8 de fevereiro de 2009

Beyond The Doors

Beyond The Doors(1984)

Direção: Larry Buchman

Elenco: Riba Merly, Bryan Wolf, Gregory Allen Chatman, Sandy Kevian.
117min.

Obscuro filme que defende a tese que as mortes de Jimi Hendrix, Janis Joplin, e Jim Morrison foram causadas pelo FBI. Numa conspiração digna de Arquivo X, muito antes do seriado existir. Mas o filme tem uma produção pobre, uma reconstituição de época hilária - se é que existe preocupação com isso— os atores parecem amadores desempenhando de maneira canhestra e constrangedora. Além disso sem ter dinheiro para conseguir as músicas dos artistas originais, supostamente, biografados no filme. O diretor intercala a ação com clips de músicas que nunca fizeram parte do repertório dos mesmos, interpretadas por bandas e artistas que nada se parecem com os originais e sequer sabem imitá-los direito. Para terem uma idéia, no filme o The Doors tem um baixista (?!). Detalhe todas as cenas de shows foram gravadas no mesmo lugar, apesar do filme indicar o contrário. Um verdadeiro trash-movie com cenas grotescas e de humor involuntário. O diretor Larry Buchman dirigiu It's Alive cult no gênero .


nao se encontra quase nada a respeito desde documentario, principalmente em sites em portugues.Muito dificil de encontrar para baixar na internet, nem a imagem do filme eu encontrei...se alguem encontrar algo mais sobre este filme...fique a vontade em me passar o link...
Me desculpem a falta de informacao desde album.

Top 11 Metal

O webzine The Gauntlet compilou uma lista de dez bandas mais influentes no Metal, confira a matéria abaixo (Nota do editor: pelo visto, nosso conceito de Metal é um pouco diferente, mas enfim...)

"Provavelmente a lista de top 10 mais difícil de fazer visto que há incontáveis bandas influentes por aí. Eu decidi cortar o LED ZEPPELIN e o Kiss da lista. Apesar que o som e estilo deles ainda possam ser sentidos no Metal hoje em dia, eles não são Metal e eu tive que definir algum limite. Em honra ao fato do SPINAL TAP estar gravando um novo álbum, esta lista vai até 11.

#11 Motley Crue

Nos anos oitenta, nenhuma banda foi maior que o MOTLEY CRUE. Ame ou odeie, eles definiram o Metal por uma década inteira.

#10 Napalm Death

NAPALM DEATH são os pais do grindcore e influenciou bandas como CARCASS e outras incontáveis bandas de Death Metal

#9 Death

Liderado pelo guitarrista Chuck Schuldiner, DEATH foi um dos pais do Death Metal.

#8 Metallica

METALLICA no início foi um dos ícones do Thrash junto de SLAYER, ANTHRAX, Megadeth e EXODUS.

#7 Manowar

Com as letras do Manowar baseadas em fantasia, eles influenciaram muitas das bandas principais do Power Metal da atualidade, indo do HAMMERFALL ao DRAGONFORCE.

#6 Motorhead

Iniciado nos anos setenta, o frontman do MOTORHEAD, Lemmy Kilmeister, influenciou bandas do Black ao Thrash Metal e além.

#5 Celtic Frost

Tendo influenciado bandas do Metallica ao NIRVANA, o Celtic Frost introduziu o Metal a um som sombrio e influenciou incontáveis bandas de Black Metal.

#4 Venom

O Death/Black Metal e letras sobre religião influenciaram muitas das bandas de Metal hoje em dia. VENOM é uma grande influência para a cena atual do Thrash Metal.

#3 Judas Priest

Uma das melhores bandas por aí com diversos clássicos atemporais. Judas Priest dominou a cena NWOBHM desde seu início.

#2 Iron Maiden

Ainda forte hoje, Iron Maiden tem sido uma força desde os anos setenta.

#1 Black Sabbath

Como o Black Sabbath não poderia estar no topo da lista? Você acha tantas referências ao grupo, de riffs de guitarra à tons.




Digo aqui que nao concordo totalmente com a lista, sem falar que apenas 11 bandas de metal e muito pouco, e pelo que vi o site colocou um expoente de cada vertente do metal(ou pelo menos tentou) por esse motivo eu colocaria sim o Kiss(glam metal, pq nao), sem Falar que o Led nao e Metal?apenas um rock classico?sei la...mas gostei da lista...

Discos marcantes dos Secos e Molhados II



Secos & Molhados, também conhecido como Secos & Molhados II, é o segundo disco do grupo homônimo, e o último com a formação original.

Desde disco eu posso falar um pouco mais.Nao apenas por ter ouvido ele uma centena de vezes(em especial algumas uma ou duas musicas), mas tambem foi por este disco que eu comecei a me interessar mais pela musicalidade do rock brasileiro.Musicas como "Voo" e "Delirio" sao daquelas que quando acabam a gente nao entende direito o que se passou, sao musicas que ouvimos varias vezes apenas para entender o porque do proprio som(eu ainda estou tentando descobrir), muitos fas consideram este o melhor album da banda, mesmo tendo o primeiro disco um sucesso comercial bem maior.A de destacar outras faixas tambem como "Flores Astrais", "Preto Velho" e faixa final que muito boa e ajuda a manter o alto padrao do disco do inicio ao fim.


Faixas

1. "Tercer Mundo" (João Ricardo/Julio Cortázar) – 2:36
2. "Flores Astrais" (J. Ricardo/João Apolinário) – 3:51
3. "Não: Não Digas Nada" (J. Ricardo/Fernando Pessoa) – 1:37
4. "Medo Mulato" (J. Ricardo/Paulinho Mendonça) – 2:18
5. "Oh! Mulher Infiel" (J. Ricardo/) – 1:30
6. "Vôo" (J. Ricardo/J. Apolinário) – 2:34
7. "Angústia" (J. Ricardo/J. Apolinário) – 2:45
8. "O Hierofante" (J. Ricardo/Oswald de Andrade) – 2:15
9. "Caixinha de Música do João" (J. Ricardo) – 1:04
10. "O Doce e o Amargo" (J. Ricardo/P. Mendonça) – 1:52
11. "Preto Velho" (J. Ricardo) – 1:01
12. "Delírio" (Gerson Conrad/P. Mendonça) – 2:39
13. "Toada & Rock & Mambo & Tango & Etc." (J. Ricardo/Luli) – 2:08

Músicos

* Ney Matogrosso: vocal
* João Ricardo: violões, harmônica de boca e vocal
* Gerson Conrad: vocal
* Willie: violão e baixo
* John: violão e guitarra
* Triana Romero: castanholas
* Rosadas: flautas
* Emilio: piano, órgão e acordeão
* Norival: bateria, timbales e percussão
* Jorge Omar: violões e viola

Discos marcantes dos Secos e Molhados


Secos e Molhados (álbum de 1973)

Secos & Molhados é o disco de estréia do grupo homônimo, lançado em 1973. O disco foi um fenômeno em vendas, recebeu dupla certificação de disco de diamante da ABPD.

Álbum

Neste trabalho, os S&M incorporaram a músicalidade da MPB da época e colocou toques de rock and roll, baião, folk, jazz, pop e rock progressivo que marcara o início de carreira do conjunto. O compositor principal das canções do disco foi João Ricardo, que também era um dos membros do grupo. As musicas misturavam poesias e canção, como foi feito em um dos destaque do disco, "Rosa de Hiroshima", que é um poema de Vinícius de Moraes. O disco foi um dos mais influentes da época,auge da censura militar no Brasil. A gravação do disco se deu em seis horas diárias durante quinze dias.

Recepção

O disco vendeu 300 mil cópias em apenas dois meses, enquanto o normal para a época era de apenas 30 mil. Em menos de um ano, as vendas do disco chegaram a marca de 1 milhão de cópias, apenas Roberto Carlos vendia mais.

“ A gravadora achou que venderia 1.500 em um ano. Vendeu em uma semana. Como o mercado vivia uma crise de vinil, a gravadora começou a pegar os discos que não estavam vendendo e derreter para fazer o nosso[...] ”

— Ney Matogrosso, 2003

A capa do disco, uma fotografia de Antonio Carlos Rodrigues foi eleita a melhor capa de disco do Brasil, segundo a pesquisa encomendada pelo jornal Folha de São Paulo em 2001.A capa trazia a cabeça dos integrantes do grupo à venda em uma mesa juntamente com produtos de vendas de secos e molhados.

O álbum ficou em quinto ligar na Lista dos 100 maiores discos da música brasileira da versão brasilieira da revista Rolling Stone, que elegia os melhores discos do brasil de todos os tempos.

O disco também foi colocado na lista "Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Iberoamericano" (Os 250 álbuns exenciais de todos os tempos de Rock Latino) da revista Al Borde, na 97ª Posição.

No ano de 2004 na Revista Playboy de maio no quadro 100 melhores discos de Rock in Roll do mundo foi o único album brasileiro, que ocupou a 95ª colocação diz a revista.

Faixas

1. "Sangue Latino" (João Ricardo/Paulinho Mendonça) – 2:07
2. "O Vira" (J. Ricardo/Luli) – 2:12
3. "O Patrão Nosso de Cada Dia" (J. Ricardo) – 3:19
4. "Amor" (J. Ricardo/João Apolinário) – 2:14
5. "Primavera nos Dentes" (J. Ricardo/J. Apolinário) – 4:50
6. "Assim Assado" (J. Ricardo) – 2:58
7. "Mulher Barriguda" (J. Ricardo/Solano Trindade) – 2:35
8. "El Rey" (Gerson Conrad/J. Ricardo) – 0:58
9. "Rosa de Hiroshima" (G. Conrad/Vinicius de Moraes) – 2:00
10. "Prece Cósmica" (J. Ricardo/Cassiano Ricardo) – 1:57
11. "Rondó do Capitão" (J. Ricardo/Manuel Bandeira) – 1:01
12. "As Andorinhas" (João Ricardo/C. Ricardo) – 0:58
13. "Fala" (J. Ricardo/Luli) – 3:13

Músicos

* Ney Matogrosso – vocal
* João Ricardo – violões de 6 e 12 cordas, harmônica de boca e vocal
* Gerson Conrad – violões de 6 e 12 cordas e vocal
* Marcelo Frias – bateria e percussão
* Sérgio Rosadas – flauta transversal e flauta de bambu
* John Flavin – guitarra e violão de 12 cordas
* Zé Rodrix – piano, ocarina, acordeão e sintetizador
* Willi Verdague – baixo
* Emilio Carrera – piano


fonte:wikipedia

100 maiores discos da música brasileira

A escolha dos "100 maiores" foi baseada na soma de votos de 60 estudiosos, produtores e jornalistas da cena musical brasileira. Cada um dos eleitores escolheu 20 álbuns, sem ordem de preferência, que segundo a Rolling Stone, deveria se basear por critérios como "valor artístico intrínseco e importância histórica, ou seja, quanto o álbum influenciou outros artistas."


Top 100

1. Acabou Chorare (1972), Novos Baianos
2. Tropicália ou Panis et Circencis (1968), vários artistas
3. Construção (1971), Chico Buarque
4. Chega de Saudade (1959), João Gilberto
5. Secos e Molhados (1973), Secos e Molhados
6. A Tábua de Esmeralda (1974), Jorge Ben
7. Clube da Esquina (1972), Milton Nascimento & Lô Borges
8. Cartola (1976), Cartola
9. Os Mutantes (1968), Os Mutantes
10. Transa (1972), Caetano Veloso
11. Elis & Tom (1974), Elis Regina e Tom Jobim
12. Krig-Ha Bandolo! (1973), Raul Seixas
13. Da Lama Ao Caos (1994), Chico Science & Nação Zumbi
14. Sobrevivendo No Inferno (1998), Racionais MC's
15. Samba Esquema Novo (1963), Jorge Ben
16. Fruto Proibido (1975), Rita Lee
17. Racional (1975), Tim Maia
18. Afrociberdelia (1996), Chico Science & Nação Zumbi
19. Cabeça Dinossauro (1986), Titãs
20. Fa-Tal - Gal A Todo Vapor (1971), Gal Costa
21. Dois (1986), Legião Urbana
22. A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970), Os Mutantes
23. Coisas (1965), Moacir Santos
24. Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura (1967), Roberto Carlos
25. Tim Maia (1970), Tim Maia
26. Expresso 2222 (1972), Gilberto Gil
27. Nós Vamos Invadir sua Praia (1985), Ultraje a Rigor
28. Roberto Carlos (1971), Roberto Carlos
29. Os Afro-Sambas (1966), Baden Powell e Vinícius de Moraes
30. A Dança da Solidão (1972), Paulinho da Viola
31. Carlos, Erasmo (1970), Erasmo Carlos
32. Pérola Negra (1973), Luiz Melodia
33. Caymmi e Seu Violão (1959), Dorival Caymmi
34. Lóki? (1974), Arnaldo Baptista
35. Estudando o Samba (1976), Tom Zé
36. Falso Brilhante (1976), Elis Regina
37. Caetano Veloso (1968), Caetano Veloso
38. Maria Fumaça (1977), Banda Black Rio
39. Selvagem? (1986), Os Paralamas do Sucesso
40. Legião Urbana (1985), Legião Urbana
41. Meus Caros Amigos (1976), Chico Buarque
42. O Bloco do Eu Sozinho (2001), Los Hermanos
43. Refazenda (1975), Gilberto Gil
44. Mutantes (1969), Os Mutantes
45. Raimundos (1994), Raimundos
46. Chaos A.D. (1993), Sepultura
47. João Gilberto (1973), João Gilberto
48. As Aventuras da Blitz (1982), Blitz
49. Tim Maia Racional Vol 2 (1976), Tim Maia
50. Revolver (1975), Walter Franco
51. Clara Crocodilo (1980), Arrigo Barnabé
52. Cartola (1974), Cartola
53. Novo Aeon (1975), Raul Seixas
54. Refavela (1977), Gilberto Gil
55. Nervos de Aço (1973), Paulinho da Viola
56. Amoroso (1977), João Gilberto
57. Roots (1996), Sepultura
58. Antônio Carlos Jobim (1963), Tom Jobim
59. Canção do Amor Demais (1958), Elizeth Cardoso
60. Gil & Jorge - Ogum Xangô (1975), Gilberto Gil e Jorge Ben
61. Força Bruta (1970), Jorge Ben
62. MM (1989), Marisa Monte
63. Milagre dos Peixes (1973), Milton Nascimento
64. Show Opinião (1965), Vários Artistas
65. Nelson Cavaquinho (1973), Nelson Cavaquinho
66. Cinema Transcendental (1979), Caetano Veloso
67. África Brasil (1976), Jorge Ben
68. Ventura (2003), Los Hermanos
69. Samba Esquema Noise (1994), Mundo Livre S/A
70. Getz/Gilberto Featuring Antônio Carlos Jobim (1963), João Gilberto, Stan Getz e Tom Jobim
71. Noel Rosa e Aracy de Almeida (1950), Aracy de Almeida
72. Jardim Elétrico (1971), Os Mutantes
73. Angela Ro Ro (1979), Angela Ro Ro
74. Õ Blésq Blom (1989), Titãs
75. Tim Maia (1971), Tim Maia
76. A Bad Donato (1970), João Donato
77. Canções Praieiras (1954), Dorival Caymmi
78. Gilberto Gil (1968), Gilberto Gil
79. Álibi (1978), Maria Bethânia
80. Gal Costa (1969), Gal Costa
81. Psicoacústica (1988), Ira!
82. O Inimitável (1968), Roberto Carlos
83. Matita Perê (1973), Tom Jobim
84. Qualquer Coisa/Jóia (1975), Caetano Veloso
85. Jovem Guarda (1965), Roberto Carlos
86. Beleléu, Leléu, Eu (1980), Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia
87. Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão (1994), Marisa Monte
88. Nada Como Um Dia Após O Outro Dia (2002), Racionais MC's
89. Carnaval na Obra (1998), Mundo Livre S/A
90. Quem é Quem (1973), João Donato
91. Cantar (1974), Gal Costa
92. Wave (1967), Tom Jobim
93. Lado B, Lado A (1999), O Rappa
94. Vivendo e Não Aprendendo (1986), Ira!
95. Doces Bárbaros (1976), Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia
96. A Sétima Efervescência (1996), Júpiter Maçã
97. Araçá Azul (1972), Caetano Veloso
98. Elis (1972), Elis Regina
99. RPM (1985), RPM (Banda)
100. Circense (1980), Egberto Gismonti


Vale dizer novamente que a lista nao foi feita por mim e nem por nenhum leitor deste blog, e sim pela Revista Rolling Stone Brasil conforme a nota no inicio.

Secos & Molhados


Secos & Molhados foi uma banda brasileira, criada pelo compositor João Ricardo em 1971. Canções do folclore português, como "O Vira", misturadas com a poesia de Cassiano Ricardo, João Apolinário, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, entre outros, fizeram do grupo um dos maiores fenômenos musicais do Brasil.


Primeiros anos

A formação inicial do grupo era composta por: João Ricardo (violão de doze cordas e gaita), Fred (bongô) e Antônio Carlos, ou Pitoco, como é mais conhecido.

O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bixiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luli, com quem João Ricardo fez alguns dos maiores sucessos já gravados no Brasil ("O Vira" e "Fala").

Fred e Pitoco, em julho de 1971, resolvem seguir carreira solo e João Ricardo sai à procura de um vocalista. Por indicação de Luli, conhece Ney Matogrosso, que muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Depois de alguns meses, Gerson Conrad, vizinho de João Ricardo, é incorporado ao grupo. O Secos & Molhados começa a ensaiar e depois de um ano se apresenta no teatro do Meio, do Ruth Escobar, que virou um misto de bar-restaurante chamado "Casa de Badalação e Tédio".


Formação Clássica (1973-1974)

No dia 23 de maio de 1973, o grupo entra no estúdio "Prova" para gravar – em sessões de seis horas ao dia, por quinze dias, em quatro canais – seu primeiro disco, que vendeu mais de 300 mil cópias em apenas dois meses, atingindo um milhão de cópias em pouco tempo. Os Secos & Molhados se tornaram um dos maiores fenômenos da música popular brasileira, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. O disco era formado por treze canções que ao ver da crítica, parecem atuais até os dias de hoje. As canções mais executadas foram "Sangue Latino", "O Vira", e "Rosa de Hiroshima". O disco também destaca inúmeras críticas a ditadura militar que estava implantada no Brasil, em canções como o blues alternativo "Primavera nos Dentes" e o rock progressivo "Assim Assado" – esta de forma mais explícita em versos que personificam uma disputa entre socialismo e capitalismo. Até mesmo a capa do disco foi eleita pela Folha de São Paulo como a melhor de todos os tempos de discos brasileiros .

O sucesso do grupo atraiu a atenção da mídia, que convidou-os para várias participações na televisão. As mais relevantes foram os especiais do programa Fantástico, da Rede Globo. Sempre apareciam com maquiagens inusitadas, roupas diferentes sendo uma das primeiras e poucas bandas brasileiras a aderirem o glam rock.

Em fevereiro de 1974, fizeram um concerto no Maracanãzinho que bateu todos os índices de público jamais visto no Brasil - enquanto o estádio comportava 30 mil pessoas, outras 90 mil ficaram do lado de fora. Também em 1974 o grupo sai em turnê internacional, que segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira internacional sólida.

Em agosto do mesmo ano, é lançado o segundo disco de estúdio da banda, que tinha em destaque "Flores Astrais", único hit do disco. O lançamento do disco foi pouco antes do fim da formação clássica da banda, que ocorreu por brigas internas entre os membros. Talvez por este motivo o segundo álbum – que veio sem título, e com uma capa preta – não tenha feito tanto sucesso comercial como o primeiro.

Periodo de inatividade (1974-1977)

Após o fim do grupo Secos & Molhados, os três membros seguiram em carreira solo. Ney Matogrosso lançou no ano seguinte, em 1975, seu primeiro disco com o nome de "Água do Céu-Pássaro" (recheado de experimentalismos musicais) e com o sucesso "América do Sul". João Ricardo lançou também em 1975 seu disco homônimo, mais conhecido por Pink Record. Gerson Conrad juntou-se a Zezé Motta e lançou um disco também em 1975.

João Ricardo adquiriu os direitos autorais sob o nome Secos & Molhados, após algumas brigas na justiça, e saiu a procura de novos músicos para que a banda tivesse novas formações.

Outras formações

A primeira formação após o fim do grupo em 1974 surgiu em maio de 1978, João Ricardo lança o terceiro disco dos Secos & Molhados com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão. O terceiro disco foi lançado, e mais um sucesso do grupo – o que seria o último de reconhecimento nacional, e único fora da formação original – "Que Fim Levaram Todas as Flores?", uma das canções mais executada no Brasil naquele ano, o que trouxe o novo grupo de João Ricardo às apresentações televisivas.

No mês de Agosto de 1980, junto com os irmãos Lempé – César e Roberto – o Secos & Molhados lança o quinto disco, que não teve sucesso comercial. A quinta formação do grupo nasce no dia 30 de junho de 1987, com o enigmático Totô Braxil, em um concerto no Palace, em São Paulo. Em maio de 1988 sai o álbum "A Volta do Gato Preto", que foi o último da década. Simplesmente sozinho, em 1999, João Ricardo lança "Teatro?" mostrando definitivamente a marca do criador dos Secos e Molhados.


Origem do nome

O nome foi criado por João Ricardo, quando, nas proximidades de Ubatuba, em um dia chuvoso, viu uma placa de armazém balançando anunciando o tema "Secos e Molhados". Isto lhe chamou a atenção, e antes mesmo do surgimento da banda, surgiu a idéia do nome e alguns outros conceitos que a consistiriam foram se formando.

Referências culturais

A canção "O Vira" é passada para frente de geração à geração, e até hoje, trinta anos depois do fim da formação original do grupo, é executada em rádios e programas de televisão.

Em 2003 foi lançado o disco "Assim Assado: Tributo aos Secos & Molhados", que contavam com versões das músicas do disco de 1973 na voz de outros artistas. Entre eles, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Pitty, Tony Garrido, Ritchie e outros.

Discografia

* Secos & Molhados - 1973
* Secos & Molhados (II) - 1974
* Secos e Molhados [III] - 1978
* Secos e Molhados [IV] - 1980
* A Volta do Gato Preto - 1988
* Teatro? - 1999
* Memória Velha - 2000

Hoje na historia do Rock brasileiro - 08/02

08 de fevereiro


- 1955: Nasceu, no Rio de Janeiro, Miguel Ângelo Pereira, tecladista do Fevers que entrou para a banda em 1985.

- 1969: Nasceu em São Paulo Osvaldo Yves Murad Passarell, o Yves Passarell, guitarrista do Capital Inicial. Ele entrou para a banda no início de 2002 após a saída de Loro Jones. Yves iniciou a carreira profissional tocando na banda de heavy metal Viper, com a qual permaneceu por mais de 10 anos, fazendo um relativo sucesso no Japão e Europa. Em 1996 Passarell já havia tido uma breve passagem pelo Capital Inicial, fazendo alguns shows.

- 1989: Morreu, aos 37 anos, o diretor paulista Lael Rodrigues, que dirigiu os filmes Bete Balanço (1984), Rock Estrela (1985) e Rádio Pirata (1987). Participaram desses filmes, respectivamente, Barão Vermelho, Léo Jaime e Marina Lima.

- 1975: Nasceu Thiago Raphael Castanha, guitarrista do Charlie Brown Jr., que havia saído da banda no final da turnê do terceiro disco Nadando com os Tubarões, no segundo semestre de 2001. Ele voltou para o CBJR em 2004.


fonte:http://efemeridesrockbrasileiro.blogspot.com/