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3 de dezembro de 2008
Discos Marcantes do The Who V
Who's Next foi lançado em 2 de agosto de 1971 nos Estados Unidos e em 25 de agosto de 1971 no Reino Unido. É considerado um dos melhores álbuns de estúdio do The Who.
Em 2003 o canal de TV VH1 classificou Who’s Next como o 13# “Melhor Álbum de Todos os Tempos”. Ele ficou em 28# na lista dos “500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” da Rolling Stone.
Pós-Lifehouse
O álbum surgiu das cinzas do desastroso projeto Lifehouse, que Pete Townshend pretendia organizar como um concerto ao vivo em que os dados pessoais de integrantes da platéia eram transferidos para um sintetizador análogo ARP para criar músicas contínuas que se complementavam (Lifehouse também é descrito como o roteiro para um filme, que, apesar de diversas tentativas por parte de Townshend, nunca chegou a ser feito). O projeto provou ser irrealizável de vários maneiras, provocando um grande desentendimento entre Pete e o produtor do Who Kit Lambert, levando o guitarrista às raias de um colapso nervoso quase suicida.
Depois de gravar algumas músicas de Lifehouse em Nova York e então brigar com o produtor Kit Lambert, o Who voltou ao estúdio com Glyn Johns na Inglaterra e começou tudo do zero. O lançamento recente de algumas das gravações em Nova York no CD remasterizado mostra que Johns merece grande parte do mérito pela qualidade do álbum. Outras músicas demo de Townshend para Lifehouse também foram lançadas, proporcionando uma rara visão da evolução de canções que se transformariam em clássicos do rock.
A continuidade musical, uma das bases do projeto Lifehouse, mostra-se em diversos casos. Um exemplo é o verso de abertura de “Pure and Easy” – que Townshend descreveu como o pivô central de Lifehouse – reaparecendo nos momentos finais de “Song Is Over”. Há também um padrão repetido de palmas, de uma palma para duas batidas e duas palmas para quatro batidas, que aparece em “Bargain”, “Pure and Easy” e outras canções de Lifehouse lançadas sob outros contextos.
Arranjos
A música apresenta arranjos que formam uma parede de som. O álbum afortunadamente surgiu em uma época em que grandes avanços foram feitos em termos de engenharia de som, e pouco antes da introdução de sintetizadores musicais. O resultado foi um som absolutamente espantoso para a época, e praticamente inédito no rock (embora do desagrado de muitos fãs tradicionais do Who quando do lançamento).
A maneira com que Pete “tocou” o sintetizador ARP foi essencialmente uma questão de programá-lo usando padrões pulsantes, e desta maneira isso foi usado para criar trechos contínuos para duas das músicas de mais destaque do álbum, “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again” (alvo de uma recente polêmica, dizendo que Pete, ao invés do sintetizador, usou um órgão Lowrey caseiro).
O álbum também apresenta o piano de Nicky Hopkins e um solo de violino por Dave Arbus em “Baba O’Riley”.
Capa
A capa do disco traz uma fotografia da banda acabando de urinar em um imenso bloco de concreto; a foto parece ser uma referência ao monolito descoberto na Lua no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, lançado apenas três anos antes. O “monumental” desrespeito pode ser também, assim como o título do disco, uma recusa simbólica da banda de passar o restante de sua carreira tocando Tommy.
O mictório de pedra mostrado na capa fica no Easington District Collliery, em County Durham.
O projeto inicial para a capa apresentava fotos de mulheres grotescamente obesas nuas, sendo amplamente divulgada mas nunca aparecendo no álbum. Outra capa diferente trazia o baterista Keith Moon usando uma lingerie preta, segurando um chicote e de peruca loira (esta foto apareceu no encarte do CD remasterizado).
Faixas
(Todas as músicas por Pete Townshend, com exceções)
Original
"Baba O'Riley" - 5:08
"Bargain" - 5:34
"Love Ain't For Keeping" - 2:10
"My Wife" (John Entwistle) - 3:41
"The Song Is Over" - 6:14
"Getting In Tune" - 4:50
"Going Mobile" - 3:43
"Behind Blue Eyes" - 3:42
"Won't Get Fooled Again" - 8:33
Remasterizado
O CD remasterizado traz as faixas adicionais:
"Pure and Easy"
"Baby Don't You Do It" (Holland/Dozier/Holland)
"Naked Eye"
"Water"
"Too Much of Anything"
"I Don't Even Know Myself"
"Behind Blue Eyes"
"My Wife" tornou-se um destaque dos shows.
Os títulos repetidos da versão remasterizada são das primeiras sessões em Nova York com Kit Lambert.
"Baby Don't Do It" tornou-se popular em sua versão de Marvin Gaye, de quem o Who era fã no começo de sua carreira.
Relançamentos posteriores (como a “Edição de Luxo”) trazem o show completo no Old Vic Theatre, e o álbum original (sem as faixas bônus), foi masterizado na metade da velocidade e relançado em vinil
Recentemente, "Won't Get Fooled Again" e "Baba O'Riley" têm sido usadas como as canções tema das séries de TV CSI: Miami e CSI: NY, respectivamente.
"Won't Get Fooled Again" também foi uma das músicas tocadas pelo The Who em sua apresentação em 2 de julho de 2005 no Live 8, ante um público de duas mil pessoas e uma audiência (tanto pela televisão quanto pela internet) de bilhões.
Discos Marcantes do The Who IV
Live At Leeds (1970) é o primeiro álbum ao vivo do The Who, o único a ser lançado enquanto a banda ainda estava na ativa, gravando e se apresentando regularmente.
Depois de lançar Tommy em 1969, o Who começou uma longa turnê para promovê-lo, retornando à Inglaterra no fim do ano com o desejo de lançar um álbum ao vivo tirado daquela turnê. No entanto, o grupo desanimou ante o prospecto de ter de ouvir as centenas de horas de gravações acumuladas para decidir qual renderia o melhor álbum, resolvendo queimar ritualmente as fitas (para evitar que caíssem nas mãos dos pirateadores), agendando dois shows, um no Hull City Hall e outro na Universidade de Leeds, com o único propósito de lançar este álbum ao vivo. O show que ocorreu no Dia dos Namorados britânico é que acabou sendo escolhido.
Talvez devido a estas circunstâncias, ou talvez porque o Who estivesse empolgado com o sucesso internacional de Tommy, ou simplesmente porque eles estavam em forma na época, Live At Leeds acabou se tornando uma gravação extraordinária. A capa do álbum foi projetada para se parecer com a de um disco pirata, e em seu interior trazia alguns fac-símiles de documentos históricos do Who, como o contrato para tocar no Festival de Woodstock, o pôster “Maximum R&B” com Pete girando seu braço e uma carta da gravadora EMI recusando o grupo, entre outros. O selo do disco era escrito à mão (aparentemente por Townshend), e trazia instruções para que os engenheiros de áudio não corrigissem nenhum ruído.
Faixas
O LP original trazia seis faixas:
"Young Man Blues" (Alison) - 4:45
"Substitute" (Townshend) - 2:05
"Summertime Blues" (Capeheart, Cochran) - 3:22
"Shakin' All Over" (Kidd) - 4:15
"My Generation" (Townshend) - 14:27
"Magic Bus" (Townshend) - 7:30
O CD remasterizado digitalmente lançado em 1995 trazia as faixas originais e mais algumas adições:
"Heaven And Hell" (Entwistle) - 4:50
"I Can't Explain" (Townshend) - 2:58
"Fortune Teller" (Neville) - 2:34
"Tattoo" (Townshend) - 3:42
"Young Man Blues" (Townshend) - 5:51
"Substitute" (Townshend) - 2:06
"Happy Jack" (Townshend) - 2:13
"I'm A Boy" (Townshend)- 4:41
"A Quick One, While He's Away" (Townshend) - 8:41
"Amazing Journey/Sparks" (Townshend) - 7:54
"Summertime Blues" (Capeheart, Cochran) - 3:22
"Shakin' All Over" (Kidd) - 4:34
"My Generation" (Townshend) - 15:46
"Magic Bus" (Townshend) - 7:46
O CD remasterizado traz as introduções das músicas e outros detalhes que foram editados do lançamento original. Isto também foi disponibilizado na “Edição De Luxo”, que elimina “Amazing Journey” e acrescenta mais um pouco de diálogo entre as músicas, além de trazer um segundo CD com a performance de Tommy (incluindo “Amazing Journey”). No show, Tommy foi tocado entre “A Quick One, While He’s Away” e “Summertime Blues”. A edição “De Luxo” do CD remasterizado traz praticamente tudo o que foi apresentado no concerto.
"Fortune Teller", "Young Man Blues", "Summertime Blues", e "Shakin' All Over" são sucessos do R&B que eram parte do repertório da banda na época.
"My Generation" evolui para uma improvisação de quatorze minutos, que repete o refrão “See Me Feel Me/Listening To You” de Tommy, apresenta o riff instrumental que daria origem a “Naked Eye”, e diversos outros temas. “Magic Bus” é estendida para mais sete minutos e meio, e o resto das faixas são em sua maioria versões mais avançadas das canções originais, com um consistente som de power trio de rock pesado.
Um concerto similar feito no mesmo ano foi lançado em 1996 como Live At Isle Of Wight Festival 1970, juntamente com um filme entitulado Listening To You: The Who at Isle of Wight Festival. Em geral as músicas de Live At Leeds são superiores, embora a performance de Tommy seja melhor na gravação feita na Ilha de Wight.
Edições
1970 Track 2406 001 (no Reino Unido), Decca DL 79175 (nos EUA): O lançamento original em LP. Foi lançado em ambos os países em separado, mas quase simultaneamente. Seria lançado no Brasil só em 1971. Produzido pelo The Who.
1990 MCAD-37000 / DIDX-353: O lançamento original em CD. Mesma capa, mas sem os fac-símiles de documentos. Mesmas faixas do LP original. Sem créditos de produção.
1995 MCAD-11215: O CD remasterizado. Mesma capa, exceto por adicionar mais tinta no título (possivelmente exigência das regras atuais de mercado). Estampa no CD similar ao selo do LP, com o aviso aos engenheiros de som mudado para “Ruídos Corrigidos!”. Traz encarte com 10 páginas com texto de Chris Charlesworth, informações sobre as músicas, fotos da banda em Leeds e versões reduzidas dos fac-símiles. Produzido por Jon Astley. Produtores executivos: Bill Curbishley, Robert Rosenberg e Chris Charlesworth.
2002 MCA – sem número de catálogo (ISBN 088 112 618-2): Versão “De Luxo” do CD remasterizado, edição dupla. Capa similar à anterior, com o título mais definido. Embalagem de papelão, similar à do vinil. Traz a performance completa de Tommy no segundo CD. A capa se abre formando uma reprodução em tamanho real do LP original, mais um encarte de 14 páginas e os fac-símiles em miniatura. Produzido por Jon Astley. Produtores executivos: Bill Curbishley, Robert Rosenberg e Chris Charlesworth.
Discos Marcantes do The Who III
Tommy (1969) é uma das duas óperas rock em larga escala do The Who, o primeiro trabalho musical explicitamente chamado desta maneira. A ópera foi composta pelo guitarrista do Who Pete Townshend, com dua faixas do baixista John Entwistle e uma creditada ao baterista Keith Moon, na verdade composta por Townshend. Uma canção antiga de blues do músico Sonny Boy Williamson também foi incorporada à obra.
Em 2003 o canal de TV VH1 nomeou Tommy o 90# “Melhor Álbum de Todos os Tempos”.
História
Tommy é a biografia fictícia de Tommy Walker. O pai de Tommy foi considerado perdido em batalha durante a Primeira Guerra Mundial, mas retorna inesperadamente em 1921 e mata o amante de sua esposa enquanto Tommy, então com sete anos de idade, presencia tudo através de um espelho. Seus pais o forçam a acreditar que ele não viu, ouviu e não irá falar nada a ninguém, e Tommy consequentemente se torna surdo, cego e mudo. Ele tem uma visão de um estranho vestido de dourado, com uma longa barba, provavelmente uma figura paternal, e a visão o leva a uma jornada espiritual. Durante o resto de sua infância ele sofre abusos por parte de vários familiares, interpretando suas sensações físicas como música. Adulto, ele encontra uma máquina de pinball, logo se tornandoe mestre no jogo, com um séquito de fãs. Tommy finalmente é curado quando um médico o coloca na frente de um espelho e sua mãe, melindrada ao perceber que ele enxerga o próprio reflexo, estilhaça o objeto. Posteriormente Tommy assume o manto de Messias e tenta levar seus seguidores à “luz”, como aconteceu com ele, mas a mão pesada de seu culto e a exploração por parte de seus parentes provoca uma revolta contra ele. A história termina ambigüamente, com o refrão Listening To You de “Go To The Mirror”, sugerindo que Tommy fechou-se novamente ao mundo depois da rebelião, voltando às suas fantasias.
Na versão original, lançada no álbum, a história não passa de um esboço, com detalhes frequentemente preenchidos por Townshend em entrevistas. Quando outras adaptações do álbum começaram a surgir, alguns detalhes eram acrescentados e outros alterados (por exemplo o avanço para a época da Segunda Guerra Mundial e 1951 em versões posteriores e na do filme, com o amante matando o pai ao invés do oposto).
Análise e história
Musicalmente o álbum original é uma série de complexos arranjos pop-rock, geralmente baseados no violão de Townshend e construído com inúmeras adições pelos quatro integrantes da banda usando vários instrumentos, como baixo, guitarra, piano, órgão, bateria, gongo, trompete, harmonias e solos vocais. Apesar de sua riqueza instrumental, o som tende a ser bastante “duro”, especialmente se comparado aos trabalhos anteriores do grupo. Muitos dos instrumentos só aparecem de vez em quando – a instrumental de dez minutos “Underture” apresenta só um pequeno trecho de trompete – e quando justapostos, muitos instrumentos foram mixados em níveis mais baixos, que requerem uma atenção cuidadosa para se perceber. Townshend mistura sua técnica no violão com seus acordes poderosos e cheios na guitarra, em momentos mais delicados soando quase como uma harpa. A bateria de Moon é controlada, com alguns momentos dramáticos; o baixo de Entwistle providencia suporte e efetivamente toma a liderança dos instrumentos vários vezes. Daltrey jacta-se no papel de vocalista principal, mas divide a função com os outros em um número surpreendente de faixas. O interesse posterior de Townshend pelo sintetizador pode ser antecipado aqui pelo seu uso de fitas tocadas ao contrário para criar efeitos sonoros em “Amazing Journey”.
As faixas “Pinball Wizard”, “I’m Free” e “See Me Feel Me/Listening To You” foram lançadas como compactos, obtendo espaço considerável nas rádios. “Pinball Wizard” alcançou o Top 20 nos EUA e o Top 5 no Reino Unido. Em 1998, "Tommy" seria incluído no Hall da Fama do Grammy.
O tema do abuso infantil, que aparece tão proeminentemente durante a história, causou bastante polêmica quando o álbum foi lançado. Apesar das afirmações de que a idéia tenha sido tirada do álbum conceitual "S.F. Sorrow", lançado pelo The Pretty Things em 1968, diversos precedentes de "Tommy" já podiam ser encontrados no próprio trabalho de Townshend, como em “Glow Girl” (1968), “Rael” (1967) e “A Quick One While He’s Away” (1966).
Um ano antes do álbum ser lançado Pete Townshend explicou suas idéias e aparentemente criou algumas sobre a estrutura da ópera durante uma famosa entrevista para a revista Rolling Stone. John Entwistle diria tempos depois que na verdade nunca parou para ouvir o disco, tão enjoado ficou do trabalho depois de intermináveis gravações e regravações das músicas.
Edições
Tommy foi lançado originalmente como um LP duplo, com um encarte com as letras das músicas e ilustrações e uma espécie de capa tripla que se desdobrava. Todos os três painéis foram tirados de uma única pintura Pop Art feita por Mike McInnerney. O desenho é uma esfera com buracos no formato de losango, com um fundo formado por nuvens e gaivotas voando. No outro lado uma mão estrelada parece rasgar o papel enquanto aponta com o dedo. Os executivos da gravadora insistiram que uma foto da banda fosse incluída na capa, então algumas pequenas imagens, quase irreconhecíveis, dos quatro integrantes foram colocadas nos buracos da esfera. O CD remasterizado lançado recentemente traz a arte original de McInnerney, sem os rostos do The Who. As ilustrações internas consistem de algumas fotos de malabaristas/mágicos e algumas pinturas simples que meramente ilustram a história.
A MCA Records relançou o álbum como um CD duplo em 1984, com cópias em miniatura da arte original e a capa tripla reduzida para dois painéis. A versão remasterizada só sairia em 1996, em CD simples, com o encarte completo trazendo ainda uma introdução escrita por Richard Barnes.
Faixas
"Overture" - 5:21
"It's A Boy - 0:38
"1921" - 2:49
"Amazing Journey" - 3:24
"Sparks" - 3:46
"Eyesight To The Blind (The Hawker)" - 2:13
"Christmas" - 4:34
"Cousin Kevin" - 4:07
"The Acid Queen" - 3:34
"Underture" - 10:09
"Do You Think It's Alright?" - 0:24
"Fiddle About" - 1:29
"Pinball Wizard" - 3:01
"There's A Doctor" - 0:23
"Go To The Mirror" - 3:49
"Tommy Can You Hear Me?" - 1:36
"Smash The Mirror" - 1:35
"Sensation" - 2:27
"Miracle Cure" - 0:12
"Sally Simpson" - 4:12
"I'm Free" - 2:40
"Welcome" - 4:34
"Tommy's Holiday Camp" - 0:57
"We're Not Gonna Take It" - 7:08
Todas as faixas compostas por Pete Townshend, com exceção das faixas 8 e 12 compostas por John Entwistle, faixa 23, creditada a Keith Moon mas na verdade composta por Pete Townshend (Moon foi quem deu a idéia do acampamento de férias) e faixa 6 composta originalmente por Sonny Boy Williamson.
Gravações ao vivo
Gravações ao vivo de Tommy foram lançadas nos álbuns The Who: Live At The Isle Of Wight Festival 1970 e em Live At Leeds (edição de luxo), ambas gravadas em 1970 mas só lançadas em 1996 e 2001, respectivamente. A versão em Live At Leeds é um pouco forçada, como se eles tivessem trabalhando o máximo para conseguir uma performance boa para a gravação. A versão em Isle Of Wight é crua e repleta da energia que era marca registrada do Who, mas infelizmente foi dividida entre os dois CDs. O Who também tocou Tommy durante seu vigésimo aniversário, na Turnê de Reunião da banda em 1989. Esta versão pode ser conferida no álbum Join Together, mas não chega nem perto de capturar o espírito da época que deu origem à ópera. O Who também tocou Tommy em Woodstock, mas só algumas músicas deste show acabaram sendo lançadas.
Outras encarnações
"Tommy" ressurgiria posteriormente através de outras mídias. Em 1972 a Orquestra Sinfônica de Londres lançou sua versão do álbum, com o papel de cada personagem cantado por integrantes do Who e outros astros pop da época, como Steve Winwood, Rod Stewart e Ringo Starr. Pete Townshend também toca um pouco de guitarra, mas no geral a música é inteiramente orquestral.
Em 1975 o cineasta Ken Russell lançou sua versão, no mínimo corajosa, da história de Tommy. Trazia o The Who e um elenco eclético, que incluía entre outros Elton John, Tina Turner, Oliver Reed e Jack Nicholson; o filme ganhou um status de “cult” por suas cenas retratando o músico Arthur Brown como um pastor no culto de Tommy, a atriz Ann-Margret afundando em uma sala cheia de feijão e a brilhante sátira à música pop apresentada na sequência de “Sally Simpson”.
Em 1993 Townshend e o diretor Des MacAnuff escreveram e produziram uma versão em musical da Broadway de "Tommy". Apresentando várias músicas inéditas de Townshend e um elenco estelar, a produção ganhou um Tony Award no mesmo ano, e várias edições posteriores inspiradas neste musical alcançaram grande sucesso de público.
Notas
O álbum "Snow", lançado em 2002 pela banda Spock’s Beard, traz uma história e temas bastante similares à "Tommy".
Em abril de 2004 a revista Uncut produziu uma coletânea chamada "The Roots Of Tommy" ("As Raízes de Tommy"), apresentando as diversas canções que inspiraram o álbum.
O Hall da Fama do Rock and Roll exibiu durante 2005 e 2006 uma exposição sobre o álbum chamada “TOMMY: The Amazing Journey”.
A versão original de Tommy foi dedicada a Meher Baba.
(fonte: Wikipédia)
Discos Marcantes do The Who II
The Who Sell Out (1967) é o terceiro álbum do The Who. É um álbum conceitual, organizado como uma coleção de canções não relacionadas intercaladas por anúncios e comerciais falsos. O álbum foi feito para se parecer com uma transmissão da rádio pirata Radio London.
(Parte da ironia implícita no título do disco – “The Who Vende-Se” – era que a banda estava mesmo gravando comerciais durante este período de sua carreira, alguns dos quais foram incluídos como faixas bônus no CD remasterizado).
O álbum surgiu em um perído em que o Who estava experimentando a música psicodélica. Embora tenha sido eclipsado pelo sucesso posterior de Tommy, The Who Sell Out permanece como um dos álbuns favoritos entre os fãs da banda.
A capa é divida em painéis, trazendo em cada um deles um integrante da banda. Capa: Pete Townshend usando um tubo gigante de desodorante Odorono; Roger Daltrey sentado em uma banheira cheia de feijões cozidos Heinz. Contra-capa: Keith Moon passando o creme Medac, tirado de uma embalagem gigante; John Entwistle vestido com uma fantasia de Tarzan, abraçado com uma loira de biquíni em um braço e com um ursinho de pelúcia no outro (numa propaganda do curso Charles Atlas mencionado em um dos comerciais falsos do álbum).
The Who Sell Out ficou em 113# lugar na lista dos “500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” da Rolling Stone.
Faixas
(O material conceitual, intercalado ou emergindo das músicas, é identificado pelo ponto).
Lado 1:
"Monday, Tuesday, ..."
"Armenia City In The Sky" (Keene)
"Wonderful Radio London -- Whoopee!"
"Heinz Baked Beans" (Entwistle)
"More Music, More Music..."
"Mary-Anne With The Shaky Hand" (Pete Townshend)
"Premier Drums"
(curto instrumental com barulhos esquisitos)
"Odorono" (uma balada cômica usada como comercial) (Pete Townshend)
"It's smooth sailing with the highly successful sound of Wonderful Radio London!"
"Tattoo" (Pete Townshend)
"Radio London reminds you: Go to church of your choice."
"Our Love Was" (Pete Townshend)
"You're a pussycat, you're where it's at, ..."
"The Big 'L'" (com vozes esquisitas)
"Speak easy, drink easy, puh-leasy!"
"Hold your group together with Rotosound strings!"
"I Can See For Miles" (Pete Townshend)
Lado 2:
"The Charles Atlas course with Dynamic Tension can turn you into A Beast of a Man!"
"I Can't Reach You"
"Medac" (Entwistle) (um “comercial” de 57 segundos usado como faixa do disco)
"Relax"
"Hold your group together with Rotosound strings! (Demo)"
"Silas Stingy" (Entwistle)
"Sunrise"
"Rael 1"
Faixas Bônus:
"Rael 2"
"Top Gear! Top Gear...."
"Glittering Girl"
"Coke-after-coke-after-coke-after-coca-cola!"
"Melancholia"
"Loon at the bag of nails"
"Someone's Coming" (Entwistle)
"John Mason, we've got the best cars here!"
"Jaguar"
"John Mason, we've got the best cars here!" (Reprise)
"Early Morning Cold Taxi" (Langston/Daltrey)
"Things go better with Coke!"
"Hall of the Mountain King" (Grieg)
"Radio One" (Boris the Spider Version)
"Girl's Eyes" (Moon)
"Odorono" (Lost Chorus)
"Mary-Anne with the Shaky Hands (Versão diferente)"
"Glow Girl"
"Track Records! ...", frase repetida intermitentemente.
O lançamento do álbum foi supostamente seguido por uma enxurrada de processos devido à paródia de comerciais reais nas músicas e na capa, e pelos produtores dos jingles verdadeiros da Radio London, que acusavam o The Who de usá-los sem permissão.
“I Can See For Miles” foi lançado em compacto e tornou-se um sucesso, embora não tenha atendido às expectativas da banda, que esperava uma repercussão maior. “Rael” é um pedaço de outra ópera rock de Townshend, que nunca foi lançada. O instrumental dramático no meio da música reapareceria mais tarde em “Sparks” e “Underture”, de Tommy . A maioria das músicas em The Who Sell Out não tiveram muito impacto, e são praticamente desconhecidas fora do círculo de fãs do Who.
Edições
1967 Track 612 002 (mono) / 613 002 (estéreo): LP original britânico. As primeiras 1,000 edições traziam um pôster psicodélico feito por Adrian George. Produzido por Kit Lambert.
1968 Decca DL 4950 (mono) / DL 74950 (estéreo): Lançamento original norte-americano. Mesma capa e faixas. Produzido por Kit Lambert.
1988 MCAD-31332 (ISBN 7673-11332-2): Lançamento original em CD. Capa original, mas contra-capa somente com o nome das músicas. O encarte mostra a contra-capa original, outra cópia da lista de músicas e algumas propagandas da MCA. Produtor: Kit Lambert. Produtor executivo: Chris Stamp.
1995 MCAD-11268 (ISBN 08811-12682): Capa original, com a contra-capa modificada ligeiramente para mostrar o nome das músicas. Faixas e material conceitual originais, mais 10 faixas bônus e diversos outros “comerciais”. Encarte de 12 páginas com texto de Dave Marsh, informações sobre as músicas e fotos de época da banda. Produtor: Jon Astley. Produtores executivos: Bill Curbishley, Robert Rosenberg e Chris Charlesworth.
Curiosidades
Para a capa do álbum, era John Entwistle quem deveria se sentar na banheira com os feijões. Quando perguntado pela produção se ele demoraria para chegar para a sessão de fotos, Entwistle ficou sabendo então o que teria de fazer, resolvendo chegar bem mais tarde do que o previsto. Roger Daltrey ficou com os feijões (já então congelados). E John com a garota.
Discos Marcantes do The Who
My Generation (1965) é o primeiro álbum do The Who. Foi lançado nos EUA sob o título The Who Sings My Generation , com uma capa alternativa e algumas canções diferentes.
O álbum foi gravado assim que o Who conseguiu emplacar seus compactos nas paradas de sucesso, sendo posteriormente rejeitado pelo grupo como uma espécie de trabalho corrido que não representa a banda como ela era na época. Por outro lado, a crítica especializada frequentemente liste este como um dos melhores álbuns de rock dos anos 60. A faixa título entrou para o Hall da Fama do Grammy em 1999.
O álbum foi feito durante o perído “Maximum R&B” do Who, e apresenta várias versões de sucessos do rhythm and blues, além de algumas faixas compostas pelo guitarrista Pete Townshend.
Faixas
My Generation (Versão inglesa)
"Out In The Street"
"I Don't Mind" (Brown)
"The Good's Gone"
"La-La-La Lies"
"Much Too Much"
"My Generation"
"The Kids Are Alright"
"Please, Please, Please" (Brown/Terry)
"It's Not True"
"I'm A Man" (McDaniel)
"A Legal Matter"
"The Ox" (Townshend/Moon/Entwistle/Hopkins)
No primeiro lançamento nos E.U.A a faixa “Circles” foi nomeada errado, como “Instant Party”, e em lançamentos posteriores classificada como “Instant Party (Circles)” (“Instant Party” na verdade é uma canção totalmente diferente). “I’m A Man” foi eliminada da versão americana por trazer conteúdo sexual; “The Kids Are Alright” seria também cortada, mas apenas na parte instrumental perto do fim da música, escondendo um pouco da criatividade musical caótica que fez do Who o que ele era.
O lançamento norte-americano também substituiu o retrato da banda com o Big Ben ao fundo da capa original por uma imagem da banda vista de cima, com alguns tambores de líquido explosivo por trás deles.
Edições
1965 - Brunswick Records LAT 8616: lançamento original em LP no Reino Unido. Intitulado My Generation e produzido por Shel Talmy.
1966 - Decca DL4664 (mono) / DL 7-4664 (estéreo): lançamento original em LP nos Estados Unidos. Renomeado para The Who Sings My Generation, com capa diferente e troca de músicas.
Anos 80 - MCAD-31330 (ISBN 7673-11330-2: Lançamento original em CD. Intitulado The Who Sings My Generation, era a mesma versão do LP norte-americano.
2002 - MCA – sem número de catálogo (ISBN 08811-29262): Versão de “luxo” em CD duplo, remixada e remasterizada a partir das fitas originais (que ficaram mais de 30 anos na posse de Shel Talmy). O disco 1 trata-se da versão original em LP britânica, com mais 3 faixas bônus. O disco 2 é composto inteiramente de faixas bônus. Inclui um encarte de 14 páginas com a capa norte-americana na capa e artigos de Mike Shaw, Shel Talmy e Andy Neill, além de fotos da banda na época e informações sobre as músicas.