26 de novembro de 2009

21 caras que fizeram a história do rock pesado





Muitos foram aqueles que fizeram parte do rock pesado, alguns apenas de passagem, mas outros deixando seu nome e obra cravados na história desse gênero da música. É bem verdade que todos nós que curtimos um bom hard, heavy, thrash, death ou seja o que for, também fazemos parte desse filme, só que os personagens citados abaixo inegavelmente colocaram-se no “Olimpo” do rock pesado devido à sua grande contribuição ao estilo. A lista a seguir não é definitiva e, com certeza absoluta, cometeu injustiças ao deixar alguns nomes de fora, nomes que você certamente irá se lembrar. Mas o objetivo não é o de estabelecer que apenas estes tenham sido os sujeitos mais importantes nesse negócio todo, é apenas uma homenagem a figuras que, sem sombra de dúvidas, protagonizaram e ajudaram, de forma definitiva, a construir toda essa história.


CLIFF BURTON



No dia 27 de setembro de 1986, um trágico acidente de ônibus encerrava a carreira de um dos mais enigmáticos, carismáticos e talentosos músicos que o heavy metal conheceu. Clifford Lee Burton entrou para o Metallica no final de 1982 e sua curta jornada na banda rendeu alguns dos maiores clássicos da história do heavy metal. Coincidência ou não, os 3 discos gravados com Cliff são até hoje considerados a fase áurea da banda. Muito provavelmente o músico mais virtuoso e inventivo que já passou pelo quarteto da Bay Area, sua presença na banda e suas linhas de baixo únicas permitiram a construção de harmonias, riffs de guitarra e melodias que dificilmente poderiam ser imaginadas sem ele. Fã confesso de Lemmy Kilmister e de seu estilo de tocar, Cliff também era conhecido por ser um sujeito absolutamente eclético, capaz de apreciar coisas tão diversas quanto Motörhead, Bach e R.E.M. Sua imagem foi e sempre será sinônimo de heavy metal em sua essência mais pura.

CHUCK SCHULDINER



A alma e a mente por trás do Death, pode ser considerado um dos indivíduos que teve coragem para levar adiante temas sobre os quais a maioria das pessoas fugia, além de trazer para a música um lado sombrio que, se já era abordado por bandas mais antigas, aqui ganhava a visão de uma das mais criativas cabeças que passaram pelo metal. Sua importância, sobretudo para o metal extremo, talvez hoje nem seja muito bem entendida e dimensionada por aqueles que não vivenciaram aqueles anos. Mas o seu legado, tanto em termos líricos quanto de sonoridade, não poderá ser esquecido jamais. Schuldiner não apenas criou bases para o que mundo entendeu posteriormente como Death Metal, mas ele também reinventou o subgênero várias vezes, além da honestidade e fidelidade que sempre dedicou a sua visão sobre a música. Sua morte prematura e sua polêmica personalidade apenas perpetuam o mito. A seu modo, um mestre no que fez.

JOHN BONHAM



Se o final dos anos 60 representou um “boom” de bandas que optavam por letras e estruturações musicais mais elaboradas, além de levarem adiante um som muito mais pesado do que o praticado à época e abordando temas mais obscuros, um dos maiores representantes disso tudo foi o Led Zeppelin. Compondo com o Black Sabbath e o Deep Purple os pilares do que iria se tornar o heavy metal, a banda é de importância ímpar para esse e outros estilos dentro do rock. E dentro do Led estava John Bonham, considerado por muita gente o maior baterista da história do rock. Influência de 10 entre 10 bateristas de rock que vieram depois, Bonham não se destacava apenas por tocar rápido, ou por tocar pesado, ou pelas afinações das peles de sua bateria. John tirava sons que até então não se pensava que um sujeito sozinho com um instrumento pudesse fazer. Sua técnica, pegada e feeling são inigualáveis, basta ver qualquer registro ao vivo de “Mob Dick”. Sua morte não representou apenas a perda de um dos maiores músicos do rock mas também o fim de uma das maiores bandas de todos os tempos.

BON SCOTT




É provável que nem mesmo os caras do AC/DC imaginassem a princípio que o motorista da banda pudesse um dia se tornar não somente o seu frontman, mas uma das maiores e mais amadas lendas do rock, a ponto de até hoje, 27 anos após seu falecimento, ser objeto de adoração, prestação de tributos, motivo para milhares de visitas ao seu túmulo que, diga-se, foi tombado pelo Patrimônio Histórico de seu país natal, a Austrália. Bon, com sua voz peculiar e sua atitude inconfundível, pode ser facilmente considerado um dos personagens mais “rockers” de todos os tempos. Mesmo com o AC/DC mantendo o nível em seus trabalhos subseqüentes e apesar da entrada do ótimo Brian Johnson na banda, Scott será sempre lembrado por todos os adoradores do rock como uma de suas figuras mais emblemáticas.

DAVE MUSTAINE



O sujeito que fez de um projeto de vingança (aqui, no bom sentido) a maior motivação de sua vida durante um bom tempo acabaria deixando seu nome marcado na história do heavy metal. Aquele guitarrista loiro, com voz de “pato rouco”, que andava invariavelmente chapado, que foi mandado embora do Metallica, um dos maiores expoentes do metal, e que jamais se conformou com isso, montou a sua própria banda visando fazer um material melhor que o de seus antigos comparsas. Daí nasceria o Megadeth, uma das maiores e mais influentes bandas de thrash metal de todos os tempos. Seguindo uma linha com canções mais rápidas e de instrumental um pouco mais elaborado que sua banda anterior, o Megadeth gravou obras que podem figurar entre os clássicos do thrash e que proporcionaram à banda ser um dos pilares do estilo, ao lado de nomes como Slayer e o próprio Metallica. E tudo isso partiu da iniciativa de Mustaine que, embora em várias vezes quis tomar todas as decisões e fazer todas as composições do grupo sozinho, além de até hoje ainda não ter bem resolvido consigo mesmo a “questão Metallica”, o simples fato de ser ele a pessoa por trás de um grupo com a discografia do Megadeth já lhe garante cadeira cativa dentre os grandes do metal.

DAVE MURRAY



Se você disser a um leigo em se tratando de heavy que o sujeito que gravou alguns dos mais clássicos riffs e solos da história do metal é um cidadão tímido, calmo e sorridente, ele provavelmente vai duvidar. Mas é exatamente essa a descrição de Dave Murray, o lendário guitarrista de cabeleira loira que empunha há quase 30 anos as 6 cordas no Iron Maiden ao lado de seu eterno companheiro, o baixista Steve Harris. Reconhecido como uma das pessoas mais humildes e “boa-praça” do meio, sua simplicidade é tamanha que não permite que se dê a ele a real importância que merece. Dave não está nem entre os 3 principais compositores de sua banda e, por vezes, é considerado um guitarrista que faz harmonias e estruturações simples, mas a verdade é que a obra de Murray ficará mais marcada e terá (na verdade, já tem) mais influência do que pelo menos 90% de todo o acervo do heavy metal em todos os tempos. Desde o primeiro álbum da banda, Dave sempre dividiu o trabalho de guitarras com outros, principalmente com seu parceiro e colega de infância Adrian Smith, a quem ele inclusive ensinou os primeiros acordes com o instrumento e com quem Dave formou uma das duplas de guitarristas mais entrosadas e clássicas do rock. Atualmente, Dave forma uma parede sonora de 3 guitarras no Maiden com Smith e seu outro amigo Janick Gers. Além de ser não menos do que excepcional no seu ofício, Murray imprime ao som do Maiden um feeling que não adianta tentar ficar aqui explicando. Basta ouvir seu trabalho em canções como “Hallowed Be Thy Name”, “Phantom Of The Opera”, “Killers”, “Where Eagles Dare”, “Fear Of The Dark” e mais uma infinidade e entender o que estou dizendo. No Maiden, cada um contribui com sua característica pessoal para fazer a força do conjunto, que é o que mais chama a atenção na banda, mas é muito difícil imaginar uma canção do Iron sem o timbre e o sentimento da guitarra de Dave.

GENE SIMMONS



Sim, ele sempre foi um marketeiro e dos bons. Sim, por trás daquela maquiagem toda está um homem de negócios, que vê possibilidade de lucro nos menores detalhes. Sim, sua banda chegou a um ponto em que a parte visual, seja por meio de maquiagens, roupas, cenários, luzes, fogos de artifício, etc, etc, etc, era tão importante quanto a própria música. Mas se você viveu ou pelo menos tem idéia do que foi a “Kissmania”, tem a obrigação de dar a devida importância ao Kiss e a todos os seus feitos na história do rock. Fazendo o seu som festivo, com letras longe de serem politizadas ou obscuras, mas que exaltavam o rock’n roll, o sexo e a festa, a banda está entre as que conseguiram uma das maiores legiões de fãs por todo o mundo. E o símbolo máximo de tudo isso é Gene Simmons. Como falar de Kiss e não se lembrar de sua carranca de mau, da língua enorme pra fora da boca, que talvez tenha se tornado a maior marca-registrada da banda, dos “vôos” sobre a platéia, do sangue jorrado pela boca e do vocal em contraponto ao de Paul Stanley? O Kiss não é heavy metal, tende mais para o hard rock, mas definitivamente não tem como pensar em um som um pouco mais pesado e não ter a imagem dos caras à lembrança. E lembrar de Kiss é lembrar sobretudo de Gene Simmons.

IAN GILLAN



“Child In Time”. Apenas esse nome já bastaria para se entender sobre o assunto que está sendo tratado. Só que o arsenal de Ian Gillan para ser apresentado àqueles que se aventuram a ouvir um bom rock é muito maior. Aqui é o típico caso do sujeito que entra em uma banda que já é ótima e faz sua qualidade subir para a estratosfera. O Deep Purple é uma banda seminal, obrigatória para qualquer um que queira discutir o que quer que seja sobre rock. Fazendo um som pesado para a época, com algumas nuances de progressivo e influências de música clássica, a banda compôs ao lado do Black Sabbath e do Led Zeppelin o alicerce sobre o qual ergueriam-se todas as formas de rock mais pesado que vieram depois. E ao se escutar Ian Gillan, é até meio difícil de acreditar que alguém pudesse atingir notas tão altas, com tanta intensidade e de forma tão bela. Gillan ainda gravaria um outro clássico (Born Again) no Black Sabbath. São muitos os vocalistas que o tiveram como influência básica, assim como são muitos os que tentaram imitar o seu estilo, mas conseguir isso é coisa pra muito poucos. Hoje a voz de Gillan pode não ter a mesma potência e alcance de outrora, mas sua elegância e categoria talvez sejam até maiores que nos seus tempos de auge. Um verdadeiro mestre.

JIMMY PAGE



Nem seria necessário falar muita coisa sobre Jimmy Page, seria muito mais fácil colocar os 4 primeiros álbuns do Led Zeppelin pra tocar, isso pra não dizer a obra inteira da banda, e tirar as conclusões. Eis um dos maiores monstros da história do rock. Sua banda foi de importância fundamental para tudo o que viria a acontecer depois e Page era a mola propulsora de tudo aquilo. Seus riffs e solos, às vezes simplistas, às vezes muito complexos, associados a seus experimentalismos e sua verdadeira paixão pelo ocultismo ditaram o caminho para boa parte do que se seguiu ao Led Zeppelin. Mesmo se o indivíduo não gostar da banda, é muito grande a chance de ele gostar de algum outro músico ou grupo que tenha se inspirado nos caras, em especial em Page.

RITCHIE BLACKMORE



Gênio. Assim como Jimmy Page, uma outra lenda da guitarra. Além disso, a fagulha que geralmente acendia a criatividade por trás da obra do Purple, e olha que estamos falando de uma banda por onde passaram músicos do porte de um John Lord, um Ian Paice, um Ian Gillan, um Roger Glover, um David Coverdale, um Glenn Hughes. O próprio Lord já disse que, na maioria das vezes, o pontapé inicial para o que o Purple fazia saía da cabeça de Blackmore. Seu temperamento difícil e seus problemas de relacionamento com outros integrantes da banda, notadamente com Ian Gillan, sempre dificultaram as coisas e, por fim, o levaram a abandonar o barco. Mas sua genialidade, que também seria exibida em outras bandas e que atualmente pode ser observada de uma forma totalmente diferente em seu projeto “Blackmore’s Night”, já é imortal.

KING DIAMOND



Kim Bendix Petersen sairia da Dinamarca para se tornar um dos artistas mais ‘cults’ do heavy metal. Considerado por muitos uma lenda, King Diamond destacou-se não apenas pelo seu vocal peculiar, com variações extremas desde o mais agudo até o gutural e abusando dos falsetes. O vocalista do Mercyful Fate e da banda King Diamond foi também um dos mais criativos intérpretes do metal. Seus álbuns não eram apenas um conjunto de músicas, contavam toda uma história, geralmente uma história de terror e nem sempre com final feliz. Diamond dava vida, por meio de sua voz e interpretação, aos vários personagens das letras de suas canções e conduzia o ouvinte a um mundo obscuro, sofrido, carregado por histórias de amor e ódio, onde nem sempre o bem era o bem e o mal era o mal. Talvez ele não tenha os mesmos recursos de um Dio ou um Bruce Dickinson, mas a maneira como conduz seu vocal em sintonia com o que está cantando é o que faz a sua diferença. Sempre cercado de excelentes músicos e dono de uma discografia que traz alguns clássicos do metal, eis aqui um representante do estilo que merece reconhecimento até maior do que já tem e que, sem dúvidas, influenciou muitos de nós que gostamos ou respiramos metal.

LEMMY KILMISTER



Após tantos anos fazendo cara de poucos amigos, acendendo um cigarro atrás do outro, entornando litros e mais litros de uísque, envolvendo-se com inúmeras mulheres, tudo o que Lemmy Kilmister conseguiu foi acabar se tornando uma lenda viva do rock. O frontman do Motörhead, além de liderar uma das bandas mais cruas, diretas e rockeiras de que se tem notícia, sempre foi tido como uma das maiores personas desse meio. Desde o começo como roadie de ninguém menos do que Jimi Hendrix, até o estrelato como vocalista e baixista do Motörhead, Lemmy segue fazendo sua história. Há anos executando seu som sem firulas, com o velho baixo Rickenbacker distorcido e o vocal inconfundível já à primeira ouvida, o indivíduo levou sua banda a ser uma das grandes influências de vários grupos que viriam a seguir, sobretudo nos anos 80. A pancadaria e a barulheira de seus trabalhos logo conseguiriam pinçar adeptos por onde passavam. E Mr. Kilmister segue por aí, sem frescuras ou concessões desnecessárias. Dizem que faz há 3 décadas a mesma coisa, mas ainda funciona e bem.

KERRY KING



Depois de mais de 2 décadas e toneladas de decibéis, o Slayer hoje pode dizer que fez o que tinha que fazer. A banda, que atingiu hoje o reconhecimento como um dos maiores nomes do metal em todos os tempos, e que serviu de influência para um sem-número de outras bandas, traz em Kerry King o exemplo mais fidedigno de tudo aquilo que sempre representou. Com toda a sua temática e letras de conteúdo satanista, rebelando-se contra todas as formas organizadas de religião e com um objetivo claro de cada vez mais chocar, o Slayer de King rapidamente se destacaria dentre o grande número de bandas de thrash metal que surgia em idos dos anos 80. King não está nem um pouco preocupado com as críticas e nem com os elogios. Apenas segue fazendo o negócio da forma que sabe e quer. E o que ele sabe fazer é um som dos mais raivosos, pesados e enérgicos que é possível fazer. Qualquer um que já foi a um show do Slayer sabe o que é levar o metal às últimas conseqüências em termos de energia, virulência e agitação. E o hoje careca barbudo lá em cima do palco é um dos grandes responsáveis por isso tudo.

ANGUS YOUNG



Aquele sujeito franzino, com um jeitão todo esquisito de ficar no palco e de empunhar seu instrumento, é um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Mais que isso, é praticamente uma síntese do que representa o rock. Seus timbres de guitarra, riffs, solos e melodias fazem de sua banda uma das mais importantes e adoradas entre todas. Afinal, o AC/DC é admirado por muita gente que nem é tão fã assim de rock, o que dizer então dos que são. Não importa se o negócio do sujeito é hard, heavy, thrash, death, white, black, hardcore. Quando se fala o nome Angus Young, ou é tratado com idolatria ou, no mínimo, com um enorme respeito. E isso, obviamente, são pouquíssimas as pessoas que conseguem obter.

RONNIE JAMES DIO



Dizer quem é o melhor em uma determinada atividade é invariavelmente algo complicado, mesmo porque está sujeito a avaliações de caráter pessoal, que são sempre subjetivas e dependem do gosto de cada um. Mas no caso de Ronnie James Dio, é difícil encontrar alguém que ouça heavy metal e não o coloque entre os 3 maiores vocais da história. Se considerarmos a seqüência de trabalhos que Dio gravou no Rainbow, Sabbath e em carreira solo, chegaremos à fácil conclusão de que pode-se contar nos dedos da mão quantas pessoas conseguiram realizar tantos clássicos seguidos. A potência de sua voz impressiona até hoje. Aliás, é bem provável que atualmente impressione até mais do que no passado. Dio não precisa se esforçar em agudos, nem é característica sua. O negócio é que seu vocal se estabelece de forma tão contundente e forte que é impossível não se assustar. Como se já não bastasse isso, o instrumental sobre o qual colocou os vocais em sua extensa carreira sempre foi absurdamente eficiente. Desde os 3 álbuns magníficos com o Black Sabbath até clássicos como “Holy Diver” (um dos maiores álbuns de metal da história) e “The Last In Line”, Dio construiu uma das discografias mais impressionantes das quais já se ouviu falar. Um mestre absoluto em se tratando de heavy metal. E tal como o vinho, à medida em que o tempo passa, parece ir ficando melhor.

JAMES HETFIELD



Pode-se dizer que James Hetfield é a personificação do Metallica e de boa parte do que representou o thrash metal. Apesar da transformação pela qual a banda passou nesses 15,16,17 anos, o Metallica tem uma importância para o metal comparável à de bandas como Black Sabbath, Judas Priest ou Iron Maiden. Tudo bem, os mais radicais podem até dizer que "os caras mudaram demais", mas essa é outra história. Discos como "Ride The Lightning" ou "Master Of Puppets" por si só compõem parte da história pura do metal, que iria influenciar de maneira definitiva o estilo. Justamente por serem os autores de obras tão clássicas e por representarem algo de influência e importância tão grande até hoje é que a banda norte-americana sempre merecerá respeito quando o assunto estiver relacionado à história do metal. E a cabeça da banda sempre foi principalmente James. A capacidade impressionante de compor riffs matadores e de colocar sobre eles vocais com uma agressividade monstruosa, associada à sua habilidade como letrista sempre chamaram a atenção. Além disso,sua presença física impõe um respeito e uma atenção ao vivo que não se observa facilmente. Sim, o Metallica ajudou a mudar a história da música pesada e quem sempre estava lá na linha de frente, encarando a todos, era James Hetfield.

BRUCE DICKINSON



Se o Iron Maiden foi a banda que reinventou o metal, Bruce Dickinson foi o cara que reinventou o Iron Maiden, mesmo que a banda já tivesse gravado 2 clássicos na voz de Paul DiAnno. Não há como negar que o Maiden atingiu um outro patamar com Dickinson, em todos os aspectos. É cair no óbvio falar sobre as habilidades de Bruce como vocalista. A beleza da voz, o alcance, a capacidade de interpretação, a potência, a variação de tons, tudo isso associado a um carisma e capacidade de dominar o público como talvez nenhum outro vocalista tenha, fazem de Dickinson uma lenda viva do metal. Sua presença de palco é capaz de hipnotizar platéias em qualquer lugar por onde o Maiden passe, seus gestos largos, às vezes até exagerados, o fazem parecer bem maior do que sua real estatura. Mas o vocal de Mr. Air Raid Siren, até hoje um dos mais competentes do circuito do metal, garantiu ao mundo alguns dos melhores momentos do heavy metal. Isso sem falar no que já tinha feito com o Samson. E, como se já não bastasse, ainda levou adiante uma carreira solo composta por alguns álbuns que estão entre as melhores coisas feitas no metal nos últimos anos. Definitivamente, um artista que dispensa maiores comentários.

ROB HALFORD



A voz que fez a maior parte da história do Judas Priest, um dos grandes precursores do metal. Halford não mudou o metal apenas enquanto som, ele também mudaria o metal enquanto atitude e visual. Vários dos clichês do heavy, como tachas de metal, roupas de couro e outros adereços teriam início com Halford. A banda que pegou todo o peso do Black Sabbath e acrescentou uma velocidade maior, transformando-se numa das mais clássicas da história do rock pesado e que influenciaria tantos grupos que se seguiriam, alguns dos quais se tornariam gigantes, conheceu seus melhores anos tendo Halford como seu frontman. O vocal alto, potente, típico do mais clássico heavy metal, até hoje uma referência dentro do estilo e ainda em plena forma, caracteriza tudo aquilo que o metal representa. Afinal, quer maneira melhor de contar a alguém sobre o que é o heavy do que colocar o sujeito para ouvir “Painkiller” ou “Metal Gods”?

STEVE HARRIS



O que mais há para se dizer sobre Steve Harris? Que é um dos maiores baixistas de todos os tempos? Que saíram da cabeça do cara alguns dos maiores clássicos de toda a história do metal? Que ele fez um baixo ser ouvido com destaque dentro de uma banda de heavy? Que a fé em suas convicções o fez construir a banda que melhor sintetiza o que é o metal? Que apesar de todas as suas conquistas, não se entregou a modismos ou concessões, não escolheu o caminho do sucesso fácil e efêmero e que optou por manter a dignidade e a sinceridade em todo o seu trabalho? Tudo isso já deve ter sido falado e escrito à exaustão. O fato é que Harris é a alma do Maiden, o coração que faz pulsar o grupo. Mesmo que, em vários momentos, sua liderança sobre a banda chegue perto da ditadura, o que, por vezes, se mostrou condenável, é inegável que também foi sua força de vontade e talento os fatores que mais contribuíram para que o Iron chegasse onde chegou. Steve Harris jamais foi aquele tipo de rockstar envolvido em brigas, overdoses, bebedeiras descontroladas. Não faz o tipo arrogante frente a seus fãs ou a jornalistas. Também sempre se esforçou para entregar a esses fãs o melhor trabalho possível, mesmo quando o resultado final não convencesse a todos. Harris até hoje procura produzir coisas inéditas ao invés de apenas explorar o passado glorioso de sua banda. E ainda consegue fazer um som de alta qualidade e conquistar novas gerações de fãs pelo mundo afora. Depois de 50 anos de vida, prefere tocar com menor freqüência mas continuar apresentando em cada performance a mesma energia de 25 anos atrás. Como se já não bastasse ser o músico que é e o compositor que é. O Maiden não é grande apenas pelo som fantástico que sempre fizeram. É grandioso porque é feito por pessoas grandiosas. De fato, uma história espetacular para alguém que queria apenas ser jogador de futebol.

OZZY OSBOURNE



Muita gente há de concordar: Ozzy é a figura mais carismática do heavy metal. O cara foi por anos a voz do Black Sabbath, a banda que criou as bases do gênero. Seu vocal totalmente peculiar, sinistro, difícil até mesmo de ser imitado, deu vida a algumas das músicas que viriam a definir toda a temática do metal, bem como algumas de suas principais características. Sua interação com o público não fica atrás e quem já conferiu o “Madman” ao vivo sabe que mesmo a figura por vezes caricata ou totalmente chapada que subia aos palcos tinha uma capacidade gigantesca de trazer o público na mão. Além de toda a história que construiu ao lado de Iommi, Butler e Ward, Ozzy também construiu uma bela carreira solo, com alguns excelentes discos e sempre se cercando de músicos do mais alto gabarito. Os excessos que se estenderam por tantos anos cobraram um preço muito alto. Aquele que era tido por muitos como o maior representante do heavy metal perdeu demais em termos de potência de voz, afinação, vigor físico e até mesmo capacidade de discernimento. Além disso, acabaria mostrando com os anos um lado totalmente inseguro e influenciável, sobretudo pela esposa. Sua adesão ao mundo “mainstream” e a participação em coisas descartáveis como reality shows pode até deixar uma mancha em sua carreira, mas nada que diminua a importância de seu legado para o metal. Ozzy não apenas ajudou a construir a história do rock pesado, ele é a própria história. Ainda hoje, quando tem dificuldades para cantar e até mesmo se locomover em palco, a sua simples presença consegue gerar uma euforia na audiência que só mesmo caras diferenciados, aqueles que têm alguma coisa que ninguém sabe explicar direito o que é, são capazes de despertar. Ozzy não é apenas mais um artista dentro do universo do metal, ele é ao mesmo tempo a causa e a conseqüência de tudo isso.


TONY IOMMI


 Se um dia alguém tivesse obrigatoriamente que escolher uma única pessoa para dizer que ela era o criador, o pai do metal, esta pessoa teria que ser Tony Iommi. Vivendo num mundo com Jimmy Pages, Eric Claptons, Ritchie Blackmores, Jimi Hendrixes, Rory Gallaghers, Iommi não era o sujeito que fazia as escalas mais complexas de todos os tempos e nem o que tocava 20 notas por segundo. Mas também não precisava pois o som que tirou de sua guitarra era algo que ninguém tinha feito até então. O timbre, o tipo de afinação, o peso que era absurdo já naquela época e que ainda é difícil de se conseguir até hoje. Mais que isso, a união dos acordes criava melodias obscuras, assustadoras, pesadas não só pela distorção da guitarra mas também por sua essência. Todo esse som, associado a letras místicas, carregadas de ocultismo, que davam margem a dupla interpretação, formariam o que o mundo conhece até hoje como Black Sabbath, provavelmente a banda mais influente da história do metal e também um dos grupos mais inovadores de toda a música. Depois do Sabbath, o rock nunca mais seria o mesmo. A banda havia criado o som que serviria de base para toda e qualquer coisa que pudesse ser chamada de metal posteriormente. E a guitarra de Iommi era o que guiava o som do grupo. Os riffs que ele criou definiram o heavy metal e foram copiados por inúmeros conjuntos que surgiriam no decorrer dos anos. Durante toda a década de 70 e início dos anos 80 o Black Sabbath seguiu um caminho de evolução técnica, sem abandonar a brutalidade de sua música. Vocalistas fabulosos passaram pela banda e com todos eles Iommi conseguiu gravar algum clássico do heavy metal. Até hoje, com todas as traquinagens da tecnologia moderna, com todos os efeitos possíveis de se conseguir com uma guitarra, ainda é difícil fazer algo que supere o peso do som de Iommi, pois não é um peso relativo apenas a distorção, está relacionado ao espírito da música em si. Coisa que nem todo virtuose consegue mas que somente um gênio é capaz de fazer.

Bandas em família que terminaram mal




Após anos de desentendimentos, em 2009 os irmãos GALLAGHER resolveram se separar, colocando o OASIS no hall das bandas em família que terminaram mal. A lista não é curta e nem é nova. Manter a harmonia dentro de um grupo não é uma tarefa fácil pra ninguém, e pode ser ainda mais difícil quando se tem ao lado um irmão, um primo ou um cônjuge. Na história da música pop existem alguns casos famosos deste tipo que também acabaram em rompimento.



Nos anos 60 o CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL se consagrou como a primeira banda norte americana a bater os BEATLES nos EUA após o início da Beatlemania. Entre os seus membros estavam o vocalista e guitarrista JOHN FORGETY e seu irmão TOM FORGETY, também na guitarra. A banda estava no auge quando Tom resolveu seguir em carreira solo após inúmeras discussões com o irmão. O CREEDENCE até continuou por algum tempo, mas a saída de um dos integrantes originais acabou sendo fatal. Pouco tempo depois John deixou o grupo.














Também formado nos anos 60 e nos EUA, os BEACH BOYS tinham entre seus membros os irmãos BRIAN WILSON, CARL WILSON E DENNIS WILSON, além do primo MIKE LOVE. O gerente da banda era o patriarca da família Wilson, Murry, que cuidava de tudo com mãos de ferro, recorrendo até a castigos físicos quando necessário. A banda conquistou uma legião de fãs e para muitos – inclusive PAUL MCCARTNEY – é considerada como a maior rival dos BEATLES em termos de inovação.

Apesar do sucesso, a relação familiar entre os membros acabou se desgastando e trazendo conseqüências drásticas. O problema chegou a um ponto que em uma ocasião os irmãos Wilson surraram seu pai até que ele ficasse inconsciente. No final Murry foi demitido, mas os problemas emocionais causados em seus filhos deixaram seqüelas graves. O mais afetado foi Brian, que se afundou nas drogas. Atualmente o músico superou a dependência química e se apresenta regularmente com a sua banda. Dennis, que teve problemas com o álcool, morreu afogado em 1983. Carl morreu em 1998 em decorrência de um tumor no cérebro.





Caso parecido aconteceu com o JACKSON FIVE, grupo que revelou o astro MICHAEL JACKSON. Assim como os BEACH BOYS, o grupo era formado pelos irmãos Jacksons e administrado pelo patriarca da família, Joseph, que também tinha métodos duros. A diferença é que quando a banda estourou Michael tinha apenas oito anos de idade e, por isso, as seqüelas emocionais que ele carregou foram muito maiores. Não é preciso nem dizer como a história terminou.













Nos anos 70 o mundo foi contagiado pela música do ABBA. O grupo era formado por dois homens (BJÖRN ULVAEUS e BENNY ANDERSSON) e duas mulheres (ANNI-FRID FRIDA LYNGSTAD e AGNETHA FÄLTSKOG), que acabaram mais tarde formando dois casais. Em 1978 a estrutura começou a ruir com o divórcio de Björn e Agnetha. Mais tarde foi a vez de Benny e Frida também se separarem. Os quatro até que tentaram continuar trabalhando juntos, mas não deu certo. A separação definitiva veio em 1982.












Em 2004, o DARKNESS se tornou o grupo do ano na Inglaterra. O coração da banda era o vocalista e guitarrista JUSTIN HAWKINS e seu irmão DAN HAWKINS, também na guitarra. A empresária era Sue Whitehouse, namorada de justin. Foi aí que começaram os problemas. O primeiro conflito aconteceu com o baixista FRANK POULLAIN, que desconfiou da administração de Sue e acabou demitido.

Em 2006 a banda chegou ao fim depois de inúmeras discussões entre os irmãos Hawkins, muitas delas tendo Whitehouse como pivô. Com o fim do grupo, DAN HAWKINS entrou com um processo contra a cunhada, a quem acusa de não ter lhe pagado todos os seus devidos lucros no DARKNESS.





No cenário nacional também existem casos famosos de bandas em família que terminaram mal. OS MUTANTES é um dos exemplos mais famosos, e neste caso havia irmãos e marido e mulher entre os membros. Recentemente o IRA também reforçou esta lista. A briga entre o vocalista NASI e seu irmão, o empresário da banda, virou até caso de polícia.









Mas quem tem uma banda com membros da família não precisa entrar em desespero. Também existem casos de grupos deste tipo que deram certo e que até hoje permanecem em atividade. Um grande exemplo disso é o AC/DC. A banda tem como membros principais o guitarrista ANGUS YOUNG e seu irmão MALCOLM YOUNG, que além de compositor das principais músicas, é quem dita as ordens. O grupo está há 37 anos na estrada e tem o seu disco “Back in Black” como o terceiro mais vendido de todos os tempos.





A verdade é que, sendo parentes ou não, o mais importante é o pensamento em equipe e o respeito mútuo. Não é apenas no rock’n roll e na música pop que é assim, mas em tudo na vida!


Fonte desta matéria: Blog Cena

Hoje na história do Rock no mundo - 26/11




Os Beatles começam a gravar novo álbum


[26/11/1966] Há 43 anos

Os Beatles começam a trabalhar nas músicas do álbum "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", nos estúdios Abbey Road. Entre outras inovações, eles criaram o som de orquestra, utilizado em uma das faixas, como o auxílio de 40 músicos contratados.


Monkees ganha disco de ouro em tempo recorde


[26/11/1966] Há 43 anos

Os Monkees lançam o compacto de "I'm a Believer", música composta por Neil Diamond, e alcançam o status de disco de ouro em apenas dois dias. Isso aconteceu graças a uma venda adiantada de 1.051.280 cópias.


Chicago fecha o ano com 162 shows


[26/11/1970] Há 39 anos

Promovendo o álbum duplo homônimo, contendo os hits "25 or 5 to 4" e "Make Me Smile", o Chicago fecha o ano com o show de número 162, no Auditorium Theatre, em sua cidade natal.


Phil Collins leva três prêmios na festa da Billboard


[26/11/1990] Há 19 anos

Durante a cerimônia inaugural do Billboard Music Awards, realizado em um dos hangares do aeroporto de Santa Monica, na Califórnia, Phil Collins recebe três prêmios: melhor artista de música contemporânea, melhor álbum e melhor single de música contemporânea.


Tributo a Leonard Cohen é lançado

[26/11/1991] Há 18 anos

A importância e a influência do trabalho de Leonard Cohen no rock é comprovada com o lançamento do CD "I'm Your Fan: The Songs of Leonard Cohen". Artistas como R.E.M., Pixies, Ian McCulloch (Echo & The Bunnymen), Nick Cave & The Bad Seeds, James, John Cale e Lloyd Cole escolheram suas músicas prediletas e criaram novas interpretações para clássicos do músico.


Tina Turner é homenageada em Londres

[26/11/1991] Há 18 anos

A cantora Tina Turner recebe o disco de platina quíntupla pela vendagem de 1,5 milhões de cópias do "Foreign Affair", na Grã-Bretanha. Neste dia, ela também comemorava 52 anos de idade e, por isso, foi homenageada com um prêmio, entregue por Rupert Perry, o chefão de sua gravadora.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 26/11



ATENÇÃO - 1955: O compacto com a música “Ronda das Horas”, gravado por Nora Ney, com a versão de “Rock Around The Clock” de Bill Halley, chegou ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos no Rio de Janeiro. Esse foi o primeiro rock gravado no Brasil.

1970: O delegado Amil Nei Richard invadiu o sítio de Carlos Kohler, em Nova Friburgo (RJ), mais conhecido como Comunidade Quiabo´s, onde moravam 12 hippies e transitavam tantos outros, e prendeu todas as pessoas que lá estavam. O fato aconteceu durante as filmagens do filme Geração Bendita – É Isso aí Bicho, considerado o primeiro filme hippie brasileiro, dirigido por Carlos Bini. Apesar do acontecimento, o filme foi lançado em 1972 e, apesar de não obter sucesso algum, é considerado uma raridade preciosa. Nessa comunidade moravam os integrantes da banda Spectrum, que lançou seu único disco em 1971, e que hoje uma cópia original chega a valer U$ 2.500,00. Os integrantes eram José Caetano (guitarra solo), Nando (guitarra base), Sérgio Regly (voz), Tiãozinho (bateria, irmão de Caetano) e Tobi (baixo).

- 1983: O baterista e vocalista do Joelho de Porco Próspero Albanese quebrou seu joelho durante a apresentação da banda no programa Cassino do Chacrinha, da Rede Globo. Site do Joelho de Porco e Próspero Albanese: http://www.bandajoelhodeporco.com.br/

- 1993: A Legião Urbana lançou o sexto disco O Descobrimento do Brasil. Os destaques são “Perfeição”, “Giz”, “Um Dia Perfeito”, “Vinte e Nove” e a faixa título. Clássico!

- 1998: O Kid Abelha lançou o décimo disco Autolove. Os destaques são “Eu Só Penso Em Você”, “Mãos Estranhas” e “Maio”.


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