“Helter Skelter”. Uma das mais famosas canções do álbum homônimo dos Beatles lançado em 1968 (também conhecido como o “Álbum Branco”), regravada por vários artistas, entre eles Aerosmith, U2 e Oasis. Para muitos, o marco inicial do heavy metal. Como foi que uma música concebida apenas para ser uma diversão barulhenta, acabou se tornando uma fonte de inspiração de alguns dos crimes mais chocantes dos Estados Unidos no século passado? Vamos recapitular brevemente este trágico episódio, desde a concepção da canção até os trágicos crimes liderados por Charles Manson.
“Esta é música mais barulhenta, crua e suja que já gravamos”
Pete Townshend, do The Who, sobre sua música “I Can See For Miles”.
“Seria ótimo fazer uma música assim...”
Paul McCartney, ao ler a entrevista de Townshend.
“É totalmente Paul... não tem nada a ver com nada, e menos ainda comigo...”
John Lennon, sobre “Helter Skelter”.
“Estou com bolhas nos meus dedos!!!”
Ringo Starr, baterista dos Beatles, gritando ao final de “Helter Skelter”.
“Por causa desta música eu perdi minha mulher”
Roman Polanski, cineasta, sobre “Helter Skelter”.
“Esta é uma canção que Charles Manson roubou dos Beatles, e nós estamos roubando de volta”
Bono, vocalista do U2, ao anunciar “Helter Skelter”, no filme “Rattle And Hum”.
UMA “RESPOSTA” AO THE WHO
Nos idos de 1968, os Beatles haviam definitivamente deixado de ser aquela banda de composições inocentes de seu começo de carreira. Gradativamente, o experimentalismo passa a fazer parte de seu som. A essa altura, já haviam lançado os maravilhosos “Revolver” e “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, que fugiam totalmente dos padrões do “iê-iê-iê” de seus primeiros anos. Paul McCartney admite que a idéia de fazer um álbum como “Sgt. Pepper’s” surgiu após ele ter ouvido a obra-prima dos Beach Boys, “Pet Sounds” – Paul teria se sentido desafiado a fazer um álbum ainda melhor do que aquele da banda norte-americana. Pois o mesmo sentimento de necessidade de “se sobrepor à concorrência” apareceu durante as gravações do famigerado “Álbum Branco”, onde a idéia agora era de superar um feito do The Who.
Em entrevista à revista Guitar Player, Pete Townshend, guitarrista e líder do The Who, afirmava que “I Can See For Miles”, do álbum “The Who Sell Out”, era a canção mais “barulhenta, crua e suja” que eles já haviam gravado. Instigado pela declaração, sir Paul resolveu ouvi-la mais atentamente, pensando em como seria divertido fazer uma canção seguindo tais parâmetros. Em seu modo de ver, a música do The Who era até que bem sofisticada e estruturada, longe do caos que a tal declaração poderia sugerir. Desafiado a gravar algo realmente barulhento, ele escreve “Helter Skelter” (que foi creditada à dupla Lennon – McCartney, como todas as canções que qualquer um deles compusesse, mesmo que isoladamente, dentro da banda). O termo em inglês significa “confusão fora de controle”. Mas para os britânicos era também o nome de um popular tobogã que era sucesso em parques de diversões. A letra da música traz em sua primeira estrofe justamente uma descrição do que seria uma volta no tal brinquedo: “When I get to the bottom I go back to the top of slide, where I stop, and I turn, and I go for a ride, till I get to the bottom, and I see you again...” (“Quando eu chego ao fundo, eu volto ao topo do escorregador, então eu paro e me viro e dou uma volta, até que eu chegue ao fundo e lhe veja de novo...”).
Uma letra boba e despretensiosa, mas que gerou ao longo dos anos as mais diversas interpretações. Segundo Paul, a princípio a idéia seria de uma música sobre a ascensão e queda do Império Romano, usando metaforicamente a imagem do escorregador, mas que no final acabou sendo “apenas uma canção ridícula e divertida, que nós gravamos por gostar do barulho”. Para alguns grupos radicais religiosos, a canção abordava a descendência ao inferno, mostrando alguém numa tentativa de escapar de suas profundezas e não conseguindo – baseando tal teoria em metáforas estapafúrdias e no vocal “desesperado” de Paul. Já para o sociopata Charles Manson, os tais versos iam bem mais além, como veremos mais adiante.
AS SESSÕES DE GRAVAÇÃO
Foram feitas várias e várias tomadas, durante o processo de gravação do álbum mais desconcertante do quarteto. Uma de suas primeiras versões tinha a incrível duração de 27 minutos e 11 segundos (!!!). Segundo depoimentos de quem já a ouviu, era mais arrastada e hipnótica do que a versão final que chegou ao vinil. A lendária versão longa chegou a ser cogitada para fazer parte da coleção “Anthology”, mas o produtor George Martin, após ouvi-la mais uma vez, achou que não tinha nada demais, e foi feita a opção por outra gravação mais curta, de 4:37 – na verdade, tratava-se de uma edição de outro longo take, que durou cerca de 11 minutos, aproximando-se bastante da outra mais longa. Quanto à versão que realmente entrou no disco original, foram gravados no mesmo dia 18 takes, durando em média cinco minutos cada um. E foi justamente o último deles o escolhido como definitivo, onde ao final pode-se ouvir Ringo jogando as baquetas pelo estúdio e gritando: “I’ve got blisters on my fingers!!!” (“Estou com bolhas nos meus dedos!!!”). Reza a lenda que enquanto Paul gravava os vocais, George Harrison corria pelo estúdio com um cinzeiro em chamas sobre sua cabeça, como uma espécie de coroa flamejante à la Arthur Brown... Tudo devidamente registrado em um misterioso vídeo que os fãs jamais assistiram e permanece arquivado no acervo pessoal do grupo...
Um outro detalhe curioso: a versão definitiva de “Helter Skelter” não foi produzida por George Martin, como de costume. Ele se encontrava em férias, e Chris Thomas havia sido contratado para substitui-lo no período. Chris relata que inicialmente sofreu muita rejeição por parte da banda e mal conseguia abrir a boca. E a coisa piorou ainda mais após seu primeiro diálogo com um Beatle. Ao conversar com Paul, sua motivação foi de vez para o ralo. Segundo ele, foi mais ou menos assim.
PAUL: 'O que você está fazendo aqui?'
CHRIS: 'George (Martin) não te falou?'
PAUL: 'Não!'
CHRIS: 'Bem, ele disse para eu vir até aqui e ajudar vocês.'
PAUL: 'Bom... se você quiser produzir nosso disco, você pode. Se você não quiser, então eu posso te dizer para ir se f...'
Uma matéria incrivelmente detalhada sobre o processo de gravação da canção pode ser conferida no site “Beatles Brasil”, no link abaixo.
http://www.thebeatles.com.br/beatles-helter-skelter.php
CHARLES MANSON E SUAS “FAMÍLIAS”
Charles Manson nasceu em Cincinnati, Ohio, em 12 de novembro de 1934. Era filho de uma prostituta (sem trocadilhos) alcoólatra e seu pai mal parava em casa. Em um lar tão desequilibrado, a consequência não poderia ser outra: logo ele se tornou um delinquente juvenil, e frequentemente era internado em reformatórios, acusado principalmente de crimes de falsificação e roubo. Não demorou muito e, ao fugir de um deles, foi expulso de casa pela mãe. Chegou a se casar duas vezes nos anos 1950: no primeiro casamento, por volta de 1956, teve um filho, que nasceu enquanto ele estava preso por ter perdido um de seus julgamentos; no segundo, em 1959, contraiu matrimônio com Crystal Gosser, que depois se revelou uma serial killer e foi internada em um hospício. Após várias outras prisões por todo o país na década seguinte e o nascimento de um segundo filho, em 1967 ele se muda para San Francisco, no auge do movimento hippie.
Na Califórnia, Manson se refugia em uma velha fazenda abandonada, outrora utilizada como cenário de velhos filmes de faroeste. Lá implanta uma espécie de seita com princípios extremamente questionáveis, onde seus seguidores são chamados de “A Família” e crêem piamente que Manson, o seu “messias”, é o próprio Jesus Cristo reencarnado.
Dentre os atos pouco ortodoxos difundidos por ele estão a máxima nazista da supremacia da raça branca, a separação das crianças de seus pais, invasão e saque de residências e lixos de supermercados, além de orgias regadas a muito LSD entre seus membros. Depois de algum tempo, Manson acha uma nova fonte para suas idéias insanas: ele acredita que os Beatles são os cavaleiros do apocalipse que vieram à Terra anunciar o fim do mundo através de suas músicas. E para ele tudo estava claro em várias de suas canções, principalmente as do “Álbum Branco”, que formariam um grande apanhado com as tais mensagens que só ele via: “Yer Blues”, por exemplo, incitava ao suicídio (“Yes I’m lonely, wanna die...” – “sim, estou só, quero morrer...”); “Revolution #9”, que segundo ele narrava os sons do próprio Armageddon; “Blackbird” seria sobre os Panteras Negras (“You were only waiting for this moment to arise” quer dizer “Você só estava esperando por este momento para se erguer” – mas “arise” também pode significar “rebelar-se” ) e “Piggies” sobre os “porcos brancos” (“...and for all the little piggies, life is getting worse...”; “...what they need is a darn good whacking...” – “...e para todos os porquinhos, a vida está piorando...”; “...o que eles precisam é de uma boa surra...”). E a “cereja do bolo” seria “Helter Skelter”, que na concepção do maluco tratava da batalha final na Terra, onde os negros conseguiriam impor sua soberania sobre os brancos e o mundo como conhecemos chegaria a um final trágico...
HELTER SKELTER COLOCADO EM PRÁTICA
Apesar de tanta maluquice, a seita de Manson cresceu bem, e a idéia agora era expandir suas idéias para o resto do mundo, e o primeiro passo seria através da gravação de um disco. Mesmo com toda a influência que conseguia ter, inclusive em pessoas donas de cargos importantes em estúdios e gravadoras, ele não obtém sucesso na empreitada, não passando da gravação de um compacto simples. Em 9 de agosto de 1969, indignado com o produtor musical Terry Melcher, filho da atriz hollywoodiana Doris Day, por ter lhe negado um contrato para lançar um álbum com suas músicas (inclusive a suposta versão original da canção dos Beach Boys “Never Learn Not To Love”, do álbum “20/20” dos californianos, que ele afirmava ser um plágio de sua música chamada “Cease To Exit”), Manson recruta sua família para um ato radical: como o tempo estava passando muito rápido e o fim dos tempos se aproximava, a saída era invadir o apartamento que pertencia ao produtor e assassina-lo, iniciando ele próprio o que seria o “Helter Skelter”, o único meio de chamar a atenção do resto da população para a tragédia iminente. Só que Melcher não residia mais no local, e quem acabou pagando por tudo foram a nova moradora, a atriz Sharon Tate, e seus amigos. Tate, em seus últimos dias de gravidez e esposa do cineasta Roman Polanski, promovia uma festa em casa com alguns amigos. A “Família” liderada por Manson consegue invadir o local e promove uma chacina sem precedentes. A atriz, para se ter uma idéia da covardia, faleceu com dezesseis facadas, onde cinco delas já seriam fatais isoladamente, segundo a perícia. Com o sangue de suas vítimas, os assassinos escrevem nas paredes palavras como “Helter Skelter”, “Political Piggy” (referência a “Piggies”, chamando as vítimas de “porcos políticos”) e “Arise” (extraída da letra de “Blackbird”). Curiosamente, um dos membros da “Família” atendia pelo apelido de “Sexy Sadie”, mesmo nome de uma das músicas do disco branco dos fab four.
Mal houve tempo para a imprensa noticiar tamanha tragédia e Manson e seus seguidores arquitetam mais um crime absurdo. Aleatoriamente, escolhem uma nova residência para cometer mais assassinatos, pois ele julgava que os atos da noite anterior não haviam tido o resultado desejado. Chegam à casa de Leno LaBianca, presidente de uma rede de supermercados da Califórnia, assassinando não só ele (com 12 facadas e 14 ferimentos feitos por um garfo de duas pontas ), mas também sua esposa (com 41 ferimentos perfurantes). No peito de Leno, entalharam em sua carne a palavra “War” (“guerra”). A barbaridade dos crimes causaram pânico entre as celebridades e pessoas ricas que moravam próximos aos locais escolhidos pela “Família” para cometer seus atos. Apesar disso e da similaridade dos crimes, bem como as armas utilizadas e as palavras escritas com sangue, a polícia tratou os crimes como casos isolados. Manson e seus seguidores acabariam sendo presos em uma batida policial na fazenda onde moravam. No decorrer do processo judicial, fatos estranhos aconteceram, como o assassinato de Ronald Hughes, advogado de defesa que ousou desafiar as vontades de Manson, bem como tentativa de homicídio de Barbara Hoyt, testemunha de acusação, utilizando-se um hambúrguer cheio de LSD.
Tudo foi retratado detalhadamente no livro de mais de 700 páginas chamado (adivinhem só?) “Helter Skelter”, de Vincente Bugliosi, o promotor que liderou o processo contra a “Família” – um dos mais longos da história dos Estados Unidos. O livro deu origem, ainda, a dois filmes, um feito para o cinema em 1976, e outro para a TV em 2004.
Charles Manson foi condenado à pena de morte, mas devido a uma alteração nas leis da Califórnia (que aboliu este tipo de condenação) teve sua sentença alterada para prisão perpétua. E infelizmente, ao que parece, ele fez escola, afinal o que já surgiu de doidos nesses quarenta anos depois, matando ou se suicidando, dizendo terem sido influenciados por músicas e filmes...
Fontes:
Wikipedia;
Beatles Brasil;
Boca do Inferno;
Free Information Society;
Whiplash!.
A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar. Tudo isso e muito mais...
23 de setembro de 2009
ABBA - O Filme
* (ABBA: The Movie)
* ano de lançamento ( Austrália Suécia ) : 1977
* direção: Lasse Hallström
* atores: Anni-Frid Lyngstad , Benny Andersson , Björn Ulvaeus , Agnetha Fältskog , Robert Hughes
* duração: 01 hs 36 min
sinopse
O empresário de uma rádio local deseja aproveitar a turnê do grupo ABBA pela Austrália para fazer um grande especial, que trará notícias exclusivas sobre a intimidade dos cantores. Para obter a matéria ele envia Ashley Wallace (Robert Hughes), um radialista que nada sabe sobre o grupo. Ele acredita que será fácil obter a matéria, mas logo percebe que a popularidade do ABBA tornará sua tarefa bem mais complicada.
descrição:
Um radialista é enviado para realizar uma matéria especial com o grupo ABBA, que está em turnê pela Austrália. O problema é que ele nada sabe sobre o assunto. Dirigido por Lasse Hallström (Regras da Vida).
ficha técnica:
* título original:ABBA: The Movie
* gênero:Drama
* duração:01 hs 36 min
* ano de lançamento:1977
* site oficial:
* estúdio:Polar Music International / Red Grundy Productions Pty. Ltd.
* distribuidora:Warner Bros. Pictures / Moviemobz
* direção: Lasse Hallström
* roteiro:Robert Caswell e Lasse Hallström
* produção:Stig Anderson e Reg Grundy
* música:Stig Anderson, Benny Andersson e Björn Ulvaeus
* fotografia:Jack Churchill e Paul Onorato
* direção de arte:
* figurino:
* edição:Mallou Hallström, Lasse Hallström e Ulf Neidemar
* efeitos especiais:
elenco:
* Anni-Frid Lyngstad (Anni-Frid)
* Benny Andersson (Benny)
* Björn Ulvaeus (Björn)
* Agnetha Fältskog (Agnetha)
* Robert Hughes (Ashley Wallace)
* Stig Anderson (Empresário do ABBA)
* Bruce Barry (Empresário da rádio)
Discos Marcantes do The Grateful Dead II
Grateful Dead - American Beauty
Origem: Estados Unidos
Produtor: Steve Barncard
Formação Principal no Disco: Jerry Garcia – Mickey Hart – Phil Lesh – Bill Kreutzmann – Ron McKernan – Bob Weir
Estilo: Country Rock – Folk Rock
Relacionados: The Byrds; Flying Burrito Brothers; Creedence Clearwater Revival
Destaque: Ripple
Melhor Posição na Billboard: 30º
Depois de participar das gravações do álbum Deja Vu, do Crosby, Stills, Nash & Young, onde fez uma participação com uma steel guitar, Jerry Garcia se impressionou com o resultado: um som fluído, escorreito, um country-rock de boa qualidade. E, ao contrário do que era corrente no trabalho do Dead — cujo objetivo maior era trabalhar algumas canções exaustivamente no palco, em detrimento de se debruçar com mais afinco dentro do estúdio, ele resolveu mudar. E trouxe muito dessa experiência para a sua banda. Em resultado disso, nasceram dois discos que mudaram o estilo do Grateful: o Workingman’s Dead e, principalmente American Beauty. Para tanto, ele resolveu deixar o Pacific High Recording, de San Francisco para gravar no mesmo estúdio onde foi produzido Deja Vu, o mitológico Wally Heider Studio, berço de boa parte da produção do rock da Costa Oeste, desde Creedence Clearwater Revival (eles produziram o clássico Green River ali) até Quicksilver Messenger Service. Inspirado na sonoridade simples e direta do CSN&Y, eles optaram agora por amansar o sincretismo épico do psicodelismo com o bluegrass para uma forma calcada no country clássico (não confundir com o Nashville Sound, mas um modelo oriundo do outlaw country e que se disseminaria à esfera do kitsch, nos anos 70). A mística do Wally Heider trouxe boas vibrações na hora dos ensaios, sem contar com o fato de que o local virou uma espécie de Meca de gente como o pessoal do Jefferson Airplane, Carlos Santana e, como não podia deixar de ser, David Crosby e Neil Young. Nesse espírito, a linguagem folk e soft-country rock percorreu todas as faixas, mais curtas e menos viajandonas do que o material dos primeiros discos do Dead. Além disso, destaca-se o papel do (excelente e subestimado) baixista Phil Lesh, que abre o disco cantando (pela primeira vez) Box of Rain, e Robert Hunter, pela excelência das letras de American Beauty. Uma delas, Friend Of The Devil, conta a história de um fora-da-lei que é ajudado pelo demônio em seu plano de fuga, e que se tornaria um clássico da banda. O destaque nesta faixa é David Grisman, mandolinista de honestas jug bands que entrou no projeto por acaso: Garcia o achou na multidão numa arquibancada de um ordinário jogo de beisebol. Candyman traz alusões desde à clichês do folk com conotações sobre drogas e sexo, estabelecendo uma tênue ligação entre o rural/atemporal ao urbano/contemporâneo. Além de Brokedown Palace, Ripple é outra pérola absurda de Lesh, a melhor do álbum:(se minhas palavras se esbroam com o fulgor do acaso/e as minhas melodias são entoadas com uma harpa desafinada/você escutaria minha voz através da música/você as adotaria se elas se aproximassem?/são apenas pensamentos desconexos/melhor deixa-las quietas, talvez/não sei, não me importo/deixe a melodia apenas preencher o ar). Truckin’, a última de American Beauty, é uma divertida profissão-de-fé dos deads, contando de forma eufemística as arguras e os infortúnios da vida de músico na estrada e alguns dissabores, como uma desagradável prisão por porte de drogas, em Nova Orleans: (“ás vezes os faróis batem em mim/às vezes eu mal posso ver/depois eu me percebo de quão estranha essa viagem me parece”). Detalhe: esse seria o último disco de Ron McKernan, que desapareceria logo depois do lançamento.
Origem: Estados Unidos
Produtor: Steve Barncard
Formação Principal no Disco: Jerry Garcia – Mickey Hart – Phil Lesh – Bill Kreutzmann – Ron McKernan – Bob Weir
Estilo: Country Rock – Folk Rock
Relacionados: The Byrds; Flying Burrito Brothers; Creedence Clearwater Revival
Destaque: Ripple
Melhor Posição na Billboard: 30º
Depois de participar das gravações do álbum Deja Vu, do Crosby, Stills, Nash & Young, onde fez uma participação com uma steel guitar, Jerry Garcia se impressionou com o resultado: um som fluído, escorreito, um country-rock de boa qualidade. E, ao contrário do que era corrente no trabalho do Dead — cujo objetivo maior era trabalhar algumas canções exaustivamente no palco, em detrimento de se debruçar com mais afinco dentro do estúdio, ele resolveu mudar. E trouxe muito dessa experiência para a sua banda. Em resultado disso, nasceram dois discos que mudaram o estilo do Grateful: o Workingman’s Dead e, principalmente American Beauty. Para tanto, ele resolveu deixar o Pacific High Recording, de San Francisco para gravar no mesmo estúdio onde foi produzido Deja Vu, o mitológico Wally Heider Studio, berço de boa parte da produção do rock da Costa Oeste, desde Creedence Clearwater Revival (eles produziram o clássico Green River ali) até Quicksilver Messenger Service. Inspirado na sonoridade simples e direta do CSN&Y, eles optaram agora por amansar o sincretismo épico do psicodelismo com o bluegrass para uma forma calcada no country clássico (não confundir com o Nashville Sound, mas um modelo oriundo do outlaw country e que se disseminaria à esfera do kitsch, nos anos 70). A mística do Wally Heider trouxe boas vibrações na hora dos ensaios, sem contar com o fato de que o local virou uma espécie de Meca de gente como o pessoal do Jefferson Airplane, Carlos Santana e, como não podia deixar de ser, David Crosby e Neil Young. Nesse espírito, a linguagem folk e soft-country rock percorreu todas as faixas, mais curtas e menos viajandonas do que o material dos primeiros discos do Dead. Além disso, destaca-se o papel do (excelente e subestimado) baixista Phil Lesh, que abre o disco cantando (pela primeira vez) Box of Rain, e Robert Hunter, pela excelência das letras de American Beauty. Uma delas, Friend Of The Devil, conta a história de um fora-da-lei que é ajudado pelo demônio em seu plano de fuga, e que se tornaria um clássico da banda. O destaque nesta faixa é David Grisman, mandolinista de honestas jug bands que entrou no projeto por acaso: Garcia o achou na multidão numa arquibancada de um ordinário jogo de beisebol. Candyman traz alusões desde à clichês do folk com conotações sobre drogas e sexo, estabelecendo uma tênue ligação entre o rural/atemporal ao urbano/contemporâneo. Além de Brokedown Palace, Ripple é outra pérola absurda de Lesh, a melhor do álbum:(se minhas palavras se esbroam com o fulgor do acaso/e as minhas melodias são entoadas com uma harpa desafinada/você escutaria minha voz através da música/você as adotaria se elas se aproximassem?/são apenas pensamentos desconexos/melhor deixa-las quietas, talvez/não sei, não me importo/deixe a melodia apenas preencher o ar). Truckin’, a última de American Beauty, é uma divertida profissão-de-fé dos deads, contando de forma eufemística as arguras e os infortúnios da vida de músico na estrada e alguns dissabores, como uma desagradável prisão por porte de drogas, em Nova Orleans: (“ás vezes os faróis batem em mim/às vezes eu mal posso ver/depois eu me percebo de quão estranha essa viagem me parece”). Detalhe: esse seria o último disco de Ron McKernan, que desapareceria logo depois do lançamento.
Discos Marcantes do The Grateful Dead
Grateful Dead - Live/Dead
Origem: Estados Unidos
Produtor: Grateful Dead/Bob Matthews/Betty Cantor
Formação Principal no Disco: Jerry Garcia – Bob Weir – Ron McKernan – Phil Lesh - Bill Kreutzmann - Mickey Hart
Estilo:Rock and roll/ psychedelic rock/ folk rock
Relacionados: The Other Ones - The Dead - Jerry Garcia Band – RatDog - Phil Lesh and Friends - Rhythm Devils - Donna Jean and the Tricksters,
Destaque: Dark On By
Melhor Posição na Billboard: 64º
O Grateful Dead tem até hoje um bando de fãs lunáticos cuja peculiar característica que os une é o fato de assistir a todos os shows que eles sempre fizeram, quase desde o começo: são os Deadheads. Antes dessa legião de admiradores nascer, no fim dos anos 60, a banda, embora não fosse um conjunto com a mesma notoriedade dos demais psicodélicas do circuito de São Francisco, era considerada a rainha da cena alternativa de Haight-Ashbury. Essa era a esquina mais cool daquela cidade que, na época do chamado “Verão do Amor”, em 1967, atraia hippies de todas as partes para lá. No começo, eles não passavam de uma discreta jug band (aqueles conjuntos simpáticos e caipiras que faziam um folk rural bem humorado, com banjos, mandolins, reco-recos em tábuas de passar, contrabaixos de balde e sopro em vasos de barro) que resolveu eletrificar seu som depois do sucesso dos Beatles. Mas a questão é que os Deadheads não são fanáticos à toa: o melhor do som do Grateful Dead estava nos palcos, e era isso o que os diferenciava das outras bandas. Enquanto todos ensaiavam em estúdios para realizar uma perfomance impecável diante de uma platéia ululante, o Dead não: eles ensaiavam ao vivo. Esse era o espaço deles. Tanto que a trupe de Jerry Garcia até então não vendia discos tão bem como as demais, mas seus shows estavam sempre com gente até no lustre. E o Live/Dead é justamente o primeiro registro sonoro dessa experiência musical, e foi uma exceção, sendo o primeiro grande êxito comercial deles, consolidando o seu sucesso pouco depois, a partir do lançamento do Workingsman’s Dead. E o som que eles faziam ia muito além de uma jug band tradicional. Era uma geléia geral de tudo o que fosse possível meter num sofisticado caldeirão sonoro, que ia do bluegrass ao space rock. O álbum é resultado de gravações de dois shows registrados em 1969 num estúdio móvel improvisado de 16 canais. E como o repertório não era lá muito grande, em compensação, eles souberam aprimorar cada vez mais aquele mesmo conjunto de canções. Tanto que cada execução ao vivo, como o medley de Dark Star (que, no começo, quando saiu em compacto, em 1968, tinha só dois minutos mas, ao vivo, ia dos vinte e três minutos aos quarenta!), St. Stephen e The Eleven geralmente chegava a mais de quarenta minutos de música e muita piração, um amálgama de folk tradicional jazz e space rock. E como eles improvisavam toda santa vez que empunhavam uma guitarra, cada show era sempre uma experiência única, pessoal e intransferível, como se um ordinário deadhead estivesse viajando longe, como num festival wagneriano.
Origem: Estados Unidos
Produtor: Grateful Dead/Bob Matthews/Betty Cantor
Formação Principal no Disco: Jerry Garcia – Bob Weir – Ron McKernan – Phil Lesh - Bill Kreutzmann - Mickey Hart
Estilo:Rock and roll/ psychedelic rock/ folk rock
Relacionados: The Other Ones - The Dead - Jerry Garcia Band – RatDog - Phil Lesh and Friends - Rhythm Devils - Donna Jean and the Tricksters,
Destaque: Dark On By
Melhor Posição na Billboard: 64º
O Grateful Dead tem até hoje um bando de fãs lunáticos cuja peculiar característica que os une é o fato de assistir a todos os shows que eles sempre fizeram, quase desde o começo: são os Deadheads. Antes dessa legião de admiradores nascer, no fim dos anos 60, a banda, embora não fosse um conjunto com a mesma notoriedade dos demais psicodélicas do circuito de São Francisco, era considerada a rainha da cena alternativa de Haight-Ashbury. Essa era a esquina mais cool daquela cidade que, na época do chamado “Verão do Amor”, em 1967, atraia hippies de todas as partes para lá. No começo, eles não passavam de uma discreta jug band (aqueles conjuntos simpáticos e caipiras que faziam um folk rural bem humorado, com banjos, mandolins, reco-recos em tábuas de passar, contrabaixos de balde e sopro em vasos de barro) que resolveu eletrificar seu som depois do sucesso dos Beatles. Mas a questão é que os Deadheads não são fanáticos à toa: o melhor do som do Grateful Dead estava nos palcos, e era isso o que os diferenciava das outras bandas. Enquanto todos ensaiavam em estúdios para realizar uma perfomance impecável diante de uma platéia ululante, o Dead não: eles ensaiavam ao vivo. Esse era o espaço deles. Tanto que a trupe de Jerry Garcia até então não vendia discos tão bem como as demais, mas seus shows estavam sempre com gente até no lustre. E o Live/Dead é justamente o primeiro registro sonoro dessa experiência musical, e foi uma exceção, sendo o primeiro grande êxito comercial deles, consolidando o seu sucesso pouco depois, a partir do lançamento do Workingsman’s Dead. E o som que eles faziam ia muito além de uma jug band tradicional. Era uma geléia geral de tudo o que fosse possível meter num sofisticado caldeirão sonoro, que ia do bluegrass ao space rock. O álbum é resultado de gravações de dois shows registrados em 1969 num estúdio móvel improvisado de 16 canais. E como o repertório não era lá muito grande, em compensação, eles souberam aprimorar cada vez mais aquele mesmo conjunto de canções. Tanto que cada execução ao vivo, como o medley de Dark Star (que, no começo, quando saiu em compacto, em 1968, tinha só dois minutos mas, ao vivo, ia dos vinte e três minutos aos quarenta!), St. Stephen e The Eleven geralmente chegava a mais de quarenta minutos de música e muita piração, um amálgama de folk tradicional jazz e space rock. E como eles improvisavam toda santa vez que empunhavam uma guitarra, cada show era sempre uma experiência única, pessoal e intransferível, como se um ordinário deadhead estivesse viajando longe, como num festival wagneriano.
Hoje na história do Rock no mundo - 23/09
Mothers of Invention estréiam na Grã-Bretanha
[23/09/1967] Há 42 anos
Depois de despontar no Top 100 da parada norte-americana com o álbum "Absolutely Free", o Mothers of Invention, capitaneado por Frank Zappa, viaja para a Grã-Bretanha, onde faz seu primeiro show. Na ocasião, eles foram acompanhados por uma orquestra de 15 músicos.
Paul McCartney está morto?
Fatos Bizarros
Paul McCartney está morto?
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por Equipe Rockwave
[23/09/1969] Há 40 anos
O jornal da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, "Northern Star", publica uma história fantástica sobre os Beatles, especulando sobre a morte, até então, não revelada de Paul McCartney. Conforme a matéria, Paul havia morrido no dia 9 de novembro de 1966, vítima de um acidente de automóvel na Escócia. Na época, todos sabiam que Paul estava de férias no Quênia, na companhia de sua namorada, Jane Asher, mas, segundo o jornal, isso não passava de uma invenção para encobrir os fatos reais. Desde então, o seu posto nos Beatles vinha sendo ocupado por William Campbell, um sósia, submetido a uma cirurgia plástica e que, por incrível que pareça, tinha conseguido a vaga através de um concurso. Logicamente, toda essa ladainha passaria em branco se Russ Gibbs, um respeitado DJ de Detroit, não tivesse levado a história à público - e mais: não tivesse levado a história a sério. Depois disso, a imprensa alardeou o fato e começou a criar várias hipóteses tentando provar que Paul realmente estava morto. A capa do álbum "Abbey Road", recém-lançado pelos Beatles, por exemplo, era uma prova disso. Além dos indícios encontrados em cada detalhe da capa, os próprios integrantes denunciavam a suspeita. Afinal, Paul é o único dos quatro beatles, que atravessa a faixa de pedestres, descalço, ou seja, ele é o próprio defunto. Logo atrás, George Harrison aparece com pinta de coveiro, enquanto Ringo, todo de preto é o padre, e Lennon, vestido de branco, é o médico legista. Não demorou muito para "o morto" ser procurado - em carne e osso - em sua fazenda em Campbeltown, na Escócia. Em entrevista para o jornal Sunday People, Paul respondeu sarcástico: "Eu pareço morto? Eu estou tão bem quanto as besteiras que vocês criaram".
Festa de Gregg Allman acaba em tragédia
[23/09/1974] Há 35 anos
Em plena turnê pela cidade de Los Angeles, o grupo escocês Average White Band participa de uma festa promovida pelo guitarrista Gregg Allman, do Allman Brothers, e acaba enfrentando péssimos momentos. O baterista Robbie McIntosh experimentou uma mistura letal de heroína, achando que fosse cocaína, e morreu de overdose na hora. No mesmo instante, o baixista do grupo, Alan Gorrie, estava indo pelo mesmo caminho, mas foi alertado e mantido consciente pela cantora Cher (namorada de Gregg Allman na época). Se o Average White Band tivesse perdido dois integrantes naquela noite, talvez pudesse ser o final da carreira. Porém, eles substituíram McIntosh pelo amigo de longa data, Steve Ferrone, e continuaram na ativa.
Bruce Springsteen comemora 30 anos de idade
[23/09/1979] Há 30 anos
Em seu 30° aniversário, Bruce Springsteen aceita o convite do amigo Jackson Browne para participar do show Musicians United for Safe Energy, no Madison Square Garden, em Nova York, e comemorar a data ao melhor estilo: tocando. Bruce concordou em aparecer no evento desde que nenhum político estivesse presente no local e que o fotógrafo Lynn Goldsmith fosse barrado, caso quisesse entrar. Lynn estava vendendo fotos de um romance proibido de Bruce tiradas em 1978.
Little Richard volta para casa
[23/09/1990] Há 19 anos
Little Richard toca no City Auditorium, em Macon, na Geórgia, marcando um retorno a sua cidade natal depois de 35 anos. Na ocasião, ele foi homenageado quando uma das ruas da região foi batizada de Penniman Boulevard (o nome verdadeiro de Little Richard é Richard W. Penniman).
Izzy Stradlin fora do Guns N' Roses
[23/09/1991] Há 18 anos
Logo após o lançamento dos álbuns "Use Your Illusion I" e "Use Your Illusion II", o guitarrista do Guns N' Roses, Izzy Stradlin, anuncia suas intenções de deixar a banda. Axl Rose confirmaria a notícia logo depois, alegando que Stradlin estava cansado de excursionar e fazer videoclipes. Ele seria substituído por Gilby Clarke e lançaria o seu próprio projeto, Izzy Stradlin & The Ju Ju Hounds.
Maniacs saem em turnê com baterista substituto
[23/09/1992] Há 17 anos
Visando a turnê norte-americana do novo álbum, "Our Time In Eden", o 10.000 Maniacs faz um show no famoso Carnegie Hall, em Nova York, com a participação do baterista da E Street Band (grupo que acompanha Bruce Springsteen), Max Weinberg. Durante 30 dias, ele substituiu o batera original do grupo, Jerry Augustyniak, que estava se recuperando de uma clavícula quebrada.
Cantora do ABBA reaparece após 10 dez anos
[23/09/1996] Há 13 anos
Depois de passar os últimos dez anos vivendo junto com os dois filhos na remota ilha de Ekerö, na Europa, Agnetha Fältskog, uma das cantoras do ABBA, reaparece lançando uma auto-biografia, intitulada "As I Am", e a coletânea "Som Jar Ar", uma retrospectiva contendo 37 músicas de sua carreira solo.
Transa de Pamela e Tommy Lee acaba na internet
[23/09/1997] Há 12 anos
O baterista do Mötley Crue, Tommy Lee, e sua voluptuosa esposa, Pamela Anderson, abrem um processo na Justiça contra Milton Ingley, alegando que ele estava vendendo um vídeo de sexo explícito deles na internet. O casal costumava filmar suas transas, mas não contava que um dia sua mansão em Malibu pudesse ser assaltada. Junto com outros pertences de Tommy e Pamela, todas as fitas foram roubadas. Depois que o caso tornou-se público, as imagens se espalharam pela internet e chegaram até a ser distribuídas gratuitamente. O caso só foi abafado devido aos escândalos promovidos pelo casal nos meses seguintes (entre outras pisadas, Tommy agrediu a esposa e foi parar na cadeia), mas poucos internautas não testemunharam Pamela praticando sexo oral no marido durante um passeio de iate nas águas do Pacífico.
[23/09/1967] Há 42 anos
Depois de despontar no Top 100 da parada norte-americana com o álbum "Absolutely Free", o Mothers of Invention, capitaneado por Frank Zappa, viaja para a Grã-Bretanha, onde faz seu primeiro show. Na ocasião, eles foram acompanhados por uma orquestra de 15 músicos.
Paul McCartney está morto?
Fatos Bizarros
Paul McCartney está morto?
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por Equipe Rockwave
[23/09/1969] Há 40 anos
O jornal da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, "Northern Star", publica uma história fantástica sobre os Beatles, especulando sobre a morte, até então, não revelada de Paul McCartney. Conforme a matéria, Paul havia morrido no dia 9 de novembro de 1966, vítima de um acidente de automóvel na Escócia. Na época, todos sabiam que Paul estava de férias no Quênia, na companhia de sua namorada, Jane Asher, mas, segundo o jornal, isso não passava de uma invenção para encobrir os fatos reais. Desde então, o seu posto nos Beatles vinha sendo ocupado por William Campbell, um sósia, submetido a uma cirurgia plástica e que, por incrível que pareça, tinha conseguido a vaga através de um concurso. Logicamente, toda essa ladainha passaria em branco se Russ Gibbs, um respeitado DJ de Detroit, não tivesse levado a história à público - e mais: não tivesse levado a história a sério. Depois disso, a imprensa alardeou o fato e começou a criar várias hipóteses tentando provar que Paul realmente estava morto. A capa do álbum "Abbey Road", recém-lançado pelos Beatles, por exemplo, era uma prova disso. Além dos indícios encontrados em cada detalhe da capa, os próprios integrantes denunciavam a suspeita. Afinal, Paul é o único dos quatro beatles, que atravessa a faixa de pedestres, descalço, ou seja, ele é o próprio defunto. Logo atrás, George Harrison aparece com pinta de coveiro, enquanto Ringo, todo de preto é o padre, e Lennon, vestido de branco, é o médico legista. Não demorou muito para "o morto" ser procurado - em carne e osso - em sua fazenda em Campbeltown, na Escócia. Em entrevista para o jornal Sunday People, Paul respondeu sarcástico: "Eu pareço morto? Eu estou tão bem quanto as besteiras que vocês criaram".
Festa de Gregg Allman acaba em tragédia
[23/09/1974] Há 35 anos
Em plena turnê pela cidade de Los Angeles, o grupo escocês Average White Band participa de uma festa promovida pelo guitarrista Gregg Allman, do Allman Brothers, e acaba enfrentando péssimos momentos. O baterista Robbie McIntosh experimentou uma mistura letal de heroína, achando que fosse cocaína, e morreu de overdose na hora. No mesmo instante, o baixista do grupo, Alan Gorrie, estava indo pelo mesmo caminho, mas foi alertado e mantido consciente pela cantora Cher (namorada de Gregg Allman na época). Se o Average White Band tivesse perdido dois integrantes naquela noite, talvez pudesse ser o final da carreira. Porém, eles substituíram McIntosh pelo amigo de longa data, Steve Ferrone, e continuaram na ativa.
Bruce Springsteen comemora 30 anos de idade
[23/09/1979] Há 30 anos
Em seu 30° aniversário, Bruce Springsteen aceita o convite do amigo Jackson Browne para participar do show Musicians United for Safe Energy, no Madison Square Garden, em Nova York, e comemorar a data ao melhor estilo: tocando. Bruce concordou em aparecer no evento desde que nenhum político estivesse presente no local e que o fotógrafo Lynn Goldsmith fosse barrado, caso quisesse entrar. Lynn estava vendendo fotos de um romance proibido de Bruce tiradas em 1978.
Little Richard volta para casa
[23/09/1990] Há 19 anos
Little Richard toca no City Auditorium, em Macon, na Geórgia, marcando um retorno a sua cidade natal depois de 35 anos. Na ocasião, ele foi homenageado quando uma das ruas da região foi batizada de Penniman Boulevard (o nome verdadeiro de Little Richard é Richard W. Penniman).
Izzy Stradlin fora do Guns N' Roses
[23/09/1991] Há 18 anos
Logo após o lançamento dos álbuns "Use Your Illusion I" e "Use Your Illusion II", o guitarrista do Guns N' Roses, Izzy Stradlin, anuncia suas intenções de deixar a banda. Axl Rose confirmaria a notícia logo depois, alegando que Stradlin estava cansado de excursionar e fazer videoclipes. Ele seria substituído por Gilby Clarke e lançaria o seu próprio projeto, Izzy Stradlin & The Ju Ju Hounds.
Maniacs saem em turnê com baterista substituto
[23/09/1992] Há 17 anos
Visando a turnê norte-americana do novo álbum, "Our Time In Eden", o 10.000 Maniacs faz um show no famoso Carnegie Hall, em Nova York, com a participação do baterista da E Street Band (grupo que acompanha Bruce Springsteen), Max Weinberg. Durante 30 dias, ele substituiu o batera original do grupo, Jerry Augustyniak, que estava se recuperando de uma clavícula quebrada.
Cantora do ABBA reaparece após 10 dez anos
[23/09/1996] Há 13 anos
Depois de passar os últimos dez anos vivendo junto com os dois filhos na remota ilha de Ekerö, na Europa, Agnetha Fältskog, uma das cantoras do ABBA, reaparece lançando uma auto-biografia, intitulada "As I Am", e a coletânea "Som Jar Ar", uma retrospectiva contendo 37 músicas de sua carreira solo.
Transa de Pamela e Tommy Lee acaba na internet
[23/09/1997] Há 12 anos
O baterista do Mötley Crue, Tommy Lee, e sua voluptuosa esposa, Pamela Anderson, abrem um processo na Justiça contra Milton Ingley, alegando que ele estava vendendo um vídeo de sexo explícito deles na internet. O casal costumava filmar suas transas, mas não contava que um dia sua mansão em Malibu pudesse ser assaltada. Junto com outros pertences de Tommy e Pamela, todas as fitas foram roubadas. Depois que o caso tornou-se público, as imagens se espalharam pela internet e chegaram até a ser distribuídas gratuitamente. O caso só foi abafado devido aos escândalos promovidos pelo casal nos meses seguintes (entre outras pisadas, Tommy agrediu a esposa e foi parar na cadeia), mas poucos internautas não testemunharam Pamela praticando sexo oral no marido durante um passeio de iate nas águas do Pacífico.
Hoje na história do Rock Brasileiro - 23/09
- 1962: Nasceu, no Rio de Janeiro, Paulo Ricardo Oliveira Nery de Medeiros, o Paulo Ricardo, baixista e vocalista do RPM. No início dos anos 80 Paulo trabalhou como jornalista para várias publicações, entre elas a revista Som Três. Abandonou o emprego para viajar e, na volta em 1984, formou o RPM. Em 1987 a banda acabou e ele seguiu em carreira solo. Em breve o RPM irá lançar uma caixa especial.
ATENÇÃO - 1985: O RPM iniciou a turnê “Rádio Pirata”, num show super produzido e com direção de Ney Matogrosso, realizado no Teatro Bandeirantes (SP). Essa turnê teve 270 shows e consagrou o RPM como um dos maiores vendedores de discos dos anos 80.
http://efemeridesrockbrasileiro.blogspot.com/
ATENÇÃO - 1985: O RPM iniciou a turnê “Rádio Pirata”, num show super produzido e com direção de Ney Matogrosso, realizado no Teatro Bandeirantes (SP). Essa turnê teve 270 shows e consagrou o RPM como um dos maiores vendedores de discos dos anos 80.
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