15 de fevereiro de 2009

Hoje na historia do Rock no Mundo - 15/02

Os Beatles são idolatrados na América

[15/02/1964] Há 45 anos

Enquanto o álbum "Meet The Beatles" seguia firme na primeira posição dos Estados Unidos, a revista Billboard publica uma matéria onde dizia que, graças a banda de Liverpool, a Grã-Bretanha havia quebrado um jejum de séculos, pois não tinha tanta influência sobre os americanos desde 1775.



Os Beatles são idolatrados na América

[15/02/1964] Há 45 anos

Enquanto o álbum "Meet The Beatles" seguia firme na primeira posição dos Estados Unidos, a revista Billboard publica uma matéria onde dizia que, graças a banda de Liverpool, a Grã-Bretanha havia quebrado um jejum de séculos, pois não tinha tanta influência sobre os americanos desde 1775.




Os Stones fazem show para celebridades

[15/02/1998] Há 11 anos

Os Rolling Stones abrem a parte norte-americana da turnê do álbum "Bridges To Babylon" com um show especial em Las Vegas, Nevada. Eles tocaram no The Joint, um local para 1,4 mil pessoas dentro do Hard Rock Casino e foram assistidos por uma série de celebridades, entre elas, Brad Pitt, Leonardo DiCaprio, Johnny Depp, Sting e Eddie Murphy. Durante o show, o vocalista Mick Jagger falou: "Esta é uma platéia fantástica. Certamente, é a platéia mais bem vestida que eu já vi em toda a minha vida".




Sid Vicious entra para o Sex Pistols

[15/02/1977] Há 32 anos

Integrante do grupo Flowers of Romance, Sid Vicious faz um teste para entrar no lugar de Glen Matlock no Sex Pistols e, apesar de tocar extremamente mal, ganha a vaga. Na época, os integrantes originais disseram que Matlock havia sido despedido por que ele gostava dos Beatles.



Sly & The Family Stone no topo da parada

[15/02/1969] Há 40 anos

Extraída do quarto álbum do Sly & The Family Stone, intitulado "Stand!", a música "Everyday People" atinge o topo da parada norte-americana, onde permaneceria por quatro semanas consecutivas. Na Grã-Bretanha, ela alcançou uma modesta 36ª posição.

The Wonders - O Sonho Não Acabou



A trajetória de um grupo musical que, da noite para o dia, começa a fazer sucesso nos Estados Unidos dos anos 60. Dirigido e estrelado por Tom Hanks, com Steve Zahn, Liv Tyler e Charlize Theron no elenco. Recebeu uma indicação ao Oscar.



Ficha Técnica

Título Original: That Thing You Do!
Gênero: Comédia Musical
Tempo de Duração: 108 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1996
Estúdio: 20th Century Fox
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Tom Hanks
Roteiro: Tom Hanks
Produção: Jonathan Demme, Gary Goetzman e Edward Saxon
Música: Adam Schlesinger e Howard Shore
Direção de Fotografia: Tak Fujimoto
Desenho de Produção: Victor Kempster
Direção de Arte: Dan Webster
Figurino: Colleen Atwood
Edição: Richard Chew
Efeitos Especiais: D.Rez


Elenco

Tom Everett Scott (Guy Patterson)
Liv Tyler (Faye Dolan)
Johnathon Schaech (James Mattingly II)
Steve Zahn (Lenny Haise)
Tom Hanks (Mr. White)
Charlize Theron (Tina)
Obba Babatundé (Lamarr)
Giovani Ribisi (Chad)
Chris Ellis (Phil Horace)
Alex Rocco (Sol Siler)
Bill Cobbs (Del Paxton)
Peter Scolari (Troy Chesterfield)
Rita Wilson (Marguerite)
Chris Isaak (Tio Bob)
Robert Torti (Freddy Fredrickson)
Kevin Pollak
Jonathan Demme
Colin Hanks
Ethan Embry


Sinopse

Em 1964, logo após os Estados Unidos serem "tomados" pelos Beatles, surge em uma pequena cidade da Pensilvânia os Oneders, mais tarde rebatizado pelo empresário como Wonders. Porém, às vésperas de uma apresentação de calouros, o baterista do grupo quebra o braço, o que faz com que, em cima da hora, um jovem infeliz (Tom Everett Scott) que trabalhava na loja de eletrodomésticos da família seja convidado para substituí-lo. O jovem baterista, um aficionado de jazz, imprime durante a apresentação uma batida mais ritmada no que deveria ser uma balada, causando o descontentamento do vocalista e compositor do grupo (Johnathon Schaech). Mas seu instinto funcionou e a música se torna sucesso nacional, levando o grupo aos primeiros lugares da Billboard.



Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção ("That thing you do!").


Curiosidades

- The Wonders - O Sonho Não Acabou é o primeiro filme dirigido por Tom Hanks, que também escreveu o roteiro do filme.

- Os quatro atores que formavam a banda The Wonders no filme tocaram juntos durante várias semanas antes do início das filmagens, para que pudessem se entrosar como se fossem uma banda verdadeira. Entretanto, na maioria das cenas do filme eles são dublados por músicos verdadeiros.

- Inicialmente Tom Hanks era contrário à escalação de Tom Everett Scott para interpretar o personagem Guy Patterson, devido à sua semelhança com o próprio Hanks quando jovem. Foi a esposa de Hanks, Rita Wilson, quem o convenceu que Scott era a melhor opção para o papel.

- Estão listados nos créditos do filme os personagens Mickey Mouse e Pateta.

- O diretor Jonathan Demme (Bem-Amada, O Silêncio dos Inocentes) é um dos produtores de The Wonders - O Sonho Não Acabou.

Discos Marcantes dos King Crimson III


Discipline é um disco da banda inglesa de rock progressivo King Crimson, lançado em 1981. Após o encerramento de atividades do King Crimson em 1974, o fundador e guitarrista Robert Fripp não pretendia voltar com a banda. Em 1981, ele planejou uma banda com o baterista Bill Bruford (da formação de 1974 do King Crimson), o baixista Tony Levin e, como prova de sua intenção de rumos totalmente diferentes daqueles levados com o King Crimson, admitiu um segundo guitarrista, Adrian Belew (que também assumiu os vocais), sendo que até então Fripp jamais tinha tocado com um segundo guitarrista. A banda se chamaria Discipline.

Nos ensaios, Fripp percebeu semelhanças entre a sonoridade do Discipline e do King Crimson. Entrando em concordância com os outros membros, Fripp decidiu que a "nova" banda seria uma nova fase do King Crimson.

Belew, vindo do Talking Heads, influenciou a sonoridade da banda, que ficou próxima do new wave, mas ainda mantendo as características do King Crimson.


Detalhes das músicas

Elephant Talk

Cada estrofe de Elephant Talk apresenta sinônimos para conversar, cada qual apresentando as palavras com uma letra: a, b, c, d e e.

Elephant Talk viria a ser o título de um newsletter da banda, do qual Fripp ocasionalmente faz parte.

Matte Kudasai

A versão original de Matte Kudasai trazia uma parte de guitarra de Robert Fripp que foi removida. Essa versão viria a ser lançada como faixa-bônus de edições posteriores do CD de Discipline, com o título Matte Kudasai (alternate version). Matte Kudasai significa "espere por mim" em japonês.

Indiscipline

A letra de Indiscipline foi baseado em uma carta escrita por Adrian Belew para sua esposa na época, Margaret Belew. O objeto misterioso pelo o qual o personagem da letra esta obcecado seria uma escultura que ela fez.

Thela Hun Ginjeet

Na primeira vez em que Thela Hun Ginjeet foi executada ao vivo, partes da letra eram baseadas em uma gravação ilicita feita por Fripp de seus vizinhos tendo uma conversa agressiva, quando ele estava morando em Nova York (essa gravação foi usada na faixa NY3 de um disco solo de Fripp, Exposure). Enquanto Thela Hun Ginjeet estava sendo gravado para Discipline, Adrian Belew estava passeando pela Notting Hill Gate em Londres com um gravador buscando inspiração, quando foi surpreendido por uma gangue e, depois, pela polícia. Ao voltar para o estúdio, ele contou de forma descontraída aos seus colegas de banda o que acabara de lhe acontecer. Sua fala foi gravada, e a gravação foi usada na versão de Thela Hun Ginjeet no Discipline, no lugar da gravação de Fripp. Versões ao vivo subsequentes usam uma versão relativamente mais longa da gravação, e algumas partes ocasionalmente são faladas diretamente por Belew.

A frase Thela Hun Ginjeet é um anagrama de "heat in the jungle", "calor na selva".

The Sheltering Sky

O título de The Sheltering Sky vêm de um livro homônimo escrito por Paul Bowles. Bowles é freqüentemente associado à geração Beat, movimento que seria de grande influência no trabalho posterior do King Crimson, Beat. A faixa instrumental desse outro disco, Sartori in Tangier, também é inspirada por Bowles.

Faixas

1. "Elephant Talk" (Adrian Belew, Bill Bruford, Robert Fripp, Tony Levin) – 4:43
2. "Frame by Frame" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 5:09
3. "Matte Kudasai" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 3:47
4. "Indiscipline" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 4:33
5. "Thela Hun Ginjeet" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 6:26
6. "The Sheltering Sky" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 8:22
7. "Discipline" (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 5:13
8. "Matte Kudasai" (alternative version) (Belew, Bruford, Fripp, Levin) – 3:50

Discos Marcantes dos King Crimson II



Red é um disco da banda inglesa de rock progressivo King Crimson, lançado em 1974. Musicalmente, o disco é meio que um mostruário da maior parte dos estilos musicais usados pela banda até esse ponto, incluindo a sonoridade Jazz-Rock de Lizard e o uso de Mellotron da primeira fase, mas sob a sonoridade pesada e experimental da fase atual - que havia se iniciado em Larks' Tongues in Aspic, prosseguido em Starless and Bible Black e se encerrava em Red.

Essa mistura se devia, em parte, a união de gerações entre os músicos convidados: Ian McDonald, saxofonista da primeira fase do King Crimson, e David Cross, violinista que estava deixando o grupo, chegando a gravar algumas sessões para este disco.

Curiosidades

* Providence foi gravada ao vivo.
* Red foi composta por Robert Fripp juntamente com uma música com a qual entraria em contraste, Blue, que nunca foi gravada.
* Uma parte de Red foi excluída antes da faixa ser gravada. Essa parte mais tarde foi incorporada em VROOOM VROOOM, do álbum THRAK.
* Fallen Angel foi a última gravação do King Crimson até o presente momento a conter Robert Fripp tocando guitarra acústica.
* Red constou na lista de "50 Discos Mais Pesados de Todos os Tempos" da revista Q.
* Em uma entrevista em 1993 para uma revista francesa, Kurt Cobain citou Red como o melhor disco de todos os tempos. Ele também mencionou que o processo de composição do disco In Utero, do Nirvana, teve grande influência de Red, particularmente nos sons distorcidos.

Faixas

1. "Red" (Robert Fripp) – 6:16
2. "Fallen Angel" (Fripp, Richard Palmer-James, John Wetton) – 6:03
3. "One More Red Nightmare" (Fripp, Wetton) – 7:10
4. "Providence" (Bill Bruford, David Cross, Fripp, Wetton) – 8:10

Gravada no Palace Theatre, Providence, EUA, em 30 de Junho de 1974

5. "Starless" (Cross, Fripp, Palmer-James, Wetton) – 12:16


fonte:wikipedia

Discos Marcantes dos King Crimson



King Crimson - In The Court Of The Crimson King (1969)

Origem: Inglaterra
Produtor: King Crimson
Formação Principal no Disco: Robert Fripp - Greg Lake - Ian McDonald - Michael Giles
Estilo: Prog Rock
Relacionados: Pink Floyd; Led Zeppelin; Frank Zappa
Destaque: In The Court Of The Crimson King
Melhor Posição na Billboard: 28º

Opinião do leitor: Alguns discos são tratados como símbolos de suas décadas. "O melhor disco dos anos 60" ou 70 ou 80, todos já ouvimos isso. Algumas pessoas também consideram marcações temporais não pela numeração, mas pelo marco de alguns. Desde o "breve século XX" de Hobsbawn (1914-1991) à "estrada dourada" do Grateful Dead (1965-1973), divisões de tempo passaram a não respeitar mais os zeros das décadas e séculos. E é mais ou menos isso que deve ser considerado ao pensar In The Court of The Crimson King como o disco representante dessa geração, ou melhor, dessa década quebrada, transição dos 60 pros 70. É o exemplo definitivo do que era o rock de, sei lá, 67 a 76. 21st Century Schizoid Man prediz a distorção, a loucura e o impacto que o Black Sabbath teria com seu álbum homônimo no ano seguinte. Em seguida, para tudo: uma viagem calma e tranquila pela floresta da psicodelia, já começando a ser explorada no fim dos 60, mas que a partir dos anos 70 seria consumida até os limites musicais. Depois vem a mais sombria música comentada até o momento neste blog. Tão fascinantemente obscura é Epitaph que mereceria, com toda pompa, um texto só para si. É como uma versão melhorada das melhores músicas do Led Zeppelin - e mais. A interpretação de Greg Lake, os instrumentos, enfim. Tudo muda já na entrada de Moonchild, com sua introdução bonitinha que não prediz o excesso de experimentalismo - que também seria uma marca do rock setentista - que está por toda a música. Pra finalizar, com chave de ouro, a épica In The Court Of The Crimson King, talvez a maior música do rock progressivo de todos os tempos. Decerto é um dos maiores discos progressivos, da espetacular e marcante capa até as letras profundas de Peter Sinfield. Não tivesse mudado de formação tantas vezes, poderia ser a maior banda de todas, com uma estréia tão potente. Mas está incrustada com seu nome entre as gigantes do rock, de qualquer forma. In The Court Of The Crimson King é a obra musical definitiva para a década que não existiu. Cada indivíduo q passar por aqui e não conhecer esse álbum não deve passar impune.Procure, baixe se vire...mas ele deve ser ouvido.


Faixas

1. "21st Century Schizoid Man" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 7:20, including:
* "Mirrors"
2. "I Talk to the Wind" (McDonald/Sinfield) 6:05
3. "Epitaph" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 8:47, including:
* "March for no Reason"
* "Tomorrow and Tomorrow"
4. "Moonchild" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 12:11, including:
* "The Dream"
* "The Illusion"
5. "The Court of the Crimson King" (McDonald/Sinfield) 9:22, including:
* "The Return of the Fire Witch"
* "The Dance of the Puppets"

King Crimson



Os King Crimson são um grupo musical inglês formado pelo guitarrista Robert Fripp e pelo baterista Michael Giles em 1969. O estilo musical da banda costuma ser categorizado como rock progressivo, mas a sua sonoridade carrega vários estilos, como jazz, música erudita, new wave, heavy metal e folk.

O nome King Crimson foi sugerido por Peter Sinfield, sendo uma alusão a Belzebu, princípe dos demónios. De acordo com Fripp, Belzebu seria uma forma ocidentalizada da frase árabe "B'il Sabab.", significando "o homem com um objetivo", apesar de muitos sugerirem que a palavra vêm do hebraíco Ba'al-z'bub, "senhor das moscas".

Uma parte considerável da história dos Crimson consiste nas várias mudanças que foram ocorrendo na banda ao longo dos anos, sendo Robert Fripp o único elemento consistente do grupo, embora ele diga que não se considera o líder, e que para ele os King Crimson são “uma forma de fazer coisas”,e a consistência musical que tem persistido ao longo da história da banda, apesar da rotação dos seus membros, demonstra bem este ponto de vista.


História

Origem

Robert Fripp e Michael Giles começaram a discutir a formação da banda em Novembro de 1968, pouco antes da separação de Giles, Giles and Fripp uma banda que teve uma duração efémera e sem sucesso. Os primeiros músicos que se lhes juntaram foram: o vocalista e guitarrista Greg Lake, para tocar baixo, o poeta e letrista Peter Sinfield e o compositor Ian McDonald, sendo esta a primeira encarnação dos King Crimson.

Em Janeiro de 1969 o grupo ensaiou pela primeira vez. Em Julho daquele ano, a banda se apresentou no famoso show gratuito no Hyde Park em Londres organizado pelos Rolling Stones. No decorrer desse ano foi editado o primeiro álbum, In The Court of the Crimson King. A sonoridade do disco de estréia trazia vários elementos pouco ortodoxos para o rock naquele tempo, incluindo a influência de música erudita e jazz. As novidades tornaram-no um marco no sub-gênero do rock que na época ainda estava em estágio embrionário: o rock progressivo.

O grupo fez uma turné pela Inglaterra e mais tarde pelos Estados Unidos tocando ao lado de muitos grupos contemporâneos entre os quais: Iron Butterfly, Janis Joplin, Rolling Stones e Fleetwood Mac. A banda começava a fazer um sucesso moderado, mas tensões e divergências musicais chegaram a um limite, a ponto de McDonald e Giles sairem do grupo em Dezembro de 1969; McDonald formou os Foreigner e Giles seguiu carreira solo.

1970 - 1972

O trio restante, Fripp, Sinfield e Lake continuaram mais uns tempos, editando o single Cat Food/Groon em Março de 1970. Paralelamente criavam material para aquele que seria o segundo álbum do grupo, In the Wake of Poseidon, mantendo a mesma linha do disco de estréia, mas com impacto comercial bem inferior. Mel Collins (instrumentos de sopro) e Peter Giles (baixo) tocam em várias faixas do álbum. Fripp pretendia reformular a banda, mas Greg Lake já vinha demonstrado interesse em deixar o grupo há algum tempo, e enfim o fez em abril, formando o Emerson Lake & Palmer.

O King Crimson ficou sem vocalista até à chegada de Gordon Haskell, que também assumiu o cargo de baixista; Andy McCullouch tomou conta da bateria para a gravação do terceiro álbum intitulado Lizard, onde Jon Anderson dos Yes canta numa faixa. O som deste disco mostrou-se mais elaborado e pomposo, e mais uma vez o sucesso foi baixo. Imediatamente a seguir à saída do álbum, Haskell e McCulloch abandonam o grupo, deixando Fripp numa posição inviável, visto não ter vocalista, baixista ou baterista.

Após a realização de audições, Fripp escolheu o baterista Ian Wallace e o vocalista Boz Burrell, e após ter ouvido dezenas de baixistas, decidiu que era mais fácil ensinar Burrell a tocar baixo. A meio da digressão que entretanto tinham começado, foi editado o álbum Islands em 1971, fracasso de crítica e público.

À medida em que as letras de Peter Sinfield tornam-se mais complexas, discussões entre ele e Fripp tornam-se freqüentes, o que leva a saída do letrista. Os membros restantes saem em uma turnê com o intuito de desmantelar a banda depois disso. Gravações dessa digressão são mais tarde editadas por Fripp no álbum Earthbound.

1972 - 1974

Após a digressão, Fripp volta a procurar novos músicos. O primeiro é o percussionista Jamie Muir, que já há bastante tempo Fripp considerava como um possível reforço. De seguida junta-se o vocalista e baixista John Wetton, que Fripp já conhecia desde a universidade, tendo chegado mesmo a ser hipótese (não concretizada) para a primeira formação da banda, e agora que os Crimson estavam a começar do princípio outra vez, a oportunidade era excelente. Bill Bruford dos Yes foi o próximo a entrar, uma opção considerada pobre por muita gente, já que Bruford deixava uma banda com enorme potencial comercial para entrar em um grupo com um enorme histórico de instabilidade, mas Bruford estava mais interessado na busca artística que os Crimson lhe podiam proporcionar. Finalmente entrou David Cross (violino, viola e mellotron), que foi escolhido para dar um novo som à banda. Os ensaios começaram nos fins de 1972 e Lark’s Tongues in Aspic foi editado no princípio do ano seguinte, e o grupo passou o resto do ano de 1973 em digressão pelo Reino Unido, Europa e America.

Esta fase dos King Crimson mostrou algo em comum com o nascimento do heavy metal. A guitarra de Fripp tocava mais alto e mais agressivamente, juntamente com uma bateria mais propulsiva de Bruford e uma baixo mais poderoso de Wetton. Também era marcante a presença de diversos experimentos, e uma grande quantidade de improvisações em apresentações ao vivo.

Tendo dificuldades em se habituar com a rotina de turnês, Jamie Muir sai em princípios de 1973 e durante a longa digressão que se seguiu os restantes membros começaram a juntar material para o álbum seguinte, Starless and Bible Black. Este álbum saiu no princípio de 1974 e era composto principalmente por composições (algumas improvisadas) executadas ao vivo na última digressão, com apenas duas faixas (The Great Deceiver e Lament) e parte de uma outra (The Night Watch) a serem gravadas em estúdio, facto que enfatiza a apetência do Crimson pelo palco. Fripp nunca achou que gravações de qualquer espécie fossem adequadas para capturar a atmosfera e energia de um espectáculo ao vivo. Outro álbum ao vivo saiu pouco depois, USA.

De acordo com os integrantes, na medida em que o som da banda começava a se tornar mais pesado e potente o violino de David Cross começava a perder espaço. Cross decidiu sair após contibuir em algumas sessões para o próximo disco, Red, que também contava com a presença de Ian McDonald como músico contratado.

Red contava com menos improvisos em relação ao anterior, dando maior destaque para composições mais trabalhadas. O disco obteve grande sucesso de critica, e até é um dos grandes clássicos da banda. Fez também algum sucesso comercial, mas mais uma vez problemas internos fizeram a banda se desmanchar. Fripp inclusive declarou que o King Crimson "deixara de existir". Aparentemente não restaram mágoas, visto que os músicos dessa formação, inclusive David Cross, fizeram trabalhos em conjunto posteriormente.

1981 - 1984

Fripp passou uma temporada em um conservatório musical e posteriormente trabalhou com vários músicos, como David Bowie, Daryl Hall e Peter Gabriel. Em 1981, Fripp e Bruford começaram a considerar formar um novo grupo, que se chamaria Discipline. Os dois passaram algum tempo à procura de um baixista, mas sentiram alguma dificuldade em encontrar um bom, atá que surgiu Tony Levin. Levin era bastante conhecido como músico de estúdio de John Lennon, Yoko Ono e Peter Gabriel, entre outros. Como frontman, Fripp chamou o guitarrista e vocalista Adrian Belew, que andava em digressão com os Talking Heads. Era a primeira vez que Fripp admitia outro guitarrista na mesma banda, sendo por isso clara a intenção de Fripp criar um som completamente diferente dos King Crimson. Belew sentiu-se lisonjeado e juntou-se ao grupo assim que terminou a digressão com os Talking Heads.

Durante os ensaios e início das gravações, Fripp começou a suspeitar que esta nova banda era na verdade os King Crimson, apesar da sua decisão de chamá-lo Discipline. Os outros integrantes concordaram e os King Crimson renasceram. O grupo editou uma trilogia de álbuns; Discipline, Beat e Three of a Perfect Pair. Belew foi o responsável pela vocalização, bem como pela quase totalidade das letras dos três álbuns, que terminou com o conceito de que os instrumentais eram sempre em maior número que as músicas com letra.

Esta versão dos Crimson criou alguma semelhança com a new wave, talvez devido ao envolvimento de Belew com os Talking Heads, considerados por muitos como os pais do género.

Depois do lançamento de Three of a Perfect Pair, a banda separou-se amistosamente durante alguns anos. Fripp entrou em conflitos legais com o seu empresário, ocupando-lhe esta situação bastante do seu tempo, mas resultando na criação da Discipline Global Mobile, através da qual emergiram vários projectos paralelos.

1994 em diante

Em 1994 os King Crimson retornaram como um sexteto, juntando mais dois elementos à formação de 1981. Fripp e Belew continuaram nas guitarras e Levin tocou baixo e chapman stick. Trey Gunn juntou-se à banda e tocava um instrumento chamado Warrguitar, (que era similar ao Chapman stick); a Bill Bruford, juntou-se outro percussionista, Pat Mastelotto. Este “duplo trio” lançou inicialmente o EP VROOM, em 1994, seguido pelos álbuns THRAK em 1995 e THRaKaTTaK em 1996, este último sendo uma coletânea de material ao vivo improvisado. Este novo som dos Crimson era qualquer coisa como a mistura da era Discipline, aliado ao experimentalismo e as guitarras heavy da fase 1972 - 1974. A complexidade dessa nova sonoridade, aliada aos levados custos de manutenção de um sexteto, fizeram com que os Crimson se voltassem a separar.

Nos fins dos anos 90 a Discipline Global Mobile editou não só álbuns dos King Crimson, mas também de muitos projectos paralelos dos Crimson. A banda se fractalizou (uma fraKctalisation, segundo Fripp) em mini-grupos, os ProjeKcts One, Two, Three e Four. Os ProjeKcts editaram vários álbuns demonstrando a improvisação livre e sem fios que os seus membros eram capazes de produzir.

A DGM também editou música dos “Rosenborgs” e de outros artista relacionados com os King Crimson. Estes artista eram encorajados a manter diários online, agora comumente chamados de blogs. Em 1998 a DGM criou o King Crimson Collector’s Club (KCCC), uma subscrição que lançava uma gravação de um show ao vivo de várias eras da banda, periodicamente de dois em dois meses.

Depois de completada a tarefa de ProjeKts, Bruford saiu da banda para se dedicar a projetos particulares direcionados ao Jazz. Fripp estava com o intuito de desmanchar o formato duplo-trio, acreditando que o fato de dois músicos executarem a mesma tarefa facilitava o trabalho, acabando com a necessidade do músico dar tudo de si. Então, Levin passou a membro inativo da banda, até quando avisasse o contrário; assim, a próxima formação da banda seria: Belew, Fripp, Gunn, e Mastelotto. A primeira gravação em estúdio foi The ConstruKction of Light (2000), acompanhada por outro álbum, Heaven and Earth, que foi lançado com o nome ProjeKct X. Heaven and Earth foi editado ao mesmo tempo por Mastelotto, a partir de material gravado durante os ensaios e gravações dessa época.

A banda prosseguia com uma sonoridade similar à da época de THRAK, incorporando alguns elementos mais modernos.

Tendo perdido muito dinheiro em 2000 e 2001, a DGM pôs de parte os blogs, e voltou-se principalmente para os King Crimson. A uma longa digressão de The ConstruKction of Light seguiu-se uma outra em que faziam a primeira parte dos concertos dos Tool (banda de metal progressivo que dizia sofrer grande influência do Crimson) e a digressão Level Five que serviu para escrever e ensaiar músicas para o novo álbum, The Power to Believe, que foi editado em 2003 e sobre o qual realizara mais uma digressão.

Em novembro de 2003, Trey Gunn anunciou o seu abandono da banda; Fripp e Levin revelaram que Levin asseguraria o lugar de baixista, outra vez e entraram em estúdio para realizar mais um álbum em abril de 2004. A formação actual do grupo consiste de: Adrian Belew, Robert Fripp, Tony Levin e Pat Mastelotto.

Em uma entrevista em 2005, Belew revelou que a banda estava em um hiato, com planos de retornar retornar ao estúdio em Setembro de 2007, mas Fripp e Belew haviam se encontrado no StudioBelew em Fevereiro de 2006 e compuseram material. Fripp se referiu a essa colaboração como ProjeKct Six, com a intenção de fazer algumas turnês na América no final do ano. No diário online de Fripp, foi mencionado que o ProjeKct Five iria fazer um show de estréia no Mercy Lounge em Nashville em 26 de Julho. Aparentemente, isto foi um engano, visto que o ProjeKct Six estava planejado para esta data. A apresentação do ProjeKct Six, no entanto, foi cancelada devido ao falecimento de Ken Latchney, engenheiro de som de Adrian Belew. No outono de 2006, o ProjeKct Six fez uma turnê abrindo para o Porcupine Tree.

Em agosto de 2008, o King Crimson voltou a se apresentar, abrindo a tournée em Nashville, com a participação do baterista Gavin Harrison em dupla com Pat Mastelotto. A tournée também marca a comemoração dos 40 anos da banda.

O ex-membro Boz Burrell faleceu em 21 de Setembro de 2006, após um ataque cardíaco. Cinco meses e um dia depois, outro ex-membro viria a falecer: Ian Wallace, de câncer de esofâgo, em 22 de Fevereiro de 2007.

Curiosidades

* Steve Harris, baixista e principal compositor do Iron Maiden, mencionou que seu trabalho têm influência do King Crimson.

Integrantes

Formação atual

* Robert Fripp - guitarra-base, mellotron, piano (desde 1968)
* Adrian Belew -guitarra, vocal (desde 1981)
* Tony Levin - baixo, chapman Stick, vocal de apoio (1981 - 1999, 2003 - presente)
* Pat Mastelotto - percussão (desde 1994)
* Gavin Harrison - percursão (desde 2008)

Ex-Membros

* Greg Lake - vocal (1968-70), baixo (1968-69)
* Peter Giles - baixo (1970)
* Gordon Haskell - baixo, vocal (1970)
* Boz Burrell - baixo, vocal (1971-72)
* John Wetton - baixo, vocal (1972-74)
* Trey Gunn - Warr guitar, Chapman stick (1994-2003)
* Michael Giles - percussão (1968-70)
* Andy McCulloch - percussão (1970)
* Ian Wallace - percussão (1971-72)
* Jamie Muir - percussão (1972-73)
* Bill Bruford - percussão (1981-1997)
* Peter Sinfield - letras, iluminação (1968-71)
* Richard Palmer-James - letras (1972-74)
* Ian McDonald - sopros, mellotron (1968-69, músico de apoio em 1974)
* Mel Collins - saxofone, flauta (1970-71)
* David Cross - violino, viola, mellotron, teclado (1972-74)

Músicos de apoio/convidados

* Keith Tippett - piano (1970, 1974)
* Mark Charig - corneta (1970, 1974)
* Robin Miller - oboé (1970, 1974)
* Nick Evans - trombone (1970)
* Jon Anderson - vocal (1970)

Discografia


Álbuns de estúdio

* 1969 - In the Court of the Crimson King
* 1970 - In the Wake of Poseidon
* 1970 - Lizard
* 1971 - Islands
* 1973 - Larks' Tongues in Aspic
* 1974 - Starless and Bible Black
* 1974 - Red
* 1981 - Discipline
* 1982 - Beat
* 1984 - Three of a Perfect Pair
* 1994 - VROOOM (EP)
* 1995 - THRAK
* 2000 - The ConstruKction of Light
* 2002 - Happy With What You Have to Be Happy With (EP)
* 2003 - The Power to Believe

Videografia

DVD e VHS

* 1984 - The Noise: Frejus (VHS) Gravado em 1982
* 1984 - Three of a Perfect Pair: Live in Japan (VHS) Gravado em (1984)
* 1996 - Live in Japan (VHS) Gravado em 1995
* 1999 - déjà VROOOM (DVD) Gravado em 1995
* 2003 - Eyes Wide Open (DVD) Gravado em 2000 & 2003
* 2004 - Neal and Jack and Me (DVD) Gravado em 1982 & 1984 - compilação reunindo The Noise: Frejus e Three of a Perfect Pair: Live in Japan

Hoje na historia do Rock brasileiro - 15/02

15 de fevereiro


- 1992: Foi anunciada a saída do baixista Dadi, do Barão Vermelho. Ele ficou na banda por três anos, substituindo Dé durante a gravação do disco Na Calada da Noite. O substituto de Dadi foi Rodrigo Santos.


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