7 de dezembro de 2008

Detroit - A Cidade do Rock (Detroit Rock City)






Sinopse

Em 1978, quatro adolescentes embarcam numa louca aventura pelas estradas americanas rumo ao show de sua banda favorita, o KISS, na cidade de Detroit. Levados pela paixão pelo grupo de rock, nada poderá impedir o grupo de assistir o grandioso espetáculo.


Informações Técnicas

Título no Brasil: Detroit - A Cidade do Rock
Título Original: Detroit Rock City
País de Origem: EUA
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento: 1999
Site Oficial: http://www.detroitrock.com
Estúdio/Distrib.:
Direção: Adam Rifkin


Elenco

Giuseppe Andrews ... Lex
James DeBello ... Trip Hurudie
Edward Furlong ... Hawk
Sam Huntington ... Jeremiah 'Jam' Bruce
Lin Shaye ... Sra. Bruce
Melanie Lynskey ... Beth Bumsteen
Natasha Lyonne ... Christine
Miles Dougal ... Elvis
Nick Scotti ... Kenny
Emmanuelle Chriqui ... Barbara
David Quane ... Bobby
Rodger Barton ... Sr. Stewart Bumsteen
Kathryn Haggis ... Sra. Stewart Bumsteen
David Gardner ... Detroit Priest
Shannon Tweed ... Amanda Finch


Trilha Sonora
“Highway To Hell”
Escrita por Malcolm Young, Angus Young e Ronald Belford Scott
Interpretada por Marilyn Manson

“We've Only Just Begun”
Escrita por Paul Williams e Roger Nichols

“Rock And Roll All Night” (Garage Version)
Escrita por Gene Simmons e Paul Stanley Vocals
Interpretada por Mystery Backing music
Interpretada por The Devil Roosevelt

“I Stole Your Love”
Escrita por Paul Stanley
Interpretada por KISS

“Cat Scratch Fever”
Escrita por Ted Nugent
Interpretada por Ted Nugent

“Love Gun”
Escrita por Paul Stanley
Interpretada por KISS

“Funk No. 49”
Escrita por Jim Fox, Dale Peters e Joe Walsh
Interpretada por James Gang

“20th Century Boy”
Escrita por Marc Bolan
Interpretada por T-Rex

“Manfred Symphony”
Escrita por Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Interpretada por Oslo Symphony Orchestra

“Conjuction Junction”
Escrita por Bob Dorough
Interpretada por Bob Dorough

“Good Old Days”
Escrita por LeRoy Sheilds
Interpretada por The Beau Hunks

“Ladies Room”
Escrita por Gene Simmons
Interpretada por KISS

“Little Willy”
Escrita por Michael Chapman e Nicolas Chinn
Interpretada por The Sweet

“Lights Out”
Escrita por Michael Schenker, Pete Way, Phil Mogg e Andy Parker
Interpretada por U.F.O.

“Jailbreak”
Escrita por Phil Lynott
Interpretada por Thin Lizzy

“School Days”
Escrita por Kim Fowley e Joan Jett
Interpretada por The Runaways

“Shout It Out Loud”
Escrita por Gene Simmons, Paul Stanley e Robert Ezrin
Interpretada por KISS

“1812 Overture”
Escrita por Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Interpretada por Die Wiener Philharmoniker e Lorin Maazel

“Makin' It”
Escrita por Dino Fekaris e Freddie Perren
Interpretada por David Naughton

“Frankenstein”
Escrita por Edgar Winter
Interpretada por Edgar Winter

“Wild And Hot”
Escrita por Punky Meadows
Interpretada por Angel

“The Boys Are Back In Town”
Escrita por Phil Lynott
Interpretada por Thin Lizzy

“Iron Man”
Escrita por Tony Iommi, Bill Ward, Geezer Butler e Ozzy Osbourne
Interpretada por Black Sabbath

“Radar Love”
Escrita por Barry Hay e George Kooymans
Interpretada por Golden Earring

“Christine Sixteen”
Escrita por Gene Simmons
Interpretada por KISS

“Problem Child”
Escrita por Malcolm Young, Angus Young e Ronald Belford Scott
Interpretada por AC/DC Leidseplein Presse B.V.
Por Arrangement with Warner Special Products

“Surrender”
Escrita por Rick Nielsen
Interpretada por Cheap Trick (Live At Budokan)

“Turn To Stone”
Escrita por Jeff Lynne
Interpretada por Electric Light Orchestra

“I Wanna Be Sedated”
Escrita por Joey Ramone, Johnny Ramone, Dee Dee Ramone
Interpretada por Ramones

“Black Superman (Mohammad Ali)”
Escrita por Johnny Wakelin
Interpretada por Johnny Wakelin e The Kinshasa Band

“Monster Attacks, Part 1 (from Creature From The Black Lagoon)”
Escrita por Hans J. Salter A division of Universal Studios, Inc.

“Escape (The Pina Colada Song)”
Escrita por Rupert Holmes
Interpretada por Rupert Holmes

“Black Magic Woman”
Escrita por Peter Green
Interpretada por Santana

“Highway To Hell”
Escrita por Malcolm Young, Angus Young e Ronald Belford Scott
Interpretada por AC/DC Leidseplein Presse B.V.
Por Arrangement with Warner Special Products

“Rebel Rebel”
Escrita por David Bowie
Interpretada por David Bowie

“Shock Me”
Escrita por Ace Frehley
Interpretada por KISS

“Every 1's A Winner”
Escrita por Errol Brown
Interpretada por Hot Chocolate

“Fox On The Run”
Escrita por Andrew Scott, Stephen Priest, Brian Connolly e Michael Tucker
Interpretada por The Sweet

“Convoy”
Escrita por Bill Fries e Chip Davis
Interpretada por Bill Fries

“Godzilla”
Escrita por Donald Roeser
Interpretada por Blue Öyster Cult

“Boogie Shoes”
Escrita por Harry Wayne Casey e Richard Finch
Interpretada por KC & The Sunshine Band

“Strutter”
Escrita por Gene Simmons e Paul Stanley
Interpretada por KISS

“Blitzkreig Bop”
Escrita por Joey Ramone, Johnny Ramone, Dee Dee Ramone e Tommy Ramone
Interpretada por Ramones

“Popcorn”
Escrita por Gershon Kingsley
Interpretada por Hot Butter

“Beth”
Escrita por Peter Criss, Stan Penridge e Robert Ezrin
Interpretada por KISS

“Fire”
Escrita por Ralph Middlebrooks, James 'Diamond' Williams, Marshall E. Jones, Leroy 'Sugarfoot' Bonner, , Clarence Satchell, Willie Beck e Marvin Pierce
Interpretada por Ohio Players

“Muskrat Love”
Escrita por Willis Alan Ramsey
Interpretada por Captain & Tenille

“Calling Doctor Love”
Escrita por Gene Simmons
Interpretada por KISS

“Come Sail Away”
Escrita por Dennis DeYoung
Interpretada por Styx

“In The Hall Of The Mountain King”
Escrita por Edward Grieg

“Rock Your Baby”
Escrita por Harry Wayne Casey e Richard Finch
Interpretada por George McCrae

“Whole Lotta Rosie”
Escrita por Malcolm Young, Angus Young e Ronald Belford Scott
Interpretada por AC/DC

“Love Hurts”
Escrita por Boudleaux Bryant
Interpretada por Nazareth

“Running With The Devil”
Escrita por Edward Van Halen, Alex Van Halen, Michael Anthony e David Lee Roth
Interpretada por Van Halen

“O'Fortuna” from Carmina Burana
Escrita por Carl Orff

“Love To Love”
Escrita por Michael Schenker e Phil Mogg
Interpretada por U.F.O.

“Detroit Rock City”
Escrita por Paul Stanley e Robert Ezrin
Interpretada por KISS

“Nothing Can Keep Me From You”
Escrita por Diane Warren
Interpretada por KISS

“The Boys Are Back In Town”
Escrita por Phil Lynott
Interpretada por Everclear

ALMANAQUE DO ROCK: o primeiro livro de Kid Vinil






Notas escritas por Kid Vinil sobre o livro:



“Almanaque do rock”, essa foi minha primeira experiência no campo literário, se assim posso chamar. Há dois anos atrás fui convidado pela Ediouro pra fazer um almanaque e veio a idéia de escrever a história do rock. Sabia que não seria uma tarefa das mais fáceis, pois condensar mais de 50 anos de história numa só obra seria algo complicado. Comecei dividindo por décadas, não tinha jeito, teria que ser de forma cronológica destacando as coisas mais importantes do rock que aconteceram em cada período.


Me animei tanto com a história que depois de 6 meses tinha escrito o equivalente a dois volumes e esse foi o segundo desafio que tive que enfrentar junto a editora. Imediatamente me pediram pra dar uma enxugada geral nos textos e transformar o livro no formato padrão dos Almanaques (vide os lançados 70, 80,90).


Pra minha sorte os editores respeitaram meu argumento de que um almanaque sobre a história do rock deveria conter textos maiores, mais didáticos e que fugissem dos pequenos tópicos encontrados nos outros almanaques. Esse diferencial acabou dando uma identidade ao livro e o resultado final me agradou bastante. Fiz questão de cuidar também de toda parte ilustrativa (fotos em geral). Fotografei em alta resolução milhares de capas de discos do meu acervo e disso resultou todo material fotográfico usado no livro.




Um Trecho Do Livro: APRESENTAÇÃO

São mais de 50 anos de história para esse jovem que atende pelo nome de "rock and roll".

Esse ritmo contagiante que traduz excitação e frenesi nunca envelhece: pelo contrário, se renova a cada geração. Se na década de 50, quando ele foi inventado por Chuck Berry e Elvis Presley, significava uma fusão da country music e do rhythm'n'blues, hoje essa definição pode ser muito mais ampla.

Com o passar dos tempos, o rock agregou elementos do jazz, da música clássica, do folk e da world music, entre outros.

Hoje o rock deita e rola na era digital, usando os famosos samplers, instrumentação eletrônica e muitos computadores.

Mas uma coisa é importante ressaltar: o rock and roll nunca perdeu a sua rebeldia, o seu jeito de "entrar com o pé na porta". Isso se resume em uma palavra: "atitude". Essa é a senha de comando para milhões de jovens do mundo inteiro a cada geração. Comportamento e Moda sempre andaram de mãos dadas com o rock and roll. Cada geração dita sua moda e seu estilo de vida, criando uma conexão entre passado, presente e futuro, e é assim também na música e em outras formas de expressão.

Nesses 50 anos de existência, podemos destacar algumas datas essenciais ao longo dessas cinco décadas:

1955 - quando Chuck Berry inventou o rock and roll e Elvis Presly o popularizou.

1966/1967 - quando Bob Dylan, The Beatles, The Rolling Stones, Frank Zappa, The Doors e Velvet Underground causaram uma revolução maciça na estrutura do rock and roll.

1976/1977 - quando o Punk Rock e a New Wave mais uma vez revolucionaram o rock and roll.

1987/1988 - quando bandas como Pixies, Fugazi e Sonic Youth criaram o indie pop.

1993/1994 - quando Radiohead, Oasis, Blur, Pulp, Manic Street Preachers e Suede inventaram o britpop.



No entanto, essa história não termina por aí. Esses jovens inquietos inventaram e reinventaram um ritmo que por muitos é considerado limitado - imaginem se não fosse!

Só para ter uma idéia, ao término deste livro, ainda veio a geração New Rave, que pode ser representada pelos Klaxons e por nosso Cansei de Ser Sexy.

A produção musical dos jovens eclode pelo mundo todo em busca de referências e ultrapassa o que poderia ser um fator limitante neste diálogo de gerações, o tempo. O rock and roll é atemporal. Vimos freqüentemente os jovens garimpando "novos ritmos, novos estilos" no veio de algo que já foi produzido, agora sendo reciclado e dando uma nova leitura e, quando possível, agregando novos elementos ao rock produzido atualmente.

Esse é o verdadeiro significado do "rock and roll".

Os covers mais inusitados da história

CHILDREN OF BODOM cantando BRITNEY SPEARS

A música: "Oops! I Did It Again"

O original: No disco "Oops! I Did It Again" (2000)

A regravação: No single de "In Your Face" e na versão japonesa do disco "Are You Dead Yet?" (2005)

O resultado: Nós ficamos imaginando como deve ter sido a reação do empresário da musa teen pop norte-americana ao receber a seguinte notícia: uma obscura banda de metal extremo da Finlândia gostaria de obter os direitos para fazer um cover de "Oops!.I Did It Again". "Além do fato de ser obviamente uma piada, queríamos escolher algo que definitivamente chocasse e surpreendesse as pessoas", afirma o frontman Alex Laiho. Mas ele se diverte ao ver que muitos afirmam ter "perdido o respeito" por eles depois da escolha desta música. "É muito divertido para nós ler este tipo de bobagem. As pessoas levam isso mesmo a sério. Cara, quem são vocês para dizer que eu não faço mais metal?".




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GAMMA RAY cantando PET SHOP BOYS
A música: "It's a Sin"

O original: No disco "Actually" (1987)

A regravação: No disco "Power Plant" (1999)

O resultado: Como era de se esperar, os fãs reclamaram horrores. "Mas como assim, fazer um cover dos Pet Shop Boys? Será que o Kai Hansen pirou?". Na verdade, até o hoje o fato é considerado por muitos como uma mancha no passado do grupo alemão, por mostrar a rendição de uma banda de heavy metal a um ícone pop. Sejamos sinceros e sem frescuras: a canção é uma das melhores do disco e não poderia ter ficado mais...heavy metal. Basta comparar as duas canções para perceber o quanto os teclados do duo da loja de animais se tornaram poderosas guitarras gritantes.


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SHAKIRA cantando AC/DC
A música: "Back In Black"

O original: No disco "Back in Black" (1980)

A regravação: No disco "Live & Off The Record" (2004)

O resultado: "Back in Black" é a canção-hino do AC-DC, assim como "Satisfaction" é emblemática dos Rolling Stones e "Smoke On The Water" é o clássico absoluto do Deep Purple. "Sou uma fã alucinada do AC/DC. Eu mataria pela música dos anos 80, especialmente AC/DC. Queria fazer o cover desta música e esta foi a oportunidade perfeita para isso ", confessou a própria Shakira, em entrevista ao canal VH1. Mas se ela gostava tanto desta canção, por que diabos acabar com ela deste jeito? Cadê aquele riff inesquecível? "Back in Black" virou uma bizarra baladinha acústica. Menos mal. Pelo menos não foi a Celine Dion (Ou alguém esqueceu de "You Shook Me All Night Long"?).






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CAKE cantando GLORIA GAYNOR
A música: "I Will Survive"

O original: No disco "Love Tracks" (1979)

A regravação: No disco "Fashion Nugget" (1996)

O resultado: É simplesmente impressionante ver como uma das bandas mais inclassificáveis e à prova de rótulos do rock alternativo transformou um dos maiores hits gays da disco music em uma melancólica balada meio folk, meio country. Mais do que qualquer faixa listada neste artigo, transformou-se em uma música absolutamente diferente da original.





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JOHNNY CASH cantando U2
A música: "One"

O original: No disco "Achtung Baby" (1991)

A regravação: No disco "American III: Solitary Man" (2000)

O resultado: Já sob a ação da idade, o homem de preto Johnny Cash transcende as fronteiras da sua soturna música country e, justamente em seu primeiro disco de estúdio depois do diagnóstico do Mal de Parkinson em 97, resolve fazer uma releitura de "One", dos irlandeses do U2. Justamente uma das canções mais famosas do álbum no qual Bono e sua trupe se reinventaram e começaram explorações eletrônicas e psicodélicas, diretamente inspirados em um certo camaleão britânico. O que aconteceu? Ficou brilhante. Simples assim.






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PAULO RICARDO cantando QUEEN

A música: "Love of My Life"

O original: No disco "A Night At The Opera" (1975)

A regravação: No disco "O Amor Me Escolheu" (1999)

O resultado: Embora o El Cid quase tenha enfartado ao ver esta faixa no meio de todas as outras, não dá para negar que o lado "bizarro" desta história é muito evidente - bem mais até do que o "fascinante". Depois de abandonar, pela primeira vez, o posto de frontman do RPM, Paulo Ricardo tentou se transformar em cantor romântico e gravou até música de abertura para novela mexicana do SBT. Quando começou a cantar, ao vivo, "Love Of My Life", logo viria a sua versão em português: "Felicidade". Acompanhe: "Felicidade eu não sei / De você, nem de mim / Deixei que você se fosse / Agora sofro". E ainda teve uma versão espanhol para um tributo latino: "Amor de Mi Vida". Faça o sinal da cruz, por favor.




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MEGADETH cantando NANCY SINATRA
A música: "These Boots.Are Made For Walkin'"

O original: No disco "Boots" (1966)

A regravação: No disco "Killing Is My Business...And Business Is Good!" (1985)

O resultado: Quem viu a rebolativa Jessica Simpson cantando a sua versão para "These Boots...", de Nancy Sinatra, na trilha de "Os Gatões", mal podia imaginar que, mais de duas décadas antes, Dave Mustaine cantou a mesma canção no disco de estréia do Megadeth. Na verdade, Mustaine fez muito mais uma paródia do que qualquer outra coisa, com palavrões e afins. Quando o disco começou a vender bem, Lee Hazlewood, compositor original da canção, começou a pedir que ela fosse retirada do disco por se tratar de uma "perversão". Mustaine contra-atacou dizendo que Hazlewood recebeu os direitos autorais pela música muitos anos antes de começar a reclamar. De qualquer forma, "These Boots" acabou sendo omitida, e uma versão censurada da música pode ser encontrada na versão "deluxe" do disco, lançada em 2002






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MARILYN MANSON cantando MADONNA
A música: "Justify My Love"

O original: No disco "Immaculate Collection" (1990)

A regravação: Na fita demo, sem nome, da banda ainda chamada "Marilyn Manson & The Spooky Kids"

O resultado: Veja bem. Manson e seu arquétipo andrógino sempre estiveram ligados ao sexo. Madonna também. Manson adora andar por aí em minúsculas e provocantes roupas de couro. Madonna, pelo menos até algum tempo atrás, também gostava (e, se bobear, os dois usavam rigorosamente AS MESMAS roupas). Dizem as más línguas que Manson faz sexo com qualquer coisa que se mova. E as mesmas línguas diziam o mesmo de Madonna nos anos 80. Pensando bem, Manson e Madonna combinam mais do que parece. Há quem diga até que Manson é uma espécie de "Madonna do inferno". Não poderia ter havido melhor escolha.






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DEEP PURPLE cantando IKE & TINA TURNER
A música: "River Deep - Mountain High"

O original: No disco "River Deep - Mountain High" (1966)

A regravação: No disco "The Book of Taliesyn" (1969)

O resultado: Um dos grandes sucessos da black music da época, a romântica "River Deep - Mountain High" ganhou cara nova na interpretação de um Deep Purple ainda em começo de carreira, já com a trinca Ritchie Blackmore, Jon Lord e Ian Paice.- mas sem a voz de Ian Gillan. Na época, o vocalista era Rod Evans, muito mais temperado e tranqüilo e com alcance bem menor do que Paice. O Purple era muito mais progressivo e bem menos hard rock, e a canção (sucesso com as Supremes na década de 70) ganhou respeitáveis 10 minutos de duração. Haja fôlego.






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LIMP BIZKIT cantando GEORGE MICHAEL
A música: "Faith"

O original: No disco "Faith" (1987)

A regravação: No disco "Three Dollar Bill, Y'All" (1997)

O resultado: Exatos dez anos depois de George Michael ultrapassar as mais de 10 milhões de cópias vendidas e se tornar o primeiro artista branco a atingir o primeiro lugar nas paradas de R&B, vem um sujeitinho arrogante como Fred Durst, vocalista do Limp Bizkit, e perverte a música inserindo guitarras e dando uma dose de peso que faria os dançarinos que se esbaldavam com "Faith" na década de 80 ficarem de cabelos em pé. E quer saber o pior? Ficou bom. Mesmo. Uma paulada na orelha.






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JUDAS PRIEST cantando JOAN BAEZ
A música: "Diamonds and Rust"

O original: No disco "Diamonds & Rust" (1975)

A regravação: No disco "Sin After Sin" (1977)

O resultado: Como ficaria uma baladinha folk, toda bonitinha e simpática, nas mãos de ninguém menos do que os deuses do metal? Fenomenal, a gente responde. Segundo os críticos especializados, uma das melhores escolhas de covers para ser executado por uma banda de heavy metal...e que, diabos, continua sendo tão bonitinha quanto era quando cantada por Joan Baez. A canção coube como uma luva na voz de Rob Halford - e tanto é que se tornou um respeitável sucesso nas paradas inglesas e até hoje faz parte do set-list dos shows da banda.




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GUNS 'N' ROSES cantando CHRISTINA AGUILERA
A música: "Beautiful"

A regravação: Somente em recentes apresentações ao vivo.

O resultado: Os fãs dos Guns 'n' Roses tiverem notícias dos shows mais recentes e descobriram que os caras estão cantando um cover para "Beautiful", da musa teen Christina Aguilera. É bem verdade que a canção foi escrita por Linda Perry, ex-frontwoman das 4-Non Blondes. Mas...que medo. No fim das contas, quem pôde conferir percebeu que se trata de uma versão pesada e absolutamente Guns 'n' Roses. Menos mal. Vai que o Axl resolve chamar a Christina para cantar junto?







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ANTHRAX cantando THE TEMPTATIONS
A música: "Ball of Confusion"

O original: No single de "Ball of Confusion (That's What the World is Today)" (1970)

A regravação: No disco "Return Of The Killer A's" (1999)

O resultado: Os primeiros são um grupo cantante norte-americano de Detroit cujo repertório variava de soul a funk, passando por disco e R&B. Já os outros são uma banda de Nova York, considerados um dos quatro maiores nomes do thrash metal ianque ao lado do Metallica, do Megadeth e do Slayer. A fusão não poderia ser mais divertida - ainda mais com o antigo vocalista, Joey Belladonna, cantando ao lado do novo vocalista, John Bush. Dá para fazer porrada com suíngue? Claro que dá.








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FOO FIGHTERS cantando PRINCE
A música: "Darling Nikki"

O original: No disco "Purple Rain" (1984)

A regravação: No single "Have It All", como lado B (2003)

O resultado: Originalmente, o forte conteúdo sexual de "Darling Nikki" causou tanto reboliço na época de seu lançamento que fez com que Tipper Gore fundasse o grupo Parents Music Resource Center, mais tarde responsável pela inclusão do selo "Parental Advisory" nas capas dos discos. Assim sendo, era de se esperar que a canção fosse ideal para uma banda de rock. Embora não tenha sido lançada oficialmente como um single, a versão dos Foo Fighters alcançou relativo sucesso na rádio ianque American Modern Rock, ficando em 15º lugar nas paradas de sucesso do ano.






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SEPULTURA cantando DEVO
A música: "Mongoloid"

O original: No disco "Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!" (1978)

A regravação: No disco "Revolusongs" (2003)

O resultado: Entre covers de bandas tão diversas como Messiah, Exodus, Massive Attack, Jane's Addiction e Public Enemy, não é a versão do Sepultura para "Bullet The Blue Sky", do U2, que mais chama atenção - mas sim a sua bizarra (e divertida) interpretação para o clássico "Mongoloid", do Devo. Se você não sabe o que é o Devo, deveria se envergonhar - mas a gente explica: um grupo de carinhas esquisitos, totalmente nerds, aficionados por rock e tecnologia, fazendo um som pop eletrônico básico...mas tão esquisito quanto seus figurinos. Agora imagine isso com a voz gutural do Derrick Green, cantando (ou seria urrando?): "Mongoloid he was a mongoloid / Happier than you and me / Mongoloid he was a mongoloid / And it determined what he could see". Fascinante.


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TORI AMOS cantando SLAYER
A música: "Raining Blood"

O original: No disco "Reign in Blood" (1986)

A regravação: No disco "Strange Little Girls" (2001)

O resultado: O clássico absoluto da banda de thrash metal absoluta caiu nas mãos de uma ruivinha de expressão tranqüila e que canta quase sussurrado. Em seu próprio disco de covers, Tori Amos reinterpreta canções de Velvet Underground, Depeche Mode, Neil Young, Tom Waits... e Slayer. Com a monstruosa "Raining Blood", a maluquinha dá tons delicados à canção, imprimindo altas doses de emoção mesmo ao quase declamar a letra que fala sobre um céu aberto se derramando em sangue, horrores do purgatório e afins. Irreconhecível.




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THE HELLACOPTERS cantando WILSON PICKETT
A música: "A Man And A Half"

O original: No disco "Hey Jude" (1969)

A regravação: No disco "Respect The Rock America" (1999, split com a banda Gluecifer)

O resultado: Caso você não se lembre do nome Wilson Pickett, basta dizer que o sujeito é um dos mais reverenciados nomes da soul music norte-americana, responsável por sucessos inesquecíveis como "In The Midnight Hour". A faixa "A Man and a Half" é um daqueles típicos exemplares de soul do Sul dos EUA - e os suecos do Hellacopters a transformaram em uma paulada cheia de energia e adrenalina que, no fundo, deixaria o próprio Pickett deveras orgulhoso ao ver quanta pilha suas canções ainda podem ter. Eletricidade pura.






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CAETANO VELOSO cantando NIRVANA
A música: "Come As You Are"

O original: No disco "Nevermind" (1991)

A regravação: No disco "A Foreign Sound" (2004)

O resultado: Honestamente, consegue soar ainda mais bizarro do que o Paulo Ricardo cantando Queen. O resultado final é exatamente como você está pensando: um velho músico preso aos paradigmas do passado e apoiado no senso comum da velha crítica que o coloca como o monarca da nossa MPB, tentando parecer jovem e descolado...mas mostrando-se dolorosamente datado e forçado. Dá até para imaginar o quão desconfortável Caetano estaria ao gravar esta canção, banquinho e violãozinho, como um João Gilberto pós-moderno dedilhando "Smells Like Teen Spirit". Alguém chame a Cássia Eller de volta, por favor.


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HELLOWEEN cantando ABBA
A música: "Lay All Your Love On Me"

O original: No disco "Super Trouper" (1980)

A regravação: No disco "Metal Jukebox" (1999)

O resultado: Seguindo a tendência da maior parte das bandas de heavy metal, o Helloween também seguiu em frente com o seu disco de covers. Focus, Jethro Tull, Faith No More, Scorpions, Beatles, David Bowie e.ABBA??????? Pois é. Os fãs pentelhos, é claro, chiaram. De novo. E de novo. Não ligue para eles: a versão dos alemães ficou excelente, tão cantante e bonitinha quanto a original, mas muito mais pauleira. Pedal duplo na veia. Homofóbicos, por favor, os comentários são dispensáveis.






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PAUL ANKA cantando BON JOVI
A música: "It's My Life"

O original: No disco "Crush" (2000)

A regravação: No disco "Rock Swings" (2005)

O resultado: Paul Anka começou a carreira nos anos 50 como um roqueiro mas, assim como nosso Roberto Carlos, acabou se enveredando pelas searas românticas. Tornou-se um conhecido cantor de cassinos de Las Vegas, sempre acompanhado de sua big band. Agora, com seus mais de 60 anos, o cara cismou de lançar um disco com regravações de clássicos roqueiros - todas muito mais, como dizer, "suíngadas", cheias daquela levada típica do Ray Conniff. Tem Van Halen, tem Oasis, tem R.E.M., tem Soundgarden, tem Nirvana, tem Billy Idol e The Cure. Todas valem à pena uma conferida - mas o que ele fez com o Bon Jovi é absolutamente impagável.







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TESTAMENT cantando AEROSMITH
A música: "Nobody's Fault"

O original: No disco "Rocks" (1975)

A regravação: No disco "The New Order" (1988)

O resultado: Já em seu primeiro disco, os norte-americanos do Testament provaram todo o seu potencial para desafiar a hegemonia do Metallica no pódio do thrash metal das terras do Tio Sam. No segundo álbum, considerado a prova de fogo do mercado fonográfico, a banda foi ainda mais além e disparou um petardo de tirar o fôlego. E ainda ousou, fazendo um cover de uma banda de hard rock que sempre andou no limiar da música pop. Mas há de se convir: a letra apocalíptica da música casou perfeitamente com o tom pesado da versão do Testament: "Lord I must be dreamin' / What else could this be / Everybody's screamin' / Runnin' for the sea". Trilha-sonora do fim do mundo.




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BLIND GUARDIAN cantando BEACH BOYS
A música: "Surfin' USA"

O original: No disco "Surfin' USA" (1963)

A regravação: No disco "Forgotten Tales" (1996)

O resultado: Em seu segundo disco, "Follow The Blind", os bardos alemães já tinham revisitado Brian Wilson e sua turma com "Barbara Ann" - que é basicamente uma versão com a mais levada, só que com guitarras mais pesadas e os vocais rasgados de Hansi. "Surfin' USA", no entanto é um caso à parte: a canção começa igualzinha à dos Beach Boys, toda bonitinha, para cantar na praia. Aos poucos, o dia vai escurecendo, as nuvens começam a surgir e um vento forte toma conta da praia, deixando a canção mais acelerada e vibrante. No final, já dá para bater cabeça como em qualquer outra canção do Blind Guardian, virando uma espécie de "Beach Boys demoníaco"




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ANGRA cantando KATE BUSH
A música: "Wuthering Heights"

O original: No disco "The Kick Inside" (1978)

A regravação: No disco "Angels Cry" (1993)

O resultado: Em seu álbum de estréia, ainda sem as influências brasileiras que moldariam seu som a partir de "Holy Land", os brasileiros do Angra apostaram no gogó privilegiado de André Matos para mandar ver uma versão de "Wuthering Heights", da pop diva inglesa Kate Bush. Os agudos que ele alcança são para deixar muita vocalista morrendo de inveja. E é fato: a canção ajudou, na época, a causar uma enorme confusão entre os fãs de metal recém-apresentados ao Angra, que chegavam a acreditar tratar-se de uma garota nos vocais.