ligados a este fenômeno cultural.

Ressaltamos que para efeitos legais, os direitos autorais são tratados como bens móveis (que podem ser transportados em si mesmos ou removidos por algum fator externo). Ademais são protegidas pela lei, de forma expressa, todas as obras intelectuais moldadas como criações do espírito humano, transmitidas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte. A proteção legal independe do tipo de amparo físico da obra , bastando que tenham algum conteúdo material que a transmita ou expresse. A obra pode ser anônima (quando não se indica o nome do autor, por sua vontade ou por ser desconhecido) , pseudônima (quando o autor se oculta por um nome suposto), inédita (que não tenha sido objeto de publicação), póstuma (publicada após a morte do criador da obra), originária (fruto de criação pioneira), derivada (que resulta da transformação de obra originária, constituindo-se porém como uma criação intelectual nova) e coletiva (criada e estruturada com a participação de vários autores que se mesclam de forma autônoma ou interdependente na obtenção de uma criação qualquer).

Podemos dizer que é extenso o espectro de obras protegidas – vão desde conferências até obras de desenho, pintura ou gravura. O importante é que no quesito “música”, a lei é taxativa – todas as composições musicais, tenham ou não letra, são protegidas. Podemos destacar também que as adaptações, traduções e transformações de obras originais, desde que constituam uma criação intelectual nova, são tuteladas pela lei.

Há uma clara diferença legal explicitada no texto legislativo, entre autor e intérprete. O primeiro, é a pessoa física criadora de obras intelectuais; o segundo, nada mais é do que aquele que executa, seja cantando declamando ou recitando, obras artísticas. Pode haver no processo de autoria de alguma expressão intelectual artística, a participação, divisível ou indivisível, de dois ou mais autores – opera-se aí a modalidade da co-autoria.

Direitos Morais e Patrimoniais em destaque

Com relação aos direitos específicos, ao autor pertencem os direitos morais e patrimoniais da obra criada, com previsão na Lei. Interessante notar que também os co-autores são protegidos, podendo exercer de comum acordo os seus direitos, desde que não seja estipulado o contrário. A co-autoria é inclusive atribuída àqueles cujo nome, pseudônimo ou sinal indicativo tenha sido utilizado na estruturação de uma obra.

Assim, para o autor de uma obra musical, relacionamos em destaque, como direitos morais seus: - o de reivindicar, a qualquer hora, a autoria que lhe pertence; - de ter seu nome ou qualquer outro sinal indicativo que idealize sendo representado na qualidade de autor, na utilização da obra; - de manter sua obra inédita, alheia a qualquer mecanismo de difusão ou divulgação comercial; - o de assegurar a integridade de sua obra, opondo-se a quaisquer modificações ou atos que de alguma maneira, possam lhe prejudicar; - o de modificar a obra, seja antes ou depois de sua utilização (um direito muito pouco praticado por sinal). Todos estes direitos são inalienáveis (não podem ser transmitidos em sua titularidade ou onerados) e irrenunciáveis (o autor não pode renunciar ou desistir de seu vínculo).

E dentre os direitos patrimoniais, ou seja, concernentes ao patrimônio intelectual do indivíduo, generaliza-se o direito do autor de utilizar, fruir ou dispor da sua obra artística. Além disso, destacamos como garantias jurídicas patrimoniais mais importantes para qualquer músico, a exigência expressa na lei, da dependência de autorização prévia e estrita do autor para a utilização de sua obra em quaisquer modalidades de uso, como reprodução (parcial ou integral), edição, adaptação, quaisquer transformações, inclusão em fonogramas de toda composição ou partes da obra, incluindo arranjos ou passagens musicais incidentais, além de improvisações concretamente expressas. Também depende da autorização de todo artista, a utilização direta e indireta de sua obra artística mediante execução musical, radiofusão sonora ou televisiva, sonorização ambiental(como em academias de ginástica), dentre outras situações. Interessante ressaltar que os direitos patrimoniais do autor têm uma duração de 70 anos a contar de 1º de janeiro do ano seguinte a seu falecimento, sendo transmitido a seus sucessores, dentro da ordem de vocação hereditária.

Não são englobados como direitos patrimoniais, situações como a reprodução diária ou periódica, na imprensa, de uma notícia ou um artigo informativo desde que com a menção do nome do autor e a origem da obra; a utilização das obras musicais em estabelecimentos comerciais, destinada estritamente à finalidade de demonstração à clientela; e a execução musical, quando realizados no recesso familiar, ou para fins exclusivamente didáticos nos estabelecimentos de ensino, desde que não haja, no caso, intenção de lucro.Todos os direitos do autor são protegidos nas suas distintas formas de difusão – publicação, transmissão, retransmissão, distribuição, comunicação ao público e reprodução.

O suporte físico pelo qual se expressa as obras musicais, insere-se na categoria dos fonogramas (que se revelam comumente nos conhecidos compact disc), definidos pela Lei como “ toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou ainda de uma representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual”. Ou seja, as obras musicais podem ser fisicamente fixadas, para efeitos de difusão, em aparatos audiovisuais, de radiodifusão e fonogramáticos. Tratando-se de fonograma, cada produtor (a pessoa física ou jurídica a quem cabe a iniciativa e o encargo econômico da fixação inicial da obra no fonograma ou nos sistema audiovisuais) tem que mencionar em cada exemplar da obra o seu título, seu autor, os intérpretes (incluindo pseudônimos), o ano de publicação, além de seu nome ou marca que o identifique.

Uma dúvida comum: como registrar a banda ou uma música?

O registro das obras intelectuais é facultativo; ninguém necessariamente torna-se destinatário dos direitos autorais com a inserção obrigatória de sua obra nos órgãos legalmente enumerados. Ao contrário do que muitos pensam, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) não é o órgão incumbido do registro de obras musicais ou do nome de bandas. As entidades citadas na legislação, concernente ao campo das obras artístico-musicais, são a Escola Nacional de Música ou o Escritório de Direito Autoral da Fundação Biblioteca Nacional (cujo endereço na rede é http://www.bn.br). No que tange ao nome da banda, o órgão responsável é o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial – http://www.inpi.gov.br.

Discos Marcantes de Todd Rundgren II





Todd Rundgren - A Wizard, a True Star (1973)

Origem: Estados Unidos

Produtor: Todd Rundgren

Formação Principal no Disco: Todd Rundgren

Estilo: Art rock

Relacionados: Roxy Music/David Bowie/Brian Eno

Destaque: Never Never Land

Melhor Posição na Billboard: 86o


Depois de consolidar sua carreira em Something/Anything?, seu terceiro disco solo, Todd Rundgren resolveu fazer aquilo que muitos artistas na época faziam: ao invés de repetir a dose com o mesmo rótulo power pop do elepê anterior, Tod decidiu chutar o balde e fazer um épico, intitulado A Wizard, a True Star. Longe do rock bem comportado que o entronizou, Rundgren fez um disco multi-facetado, eclético, que vai do progressivo ao bublegum sem (ter/querer) prestar contas a ninguém. A quebra de expectativa por parte dos seus fãs seria compreensível, mas A Wizard, a True Star é uma pérola. Difícil de ouvir, mas vale a pena, pela qualidade de sua produção, pelo prefeccionismo que sempre marcou a sua música &, pçrincipalmente, pela pretensão de lançar um disco de uma hora de art rock, amalgamando toda a sorte de estilos modernos e antigos, psicodelia, música concreta, vaudeville, soul e pura poesia. Por exemplo, na primeira parte do LP, Todd renuncia à faizas uniformes, como num álbum comum, e faz uma rapsódia sonora ligeiramente próximo do medley de Abbey Road, dos Beatles. O lado B é menos pop e bem mais experimental, com canções que vão do space rock, música concreta e psicodelismo, como Flamingo e You Don't Have To Camp Around.

Discos Marcantes de Todd Rundgren






Todd Rundgren - Something/Anything?(1972)

Origem: Estados Unidos

Produtor: Todd Rundgren

Formação Principal no Disco: Todd Rundgren

Estilo: Power Pop

Relacionados: Badfinger/Big Star/The Raspberries

Destaque: I Saw the Light

Melhor Posição na Billboard: 29o


O Power Pop apreceu na Inglaterra do fim dos anos 60, com bandas como o Badfinger. Porém, à medida em que o cenário musical britânico mudou em favor do Glam, o gênero migrou para os Estados Unidos. Foi lá que, na década seguinte, o estilo floresceu, com bandas como o Big Star, Raspberries, Flamin' Groovies e The Replacements. Porém, o mais célebre produto do Power Pop nasceu da inspiração de uma pessoa só, Todd Rundgren, mais precisamente no seu terceiro trabalho, Something/Anything?. Ao contrário do conciso e discreto Runt, Something/Anything? é um disco audacioso, a começar pelo fato de que Todd toca todos os instrumentos, exceto a quarta parte do LP (que é duplo), a suíte Baby Needs a New Pair of Snakeskin Boots (A Pop Operetta). Rundgren concebeu o álbum como um trabalho essencialmente eclético, amalgamando o pop com uma linguagem musical sofisticada, inspirada nos arranjos de Eli And The Thirteenth Confession, de Laura Nyro, e no trabalho de Carole King, e misturando tudo com momentos de puro rock. Ao mesmo tempo em que flerta com bom mocismo do pop britânico passadista dos anos 60, ele passa a limpo os melhores momentos de bandas como os Beatles ou os Beach Boys, mas com uma dosagem considerável de experimentalismo — como em The Night The Carousel Burnt Down, onde Todd utiliza elementos de música concreta. E, ouvindo petardos como Little Red Lights, é difícil imaginar que tudo foi feito por uma única e escassa pessoa. Mesmo soando ligeiramente 'difícil', a crítica ruminou com louvor o arroubo de Something/Anything? que, com o passar dos anos, se tornou o maior sucesso comercial de um cantor-compositor em todos os tempos. E, em 1974, o álbum de Rundgren chegaria ao Disco de Ouro.

Todd Rundgren






Um dos maiores artistas americanos de todo os tempos, Todd é um multi-instrumentista e um produtor conceituado.

Ele nasceu em 22 de junho de 1948 na Philadelphia. Começou sua carreira em uma banda chamada Woody's Truck Stop.

Em 1967 formaria o Nazz, um quarteto que gravou três álbuns de rock n’roll antes de se dissolver em 1970. É importante frisar que Todd além de tocar e cantar, produzia e coordenava, era o cara por trás do êxito da banda.

A Carreira solo de Todd começou em 1970, com o disco “Runt”. Esse nome veio em razão de um apelido de infância. Após o lançamento deste disco, Todd recebeu ajuda de Tony Sales (b) para as composições de seu novo álbum.

Juntos eles fizeram seu primeiro hit “We Got To Get You A Woman". A música apareceu nas rádios e ficou nas paradas por muito tempo. O álbum “The Ballad of Todd Rundgren” saiu em 71 e se tornou um clássico do rock romântico. As canções "I Saw The Light" e "It Wouldn't Have Made Any Difference" revelavam Todd para o mundo como muito mais que um grande instrumentista e produtor. Ele se mostrava um excelente letrista e compositor também.

O próximo disco levaria o nome de “A Wizard, A True Star” e continuaria dando hits a Todd. "I'm So Proud" e "Ooh Baby Baby" mostravam que ele havia chegado para ficar.

Em 74 seria lançado o disco “Todd”, sendo seguido por “Initiation” (75) e “Faithfull” (76), que trazia a incrível “Love of a Common Man”

Na década de 70, Todd ainda investiu em um projeto chamado Utopia. Esta banda não durou muito e Todd ficou apenas com sua carreira solo.

Ainda na década de 70, Todd começou a colher os frutos de seu trabalho realizado como produtor. Um exemplo é o álbum “Bat out of Hell” do Meat Loaf, um dos discos mais vendidos na história do rock americano. Além de Meat Loaf, Todd trabalhou com New York Dolls, Grand Funk, Uruah Heep e Hall & Oates.

Após “Faithfull”, Todd retornaria à cena musical com o disco “Hermit of a Mink Hollow”. Este nome foi dado em homenagem a residência do cantor. O álbum traz Todd em plena forma. Músicas como “All the Children Sing”, “Bread” e a clássica “Can we still be Friends” fazem deste álbum um dos mais recomendados da sua carreira.

Todd entrou os anos 80 com incríveis versões de clássicos dos Beatles e outras bandas conceituadas, coisa que ele já fazia desde o começo da carreira.

O primeiro álbum de verdade da década chamou-se “Healing” e foi lançado em 81. Na seqüência veio o estranho “The Ever Popular Tortured Artist Effect” e o surpreendente “A Capella” (85).

Todd havia perdido um pouco a popularidade e resolveu se concentrar em outros projetos. Fez alguns trabalhos como produtor de estúdio e também para a Broadway.

Em 89 sairia o inédito “Nearly Human”. Este disco tecnicamente era bem superior aos anteriores. Após este álbum Todd sairia em turnê e acabaria parando no Japão. O show em Tokyo virou um vídeo onde destacam-se as músicas “Real Man” e “Love in Action”.

No início dos anos 90, Todd ainda lançaria mais um disco dentro dos padrões. “2nd Wind” foi o último álbum clássico de Todd.

Todd começou a flertar com a modernidade, utilizar efeitos eletrônicos e virtuais. Chegou ao cúmulo de mudar seu nome artístico, passou a se denominar TR-I, lançando os discos "TR-i No World Order" (92), "TR-i No World Order Lite" (94) e "TR-i The Individualist" (95).

Neste período, a bomba explodia na mídia. A sua filha com Bebe Buell, a atriz e modelo Liv Rundgren, era na verdade filha de Steven Tyler do Aerosmith. Com a revelação, ela mudou o nome para Liv Tyler e perdeu o contato com Todd e sua família.

Ainda nos 90s, viriam os albuns "Up Against It" (97) e "With A Twist" (97). Este último trazia versões inusitadas de velhos clássicos de Todd, todos num estilo de bossa-nova.

Todos se perguntaram onde estaria aquele artista que criou músicas como “Cry baby” e “Love is the Aswer”.

Com a era dos computadores, Todd começou a fazer tudo pela Net. Hoje ele tem um site onde mantém contato direto com fãs e músicos, no site você tem acesso direto as músicas e arquivo do cantor.

Ele atualmente está morando no Hawaí e após lançar os discos “One Long Year” e “Reconstructed”, (ambos de 2000), está fazendo shows em pequenos bares como se fosse um desconhecido aspirante a músico.

discography

Solo

Studio and live albums

* Runt (1970)
* Runt: The Ballad of Todd Rundgren (1971)
* Something/Anything? (1972)
* A Wizard, a True Star (1973)
* Todd (1974)
* Initiation (1975)
* Faithful (1976)
* Hermit of Mink Hollow (1978)
* Back to the Bars (1978)
* Healing (1981)
* The Ever Popular Tortured Artist Effect (1983)
* A Cappella (1985)
* Nearly Human (1989)
* Anthology (1989)
* 2nd Wind (1991)
* No World Order (1993)
* The Individualist (1995)
* With a Twist (1997)
* Up Against It (1998)
* Free Soul (1998)
* Somewhere-Anywhere(1998)
* One Long Year (2000)
* Reconstructed (2001)
* Liars (2004)
* Arena (2008)

Albúns como Produtor

* Stage Fright (1970) – The Band
* Straight Up (1971) – Badfinger
* New York Dolls (1973) – New York Dolls
* We're an American Band (1973) – Grand Funk Railroad
* War Babies (1974) – Hall & Oates
* L (1976) – Steve Hillage
* Bat out of Hell (1977) – Meat Loaf
* Remote Control (1978) - The Tubes
* Wave (1979) - Patti Smith Group
* Forever Now (1982) – The Psychedelic Furs
* Next Position Please (1983) - Cheap Trick
* Love Bomb (1985) - The Tubes
* Skylarking (1986) – XTC
* Yoyo (1987) – Bourgeois Tagg
* Things Here Are Different (1990) – Jill Sobule
* The New America (2000) - Bad Religion
* Cause I Sez So (2009) – New York Dolls

Hoje na história do Rock no mundo - 06/12



Show dos Rolling Stones acaba em tragédia


[06/12/1969] Há 40 anos

Os Rolling Stones tocam de graça para 300 mil pessoas, em Altamont, na Califórnia. Entre os convidados estão Jefferson Airplane, Santana e Crosby, Stills, Nash & Young. O que era para ser um show tranquilo vira um desastre quando quatro pessoas morrem. Uma delas é assassinada por um Hell's Angel que tinha sido contratado como segurança do evento. O caso foi filmado e incluído no documentário "Gimme Shelter", lançado exatamente um ano depois.


Sid Vicious arruma briga feia em Nova York


[06/12/1978] Há 31 anos

Acusado de matar a namorada, Nancy Spungen, o baixista do Sex Pistols, Sid Vicious, é solto sob fiança do presídio de Riker's Island, em Nova York, mas não demonstra bom comportamento em liberdade. Dentro de um bar local, chamado Hurrah, ele discutiu com o irmão da cantora Patti Smith, Todd, e deu uma garrafada no rosto do sujeito.


O AC/DC conquista os Estados Unidos


[06/12/1979] Há 30 anos

Graças ao álbum "Highway To Hell", o AC/DC marca presença na parada, ganha disco de ouro e, finalmente, conquista o público norte-americano. Na época, o grupo excursionou pela Europa e registrou uma parte da turnê, em Paris, na França (mais tarde, este material foi lançado em vídeo sob o nome de "Let There Be Rock Live"). Infelizmente, "Highway To Hell" foi o último álbum com o vocalista Bon Scott, que morreria dois meses depois.


Roy Orbison morre aos 52 anos


[06/12/1988] Há 21 anos

Depois de sofrer um ataque cardíaco no banheiro da casa de sua mãe, o cantor Roy Orbison é levado para o Hospital Hendersonville, em Madison, no Tennessee, onde morre às 23h54. Na época, ele estava passando por uma das melhores fases de sua carreira, dividindo o tempo entre sua carreira solo e o grupo Traveling Wilburys, composto por Bob Dylan, George Harrison, Tom Petty e Jeff Lynne.


O Grateful Dead encerra a carreira


[06/12/1995] Há 14 anos

Os membros do Grateful Dead dissolvem a banda depois da morte de Jerry Garcia, emitindo o seguinte comunicado à imprensa: "Após quatro meses de consideração e respeito, os integrantes remanescentes do Grateful Dead se encontraram ontem e chegaram a conclusão de que a maravilhosa 'longa e estranha viagem' conhecida como Grateful Dead chegou ao fim".

Hoje na história do Rock Brasileiro - 06/12




- 1987: José Luiz Oliveira (sax) e Roberto Lee (baixo), músicos da banda de apoio de Lobão, foram espancados por dez adolescentes em São João Del Rey (MG). Os músicos tiveram lesões internas e externas. Não houve motivo para a agressão.

- 1991: A Legião Urbana lançou o quinto disco V. Os destaques são “O Teatro dos Vampiros”, “Metal Contra as Nuvens”, “A Montanha Mágica” e “Vento do Litoral” entre outras. Grande disco!

- 1998: O Nenhum de Nós lançou o sexto disco ‘Paz e Amor’. Os destaques são “Você Vai Lembrar de Mim”, “Não Tenha Medo” e a faixa título.

- 2002: Charlie Brown Jr. lançou o disco ‘Bocas Ordinárias’. Os destaques são “Papo Reto”, “Com a Boca Amargando” e “Com a Minha Loucura…”.

- 2002: O Sepultura lançou o disco de covers ‘Revolusongs’, com regravações de Hellhammer, Devo, Jane’s Addiction, Public Enemy, U2, Massive Attack, entre outros.


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